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sábado, 30 de agosto de 2014

O Santo Padre ao pároco de Gaza: ser sal da terra

O padre Jorge Hernandez, argentino do Instituto do Verbo encarnado: Francisco nos encoraja a ser sal da terra em Gaza


Roma, 29 de Agosto de 2014 (Zenit.org)


O Papa Francisco reuniu-se esta manhã com o Padre Jorge Hernandez, do Instituto Argentino Verbo Encarnado, pároco de Gaza. Durante o encontro, conversaram sobre os momentos dramáticos que estão vivendo estas semanas na Faixa.

O padre Hernández explicou em uma entrevista à Rádio Vaticano que o Papa Francisco sempre esteve perto deles, “enviou-nos um email e que traduzimos rapidamente para o árabe e assim chegou a toda a comunidade cristã, que agradeceu muito”, porque um pensamento desses em momentos assim “é um consolo enorme, um alívio”.

Também salientou a importância do convite do Papa para um encontro pessoal com ele, “para nos fazer entender, sentir sua proximidade, sua palavra, seu encorajamento para que sejamos – esta é a mensagem em síntese – sal da Terra em Gaza”.

E acrescenta que, se houve alguma palavra do Papa Francisco que lhe tocou de forma particular foi as do testemunho cristão. O Santo Padre disse-lhe que “o Evangelho exige sacrifícios, que Jesus Cristo nos pede em diferentes lugares. Alguns tem que testemunhar a Jesus Cristo ali, na terra que o viu sofrer, que o viu morrer, mas que também o viu ressuscitar. Portanto, força, coragem, adiante!”

Por outro lado, o sacerdote explicou na entrevista que o Papa Francisco "está ciente do fato de que somos uma minoria: falamos de 1300 (cristãos) em quase 2 milhões de pessoas, dos quais 136 são católicos". Ou seja, a paróquia do padre Hernandez tem 136 fiéis. Embora – acrescentou – as relações com os ortodoxos são muito boas.

O sacerdote do Verbo Encarnado analisou como o compromisso de Francisco pela paz na Terra Santa é visto também pelos não cristãos. "É um compromisso de vida, um compromisso existencial e concreto, para dizer que a paz é possível, que os dois povos podem viver em paz, testemunhando especialmente o Príncipe da paz, que é Jesus Cristo”. E acrescenta: “os frutos da peregrinação do papa Francisco já são palpáveis e serão mais no futuro: o facto de ter conquistado o coração das pessoas, de ter dado uma palavra boa para os dois Estados foi para nós uma graça enorme”.

Em relação à trégua recentemente alcançada, o padre disse que as pessoas, os paroquianos, "esperam que seja duradoura". E também esclarece que "é necessário entender uma coisa: uma guerra não é vencida por ninguém. Ninguém. As duas partes terão que pagar as consequências, uns de um modo e outros de outra”.

Finalmente, o Padre Jorge faz um apelo. “A paz é possível, a paz requer sacrifícios, requer o testemunho mútuo e o reconhecimento do próximo. Mas, é possível”. Além do mais, agradeceu todas as pessoas que mostraram sua proximidade, “especialmente aos doentes, que têm oferecido o seu sofrimento, rezando e implorando por esta paz".

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