Um estudo de dois sociólogos norte-americanos mostra que a opinião pública ao longo dos anos tem sido cada vez mais a favor da vida, graças ao facto de que os "pró-vidas" tiveram mais filhos do que os defensores do aborto
Roma, 28 de Agosto de 2014 (Zenit.org) Federico Cenci
A batalha a favor da vida está destinada à vitória. Basta
com que aqueles que lutam actuem de acordo com os princípios que os
animam. Este é o ensinamento que vem de um estudo do Instituto de
investigação demográfica General Social Survey dirigido por Alex Kevern e
Jeremy Freese, sociólogos da Universidade de Northwestern. De acordo
com os resultados, a tendência dos americanos tem ido ao longo dos anos
se dirigindo sempre mais rumo a uma cultura da vida, pelo simples fato
de que os pro-life (pró-vida) têm mais filhos do que os pro-choice
(pró-escolha).
O documento foi publicado pela Social Science Research Network em 7 de Julho desse ano com o nome Diferencial de fertilidade como factor determinante da evolução da opinião pública sobre o aborto nos Estados Unidos.
Isso demonstra que em um intervalo de tempo de 34 anos, de 1977 a 2010,
os pró-vida tiveram cerca de 2,82 filhos, em média, para cada dois
filhos de pessoas que se dizem pro-choice. Isso significa, entrando em
mais detalhes estatísticos, que os pró-vidas tiveram 27% a mais de
filhos do que os pró-escolha.
O aumento da prolificidade em si não é suficiente para explicar a
mudança na tendência da opinião pública sobre o assunto. Os dois
sociólogos demonstraram, porém, que é mais alta a probabilidade de que
dentro de um núcleo familiar composto por pais pro-life os filhos tenham
o testemunho ideal de abertura à vida.
Os pesquisadores estimam que, se não tivesse havido "diferencial de
fertilidade" entre pró-vida e pró-escolha, em favor dos primeiros, o
percentual de americanos que se declaram “pela vida” teria sido inferior
cinco pontos percentuais em comparação com o que é hoje. Esse
"diferencial de fertilidade", destacam Kevern e Freese, aumentou
significativamente no final dos anos 70, período da história em que
grande foi a disseminação de uma cultura progressista que visa tornar o
aborto o direito das mulheres.
Um "direito" que, no entanto, tende a levar à extinção a cultura que o
estimulou. O estudo destaca, além do mais, que se o impacto dessas
diferenças de atitudes em relação ao aborto continuar nesta linha, o
percentual de pro-vidas está destinado a expandir-se ainda mais deixando
bem pra trás os pro-escolha.
Os estudos dos dois sociólogos confirmam os dados publicados em julho
pela prestigiosa empresa de pesquisas americana Rasmussen Reports,
segundo a qual 48% dos eleitores nos Estados Unidos se consideram
pró-vida. Nunca na história americana tinha-se atingido um elevado
número de pessoas, a favor da cultura da vida. A última sondagem antes
dessa fotografava uma situação em que a percentagem de pro-vida variava
do 35 ao 43%.
Bradley Mattes, director executivo do grupo pró-vida Life Issues Institute,
comenta estes dados afirmando que como pais “com as nossas convicções
não estamos forjando os nossos filhos e as nossas filhas; estamos
forjando o futuro do mundo”.
(28 de Agosto de 2014) © Innovative Media Inc.
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