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domingo, 30 de setembro de 2018

Eco do Claustro 42





O último ‘deadline’

Tornou-se um clichê ouvir, particularmente na faixa etária dos jovens profissionais, utilizar na sua linguagem do dia-a-dia o termo inglês "deadline", que surgiu como fruto da globalização, tanto no meio universitário como também no profissional, para transmitir a ideia de um limite imposto para tarefas ou trabalhos, um prazo marcado.

Esta expressão generalizou-se, de modo que tudo na vida parece andar a toque de stressantes deadlines. E assim trabalham e vivem muitos, numa correria, com o objetivo de se cumprirem deadlines marcados pelos chefes ou pelos próprios, que são levados muito a sério, e ai de quem os não cumprir…

E não estará isso de cumprir prazos muito bem pensado? Sim, desde que bem integrado, de forma realista, na vida familiar e pessoal, obviamente. Quem não cumpre o seu dever o melhor que pode será provavelmente intitulado ou intitulada, conforme o caso, de irresponsável, ou de ter pouco sentido profissional, o que poderá levar inclusive a um despedimento do emprego. Mas outra coisa é viver espartilhado  por prazos que são impensáveis de cumprir, e também de ultrapassar…

Na família, o marido vive sujeito aos seus prazos profissionais, tanto quanto aos do emprego da sua mulher, e vice-versa. E os prazos, e o tempo – muito mais ricos - que dizem respeito aos filhos e à família alargada? Não merecem ainda muito mais respeito?
Torna-se óbvio que tal situação, sem as prioridades da vida bem definidas, traz consigo a discussão e a queda na “profissionalite”, por vezes mais notória num dos elementos do casal. E não falemos das consequências que tal facto traz para a distribuição das tarefas familiares, em que se torna difícil decidir qual pode colaborar menos em casa, já que há sempre quem se considere mais sobrecarregado/a por deadlines no emprego, e isso parece ser ‘intocável’, quase sagrado...
A  confusão começa quando nenhum quer abdicar de um estatuto próprio, para não dizer egoísta, que lhe permita chegar a casa, sentar-se no sofá ou fazer o menos possível. Então surgem as dificuldades na família.
Quanto aos filhos, se os há, vivem o problema dos deadlines desde que nascem, sofrendo a consequência do stress familiar, sem terem o tempo dos pais, a que têm direito - e mais ainda - de que têm necessidade vital para um desenvolvimento equilibrado, como todos sabemos...
Salve-se quem puder, e já agora, faça-se jus aos avós,  quando conseguem passar a sua paz e serenidade para a geração dos netos, e desempenhar a função de bons co-educadores.
Na verdade, os pais têm de optar entre duas alternativas:
Ou  delegam noutros o que seria a sua função, abdicando do tempo que as crianças tanto  necessitam para se sentirem amadas, refugiando-se nas múltiplas atividades extracurriculares, ou fazem a  opção de usar o seu tempo nobre com os filhos, para lhes passar valores, para os ouvir, para os ver crescer, para os conhecerem bem e educarem melhor, preparando-os para as escolhas que vão ter de fazer pela vida fora.
Num dos casos, correm o risco de criar jovens com quem mais tarde não vão conseguir conversar, e que não conhecem tão profundamente quanto seria necessário para poderem dialogar, porque já não vão ser ouvidos. Como o tempo não recua, o que se perder pelo caminho, já não se recuperará. O que não se disse, ficará por dizer e o tempo que não se deu, ficará perdido…
Portanto, os deadlines que não prejudiquem a família, que cada deadline seja marcado, na secretária do emprego, pelos próprios, com o chefe ou os colegas, mas sempre com a fotografia da família à frente (mesmo que invisível e só no coração), de forma que não se troquem as prioridades da vida. É que esse seria mesmo um engano vital…
Estabelecer bem as prioridades de cada um de nós, neste recomeço do ano, e exigir - a nós e aos outros - a respetiva aplicação prática em cada dia pode ser muito complexo, mas é também muito valioso para cada vida, e para as de quem nos rodeia, a começar pelos mais próximos.
Um bom ano! Pessoal, familiar, de trabalho e também de descanso para todos!
M. do Rosário Sarmento



Admirável mundo zombie

Nesta sociedade ecrã, o virtual apoderou-se de todos e de tudo: das famílias, dos cônjuges, dos amigos, nas casas, nas escolas, nas faculdades, nas igrejas, nos cafés, nos restaurantes, nos meios de transporte, nos parques, nas praças, etc.

O diálogo entre as pessoas está francamente comprometido e já não há refeições sem que o smartphone não esteja rigorosamente colocado ao lado do guardanapo. As conversas ficam no início, a inter-acção, o diálogo, a troca e partilha de opiniões morrem antes de nascer, pois sempre acontece uma interferência de mensagens, essa moda tão absorvente que alheia uns dos outros, transportando-os para longe de si e de todos, para um qualquer lugar em sítio nenhum.

A hora da comida deixou, há muito, de ser ponto de encontro entre esposos, pais e filhos e as refeições até passaram a ser fora de hora e de preferência no local mais próximo da televisão, do computador e, infalivelmente, acompanhadas de telemóvel.

Adultos em distração e tensão, jovens alheados e absorvidos pela rede social sempre com o polegar a trabalhar e crianças rindo sozinhas, indiferentes a tudo e a todos, mas conectados com o mundo pela sua antena virtual, principio e fim da sua triste existência.

A família condenada a desaparecer, matrimónio na lista de extinção, barrigas para alugar, reprodução por clonagem, permissivismo moral, casamento entre homossexuais, a vida programa-se ou sufoca-se antes de nascer, a morte implementa-se pelo aborto e eutanásia, o quotidiano arrasta-se freneticamente de restaurante em bar, com intervalos nos ginásios, entre dietas, tratamentos de beleza, com muita mundanidade e pouca interioridade.

A sexualidade é um jogo e também um ponto fulcral à volta do qual gira tudo, da pedofilia, à homossexualidade assumida e muito badalada, à mudança de sexo em crianças, às revistas com os escândalos dos famosos, dizem eles, ou à inovação fantástica do assédio sexual, do mee to, dum mundo em poses sexualmente provocadoras com aparência de inocentes… Tudo se expõe, no interior e no exterior, numa ânsia de chamadas de atenção para o vazio existencial, a frágil personalidade e um débil conceito antropológico, ausente de significado na vida.

Impõe-se o consumo desenfreado de tudo, como uma miragem, uma anestesia, uma alienação mental, física e económica, que empobrece os pobres e enriquece os ricos.

A polícia do pensamento, (agora já não é a dos costumes) qual Big Brother, apressa-se a formatar as ideias dos indivíduos, traçam-lhe e definem os comportamentos a ter e os caminhos a percorrer, dispõe de técnicas apropriadas e de observatórios especializados, a mentira prolifera e pulula, a traição atiça-se e louva-se, a publicidade enlouquece, a depravação dos sentimentos, dos corpos e da mente dispara as vendas, tornou-se muito rentável e prepara o terreno para que a sua ideologia possa medrar que nem joio, neste mundo de mentiras.

Os homens (alguns) acomodaram-se num laicismo solitário, num futebol solidário, num confortável alheamento; as mulheres (algumas) ufanam-se dos seus dotes femininos, gritam que o corpo é delas, que fazem dele o que querem e muito imbecilmente declaram guerra ao seu “imaginário inimigo”, o homem. Criados para serem companheiros, deslizam numa guerra de sexos muito ao estilo da“luta de classes”.

Admirável mundo zombie, em que se assume com orgulho o amor lésbico, se desmonta a masculinidade em campos de férias de estudantes universitários bloquistas, atenção, não são campos de lavagem ao cérebro…embora tenham muito o jeito marxista de actuar…

Canábis legalizada, entre as muitas liberdades que se promoveram, resta-me perguntar: que mais nos falta para sermos felizes?

Talvez um pouco de bom senso, não? Convém ter presente que este mundo zombie faz muito barulho, aparece em tudo o que é “pantalha” mas não tem raízes, é superficial, banal, efémero, porém temos de defender a nossa plantação de trigo, de estar atentos e vigilantes, pois a praga anda por aí…

Manuel Maria de Vasconcelos



Um Beijo Através das Grades da Escola

Celebra-se no dia 1 de Outubro de 2018 o Dia Internacional do Idoso, instituído pelas Nações Unidas em 1991, com o objetivo de sensibilizar a sociedade para as questões relativas ao envelhecimento, bem como para a necessidade de proteger e prestar cuidados de saúde adequados às necessidades específicas da população mais idosa. Encontramo-nos igualmente a celebrar o aniversário dos 70 anos da adoção da Declaração Universal dos Direitos Humanos que permanece relevante e importante. Ligando estes dois acontecimentos e no sentido de se comemorar o aniversário do Dia Internacional do Idoso, cujo lema escolhido para este ano se denominou: “Os Campeões dos Direitos Humanos dos Mais Velhos”, pretendendo dar visibilidade às pessoas de mais idade que pelo mundo fora dedicam a sua vida enquanto campeãs na defesa dos direitos humanos. Os campeões mais velhos dos direitos humanos nasceram por ocasião da adoção da Declaração Universal dos Direitos Humanos proclamada pela Assembleia Geral da Nações Unidas em Paris, a 10 de Dezembro de 1948. Esta celebração promove a visibilidade dos mais idosos enquanto membros ativos da sociedade empenhados na melhoria e no gozo dos direitos humanos em muitas áreas da vida… As pessoas idosas cada vez mais são reconhecidas como defensoras dos seus direitos e de uma plena participação na sociedade. O Dia Internacional do Idoso concede uma oportunidade ideal para o fazer, consciencializando-nos sobre o preconceito e a discriminação relativa à idade que os idosos enfrentam.

Há alguns dias chegou a Lisboa, oriunda do Rio de Janeiro, uma amiga brasileira que se interessa pelas estas questões dos mais idosos, entre outros temas relevantes, nomeadamente a narrativa e a poesia. Convidou-me para participar no V Encontro dos Poetas da Língua Portuguesa comemorativo do Vº aniversário da EPLP, em que era lançada a Antologia “A Poesia do Fado e dos Tambores”, que teve lugar no Palácio Foz, na Biblioteca do Museu Nacional do Desporto. Aceitei o convite de bom grado. Na verdade foi muito interessante, diria mesmo comovedor, poder estar entre poetas jovens e menos jovens de Portugal, do Brasil, de Angola, de Moçambique, de Cabo Verde e da Guiné, num ambiente acolhedor e envolvente, com boa disposição, de aceitação e de integração de cada novo colega, oriundo dos países da lusofonia. Cada poeta presente colaborou na edição desta antologia e, no evento, cada um era apresentado e posteriormente declamava os seus poemas. No final houve um Porto de Honra precedido do canto do fado “Foi Deus” e de algumas canções e danças alusivas a cada País da Lusofonia representado, bem alegres por sinal, num ambiente descontraído e informal em que se celebra a poesia, a lusofonia, a evolução dos tempos.

Mais tarde teria a oportunidade de confraternizar um pouco com esta minha amiga da área dos idosos no Brasil, com todo um trabalho reconhecido. Ofereceu-me uma cartilha, promovida pela Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos e pela Secretaria de Políticas Para Idosos, “Estatuto do Idoso”, que refere na sua apresentação: “O Estatuto do Idoso garante uma boa qualidade de vida e um envelhecimento ativo às pessoas com mais de 60 anos. Com certeza este estatuto é uma das principais conquistas da pessoa idosa, pois estas leis promovem a inclusão social e asseguram os direitos desta população. Com o crescimento da longevidade da população brasileira é preciso formular políticas públicas que garantam a plena vivência nessa faixa etária.” É bom sabermos o que está a ser promovido a nível internacional, pois é nesta partilha de saberes e conhecimentos, que nos vamos enriquecendo. Antes de concluir o nosso encontro, a minha amiga surpreendeu-me com a entrega de um texto sobre a amizade, que simbolizava segundo ela a “receita” da amizade e que passo a citar: “Meus amigos são todos assim: metade loucura, metade santidade. Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também a sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto…” Gostei imenso da ideia e claro do poema. Despedimo-nos com um até sempre, talvez até ao próximo ano, aquando da realização do VI Encontro de Poetas da Língua Portuguesa que usa como lema a frase: “Somos Um Só Verso”.

Por esta ocasião os leitores já devem estar a questionar sobre o título deste artigo. Mas não, não me esqueci, foi intencional. Prende-se com as relações intergeracionais mais complicadas, que causam sofrimento humano, que senti que deveria dar algum destaque enquanto consciencialização e contributo para a celebração do Dia Internacional do Idoso. Chamar a atenção para uma das muitas situações que vivenciam os mais idosos, algumas vezes sentindo-se mais sós, mais isolados, sofrendo de alguma patologia, de abandono, de violência, de privação do contacto familiar…Também quero enaltecer o muito amor dedicado, o maior cuidado e compreensão, amizade, solidariedade…

Duas amigas comentaram-me o seu sofrimento relativamente ao impedimento de privar com os netos, já que não lhes era permitido, a uma ver a sua neta de quem gostava imenso e cujo amor era reciproco. Em desespero de causa foi vê-la à escola por entre as grades. Uma empregada viu-a e foi chamar a neta que veio a correr. Deram um beijo através das grades da escola, tendo posteriormente partido em silêncio, com uma lágrima a cair pela face. A outra, por motivos de saúde e familiares não consegue encontrar-se com os netos que gostam imenso da avó e que sofre com a sua ausência. Até quando não se dá um enfoque especial e se valorizam mais as relações intergeracionais, promovendo ações de sensibilização sobre não digo sobre os direitos, porque esses existem e estão consagrados, mas mais informação sobre o malefício que provoca para os avós/netos este afastamento devido a querelas familiares que importa ultrapassar defendendo o interesse superior dos avós e das crianças.

Termino com outro exemplo que muito me comoveu pela positiva. Um amigo cuidou da sua mãe até ao último momento. Não a deixou ir para um lar. Muitas vezes durante a noite e durante muito tempo levantava-se para ver se estava tudo bem, quando a mãe adoeceu gravemente. Vi-o com um ar exausto. Questionei porque não arranjava uma alternativa, um apoio. A sua resposta foi: “A minha mãe cuidou de mim quando eu era pequeno, agora sou eu que retribuo, e é pouco”.

Maria Helena Paes



Estamos em guerra!

"Estamos em guerra, uma guerra sem fronteiras que a todos afecta e ninguém está dispensado, pois é indispensável que colaboremos nesta batalha pela paz. Nenhum homem está isento, nenhuma mulher desculpada, nenhuma criança ignorada. Chegou a hora de lutar com toda a energia".

Este apelo foi feito nos Estados Unidos e foram convocados todos os católicos para utilizarem “a arma mais poderosa da oração”, o Santo Rosário, para lutar na terrível batalha espiritual que já fez centenas de milhares de mortos e feridos, na sua fé, na sua devoção e na sua esperança.

Recordando as aparições de Nossa Senhora pelo mundo, nas quais sempre insistiu no rezar do terço, desde Quito (Japão), La Salette (França) e Fátima, entre tantas outras. O Santo Padre Pio e São Maximiliano Kolbe, também diziam que "não há arma mais poderosa nesta batalha espiritual que o Rosário".

À semelhança do foi realizado em 2017 na Polónia, quando os fiéis rezaram o terço ao longo das fronteiras do país, na Irlanda e nas Ilhas Britânicas, esta iniciativa dos católicos estendeu-se agora aos Estados Unidos da América e no dia 7 de outubro, dia de Nossa Senhora do Rosário, propõem-se rezar o terço ao longo de toda a costa do país, pedindo para que o reino de Deus volte a iluminar os seus caminhos da terra neste momento histórico em que tudo parece estar perdido e afastado do bem.

Recordemos que no ano de 1571, o Império Otomano queria conquistar Roma, o Papa Pio V pediu a todos os cristãos que rezassem o terço por essa intenção e ele próprio o rezava enquanto a batalha de Lepanto se travava, e apesar da discrepância das forças em luta, os muçulmanos eram muito superiores em número e em armamento, a batalha foi ganha no dia 7 de outubro, facto que levou o Papa a introduzir na Ladainha do Terço - Auxílio dos cristãos, rogai por nós!

E em Portugal, em terras de Santa Maria, com uma história tão rica num entrelaçado de factos e milagres, para quando uma iniciativa destas?

Suzana Maria de Jesus



O Homeschooling Católico - Berço de Vocações Sacerdotais

Os EUA foram pioneiros no Homescholling (ensino doméstico) Católico. Como em tudo o que se é pioneiro as dificuldades são maiores. Contudo, chegam desde há alguns anos estudos que comprovam a eficácia desta modalidade de ensino e que mostram os resultados muito positivos em todas as áreas e competências.

Além disso, um novo estudo realizado pelo Center for Applied Research in the Apostolate da Universidade de Georgetown, Estados Unidos, em 2017 mostrou evidências que os homens jovens educados, no seio de uma família católica em ensino doméstico, têm quatro vezes mais probabilidades de ingressar no seminário, do que aqueles que frequentaram escolas católicas.

Os dados revelam que 8% dos seminaristas que estão próximos de serem ordenados receberam educação sob a modalidade de 'homeschooling' durante uma média de 7 anos, e que o discernimento vocacional ocorreu aproximadamente aos 16 anos de idade.

Segundo Draper Warren, diretor de admissões em 'Seton Home Study School' de Front Royal, Virginia -'homeschooling' católico creditado nos EUA-, comparando os dados com os aproximadamente 100 mil estudantes que se educam em lares católicos diante dos 2 milhões que se formam em colégios católicos, a percentagem "é muito animadora, e no futuro o impacto poderá ser enorme".

Assinala ainda que esta informação é ocasião para reconhecer a influência positiva que tem o movimento do ensino doméstico católico nas vocações religiosas e que este ajuda a suportar a Igreja de várias formas admiráveis.

Draper Warren afirmou que “normalmente não percebemos a importância histórica de um movimento enquanto é jovem mas daqui a uma geração olharemos para trás e veremos como o ensino doméstico católico contribui por manter a Igreja vibrante nos EUA. As vocações são apenas um dos muitos frutos.”

Poderá ver mais em:




Helena Atalaia



Visita da Diretora Regional de Cultura do Alentejo à Cidade de Beja


A Dra Ana Paula Amendoeira, Diretora Regional de Cultura do Alentejo, deslocou-se no passado dia 28 de Setembro a Beja, a convite do Pe. Manuel António do Rosário, Diretor da Comissão Diocesana de Arte Sacra (CDAS). O objectivo que presidiu ao convite foi dar a conhecer algum do Património Religioso da Cidade de Beja.

A visita iniciou-se pelo Seminário, e incluiu a Biblioteca (inaugurada em 2003 e possui mais de 40.000 livros inventariados), o Museu do Seminário (inaugurado em 2006, e com uma coleção diversificada de Arte Sacra e Arqueologia), e por muitos desconhecido, e ainda a um conjunto de coleções de Arte, Arte Sacra e Arqueologia, de que o Seminário é detentor e que estão espalhadas por vários espaços do monumental edifício do Seminário, fruto da visão do grande Bispo renovador da Diocese, D. José do Patrocínio Dias. Esta visita contou com a presença do Reitor do Seminário, Pe. Francisco Encarnação, Eng. João Margalha (técnico da Câmara Municipal de Beja e membro da CDAS), Arq. Francisca Romão (técnica da Câmara Municipal de Beja e membro da CDAS), e Alexandra Freire (técnica da Câmara Municipal de Beja). Seguiu-se a visita à Igreja do Pé da Cruz, conduzida pelo Pároco, Pe. Henrique Martins e por dois paroquianos, que têm garantido a viabilidade da abertura desta Igreja. O passo seguinte foi a visita à Ermida de Santo André, também por muitos desconhecida, e à Capela do Rosário (agora enriquecida com a montagem de um painel de azulejos, alusivos a alguns dos Mistérios Dolorosos da vida de Cristo). A Ermida e a Capela têm neste momento funcionários assegurados pela Câmara Municipal de Beja.

A intensa manhã concluiu com a visita ao novo Museu de Arte Sacra da Sé de Beja, e foi conduzida pelo Pároco, Pe. António Novais Pereira, e pelo Pe. José Maria Afonso Coelho, membro da Equipa Sacerdotal da Unidade Pastoral.

Estas quatro Igrejas têm agora horários habituais de visita, durante a semana, e constituirão uma agradável surpresa para quem as visitar. Este projecto, apoiado por Fundos Comunitários, resultou de uma candidatura apresentada pela Associação Portas do Território, que congrega neste momento a Diocese de Beja, a Câmara Municipal de Beja e a Misericórdia de Beja, e conta com o apoio essencial das Paróquias da Cidade.

A Drª Ana Paula teve ocasião de manifestar a sua surpresa e satisfação pelo património visitado, e pelo  bom espírito que existe entre todas as entidades envolvidas, o qual irá beneficiar grandemente Beja, uma cidade cada vez mais procurada pelos turistas de todo o Mundo, como o atesta as estatísticas existentes em todas estas Igrejas.




¿Qué dice la ciencia sobre los milagros? Este científico, usando la lógica, aclara la situación

Un milagro es un hecho que se encuentra fuera del alcance del método científico


Testigos del milagro de Fátima, 13 de octubre de 1917




Manuel Alfonseca es un gran divulgador de temas de ciencia y fe con su interesante blog Divulciencia. En su último artículo aborda el tema de los milagros, los dogmas y los hechos históricos, y su relación con la ciencia. Puedes leelo a continuación.
En su obra Quatrevingt-Treize, cuyo título se suele traducir como “Noventa y Tres” (se refiere a 1793, el año del Terror y de la Vendée), Victor Hugo introduce a un personaje llamado Cimourdain, un ex-sacerdote que ha perdido la fe por culpa de la ciencia: “La ciencia había demolido su fe; el dogma se había desvanecido en él... Lo sabía todo de la ciencia y lo ignoraba todo de la vida”.
Aparte de que la segunda frase es muy discutible (nadie puede saberlo todo de la ciencia), la primera plantea el enfrentamiento entre ciencia y fe, que comenzó con la Ilustración y alcanzó el máximo efecto filosófico en el siglo XIX, el de Victor Hugo, que probablemente en esta cita proyecta sus prejuicios decimonónicos en un anacronismo histórico.
Porque veamos: ¿qué descubrimiento científico había demolido la fe de Cimourdain? ¿Darwin? Pero Darwin no había nacido en 1793. ¿Copérnico? Pero la teoría de Copérnico no se comprobó experimentalmente hasta 1838 cuando Bessel midió por primera vez la paralaje de una estrella (61 Cisne), demostrando así que la Tierra gira alrededor del sol. Por otra parte, que la Tierra esté en el centro del universo nunca fue un dogma católico, y las reservas de parte de la Iglesia a la teoría de Copérnico no se debían a su posible oposición con las Escrituras, sino a que echaba por tierra la cosmología de los filósofos griegos (especialmente la de Aristóteles).
El poeta, dramaturgo y novelista romántico francés Víctor Hugo
Pero vayamos al fondo de la cuestión: ¿cuál es el dogma católico fundamental, el que Victor Hugo suponía que la ciencia había echado abajo? Me voy a atrever a resumirlo en unas pocas palabras: “Dios existe, ha creado el universo y se hizo hombre en la persona de Jesucristo, que murió en la cruz y resucitó”.
La base de la fe cristiana y la ciencia
La resurrección de Jesucristo después de su muerte en la cruz es sin duda la base del dogma central del Cristianismo. Dicha resurrección no es un hecho científico, sino un hecho histórico, atestiguado por el testimonio de varios centenares de personas, que afirmaron haber visto a Cristo resucitado. Muchas de esas personas dieron la vida antes que renunciar a su testimonio.
Como he dicho en otro sitiola ciencia no tiene nada que decir sobre la existencia (o la no existencia) de Dios. Todo lo más puede proporcionar indicios, que de hecho, a lo largo del siglo XX, se han inclinado claramente a favor de su existencia. ¿Tiene la ciencia algo que decir respecto a la resurrección de Jesucristo?
El diccionario de la Real Academia define así la palabra milagro: “Hecho no explicable por las leyes naturales y que se atribuye a intervención sobrenatural de origen divino”.
Es decir, un milagro es un hecho que se encuentra fuera del alcance del método científico. Por lo tanto, decir que la ciencia ha demostrado que no existen los milagros es lo mismo que decir que la ciencia demuestra que no existen hechos inexplicables para la ciencia: una afirmación que se auto-contradice.
Los hechos históricos no están sujetos al método científico experimental, que se apoya en la inducción. Su veracidad depende de la documentación disponible y de los testimonios humanos que la apoyan (es decir, se utiliza el método abductivo). ¿Imagina alguien que se pueda tomar en serio una frase como la siguiente?: “La ciencia ha descubierto que el asesinato de Julio César no es digno de crédito”.
Sin embargo, Victor Hugo parece haber tomado en serio esta otra afirmación: “La ciencia ha descubierto que la resurrección de Jesucristo no es digna de crédito”.
C.S. Lewis, pensador, novelista y crítico literario inglés.
Actitudes ante los hechos históricos
Ante un hecho histórico concreto, como la resurrección de Cristo, que está atestiguada por centenares de testigos oculares y por los documentos correspondientes (esencialmente el Nuevo Testamento), se pueden tomar las tres actitudes siguientes, que se parecen mucho al famoso trilema de C.S.Lewis:
1. O bien ese suceso concreto ocurrió de verdad. O sea, Cristo resucitó y los varios centenares de testigos que le vieron dijeron la verdad.
2. O bien el suceso no ocurrió, y los testigos mintieron deliberadamente.
3. O bien el suceso no ocurrió, pero los testigos no mintieron, simplemente estaban equivocados y habían sido presa de una alucinación colectiva, o alguna explicación equivalente.
¿Tiene la ciencia algo que decir al respecto? Nada en absoluto.
Las tres opciones indicadas anteriormente no tienen el mismo peso. La mayor parte de quienes se enfrentan a este trilema excluyen la segunda opción, porque no se considera razonable creer que varios cientos de personas se pusieran de acuerdo para afirmar algo que sabían que era mentira, y que muchos de ellos dieran después la vida para defender su testimonio. Quizás en un caso concreto, con una sola persona, esto podría haber sucedido, pero con un grupo tan grande de testigos no es una opción razonable.
Quedan dos opciones: la primera y la tercera. Es evidente que los ateos prefieren la tercera, y que los creyentes preferimos la primera. Pero se trata de una preferencia que no tiene nada que ver con la ciencia. Podríamos decir que se trata de una preferencia filosófica.
Lo mismo ocurre siempre que se discute la realidad (o no) de cualquier milagro. Sin ir más lejos, consideremos el milagro de Fátima, que tuvo lugar el 13 de octubre de 1917, hace poco más de 100 años. Según los cálculos realizados por entonces, hubo entre 30.000 y 40.000 testigos del milagro. Con semejante número, es preciso excluir la segunda opción, porque es imposible que tantas personas se pusieran de acuerdo para mentir. De nuevo nos vemos reducidos a la primera y a la tercera opción: los ateos sostienen que el milagro fue una alucinación colectiva, o bien un efecto óptico debido a la contemplación del sol. Los creyentes seguimos prefiriendo la primera opción.
En el fondo, el razonamiento de los ateos ante los milagros es circular y puede resumirse así:
1. Los milagros son imposibles.
2. En cualquier referencia a un milagro, como la resurrección de Cristo o el de Fátima, la primera premisa de este razonamiento (que usualmente no se hace explícita) nos obliga a excluir que sucediera en realidad, por lo que sólo queda la opción de que haya sido una alucinación colectiva o una explicación equivalente.
3. Luego los milagros son imposibles.
Es un caso de libro de la falacia de la afirmación del consecuente, que ya conocía Aristóteles, y que consiste en demostrar una afirmación partiendo de ella misma. En cuanto a lo que dice Victor Hugo (que la ciencia ha echado abajo los dogmas) es claramente falso.

in



Sigitas Tamkevicius, el jesuita lituano que consagraba con migas de pan y uvas en la cárcel del KGB

En 1983 fue encarcelado para que traicionara a sus compañeros, su consuelo fue la Eucaristía


La foto del arresto del arzobispo jesuita Sigitas Tamkevicius




Hablando con los religiosos sobre los mártires que han forjado la Iglesia lituana, el Papa Francisco, en la catedral de Kaunas, citó al arzobispo jesuita Sigitas Tamkevičius, de 1938, y en la actualidad emérito. En 1983 fue arrestado por las autoridades soviéticas. Su historia se encuentra narrada en el libro “El baile tras la tormenta”, de José Miguel Cejas, y el periodista Andrea Tornielli narra en el diario italiano La Stampa cómo pudo sobrevivir a las torturas y no traicionar a sus compañeros sacerdotes.

“Nunca recé tan intensamente como en aquellos momentos –comentó-. Jesús no me dejó solo”. Tamkevičius recuerda el momento del arresto: “‘Nos descubrieron’, pensé ese día de 1983. Al subir a la camioneta de la KGB, me invadió un sudor frío. Los sótanos de la cárcel, con corredores estrechos, techos altos, mal iluminados, bombillas tenues, con manchas de humedad y grietas, no invitaban a la serenidad”.
Le preguntaron su nombre y la profesión. Respondió: “Sacerdote. Jesuita”. Respondieron: “‘¡Anda! Es Sigitas, del Comité para la Defensa de los Creyentes, ese que hace propaganda anti-soviética contra el Estado’. Yo sabía que mi participación en el Comité no era lo que les interesaba. Querían saber quiénes eran los redactores de ‘La Crónica de la Iglesia Católica en Lituania’ y cómo llegaba al extranjero. La idea de “La Crónica” se nos había ocurrido a mí y a otros cuatro sacerdotes en los años setenta”.
Monseñor Sigitas Tamkevičius en la actualidad
Decidimos escribir textos que consolaran a los católicos lituanos y que dieran a conocer nuestra situación en el Occidente: no podíamos ofrecer catequesis ni conferencias, ni evangelizar de ninguna otra manera. En las pocas misas que nos permitían había espías del gobierno que tomaban apuntes de las homilías y vigilaban a las personas que no fueran los ancianos de siempre; no se podían ni construir ni reparar las iglesias”.
“Ocho agentes comenzaron a interrogarme un día sí y otro también. ¡No me podía imaginar que ese interrogatorio habría durado seis meses! Horas y horas de preguntas, en una sucesión constante de examinadores “buenos” y “malos”. Dios me dio la fuerza para no traicionar a ninguno en ese periodo terrible, ni siquiera en los momentos de mayor debilidad”.
“‘No entiendo cómo lo lograste’, me dicen a veces, pensando que superé toda esa situación gracias a mis fuerzas. Pero no es así. En la cárcel logré comprar algunos pedazos de pan y confirmé que era de trigo. Solo me faltaba el vino; en una carta pedí a mi familia una uva pasa seca. Desde entonces, solamente tenía que encontrar un buen momento, sabiendo que mi compañero de celda, como normalmente sucedía, era un criminal común al que le prometían reducir la pena si les hubiera ofrecido informaciones comprometedoras sobre mí”.
“Me ponía de espaldas a la puerta –contó Tamkevičius– con el estuche de los lentes en la mesa; un estuche amarillo de plástico en el que tenía un pequeño pedazo de pan y un pequeño recipiente con un poco de uva pasa. Esperaba que mi compañero de celda se quedara dormido y luego, lentamente, comenzaba a exprimir la uva pasa entre los dedos hasta obtener alguna gota de vino que, en casos excepcionales, resultaba válido incluso para celebrar la eucaristía”.
“Gracias a Dios tengo buena memoria –continúa el obispo– y me acordaba de las oraciones de la misa. Después de la consagración, consumiendo el cuerpo y la sangre de Cristo, una alegría indescriptible se apoderaba de mí. Experimentaba una alegría mayor de la que había sentido la primera vez que celebré misa en la catedral de Kaunas. Dios me consolaba y confortaba. Lo sentía allí a mi lado”.
“Celebrar la misa en esas circunstancias –explicó Tamkevičius– me daba una fuerza especial, sin la cual no habría podido resistir. A veces quería celebrar acostado en el lecho, en plena noche”. “Nunca he rezado tan intensamente como en esos momentos. Fue un don de Dios. No le pedía que me liberara; confiaba en Él. Los brazos de Jesús me sostenían; nunca me dejó solo. Siempre fue mi esperanza”.

in



Folha Paroquial de S. José/S. João Baptista de 30 de setembro de 2018





Newsletter de Outubro/18 CMG




A "arma" da oração contra a divisão na Igreja

Acordamos neste dia com o repto do Papa Francisco para que cada cristão reze o terço diariamente e durante o mês de outubro, por excelência dedicado à oração do rosário. Um pedido, acredita o Papa Francisco, que vai combater a divisão dentro da Igreja.
Esta é também uma forma de “estarmos sempre mais conscientes das falhas, dos erros, dos abusos cometidos no presente e no passado e comprometidos a lutar sem qualquer hesitação para que o mal não prevaleça”, assim pediu Francisco este sábado.
Também neste dia ficámos a conhecer que as relações humanas nas redes sociais é um tema que preocupa o Papa e que, por isso, lhe vai dedicar o próximo Dia Mundial das Comunicações Sociais, em 2019. Para conhecer o conteúdo da mensagem vamos ter de esperar pelo dia 24 de janeiro, dia do padroeiro dos jornalistas, e data em que é divulgada a mensagem.
Por cá a Rede «Cuidar da Casa Comum» divulgou um texto compromisso onde pede à Igreja a promoção de mudanças ambientais nos seus espaços pastorais.

O repto foi divulgado no final do encontro «Também somos Terra» organizado por este projeto ecuménico que quer alargar a toda a sociedade o compromisso e as preocupações para a defesa dos recursos que a Terra disponibiliza, promovendo, para isso, a alteração de comportamentos.
Se não despertou a tempo de recordar com o programa Ecclesia na Antena 1, a herança de D. Manuel Martins, primeiro bispo de Setúbal falecido há um ano, saiba que on line, a partir do portal agencia.ecclesia.pt, pode recuperar todas as emissões da Igreja católica na rádio pública.
No programa 70x7 deste domingo, hoje pela hora do lanche às 17h46, fique a conhecer o percurso de 50 anos de sacerdócio do padre José Rodrigo Mendes, padre da diocese de Setúbal, que junto dos operários descobriu que pão e Evangelho devem andar juntos.
Gostamos sempre de o ter connosco. Tenha um excelente domingo!

La segunda causa de muerte juvenil es el suicidio: descubre algunas señales para prevenirlo

Series de televisión y algunos “juegos”·promueven lo promueves entre los adolentes







Durante los últimos tiempos, asistimos en diversas partes del mundo y de una forma particular en España a un incremento del índice de suicidios, algo que es especialmente notable entre los jóvenes. A qué se debe esto, cuáles son las señales de alarma o qué debemos hacer ante la intuición de que alguien a nuestro alrededor quiere acabar con su vida son algunas de las cuestiones que debemos tener en cuenta para poder dar un giro inmediato a esta difícil situación. La periodista Marta Peñalver aborda este tema en la Revista Misión, la revista de suscripción gratuita más leída por las familias católicas de España.
En todo el mundo los suicidios se cobran más vidas que las guerras y los homicidios juntos. En España representan la primera causa de muerte no natural, por encima de los accidentes de tráfico. Según los últimos datos publicados por el Instituto Nacional de Estadística, 10 personas se suicidaron al día en España en 2016.
Estos datos son especialmente preocupantes cuando hablamos de los jóvenes, ya que el suicidio es la segunda causa de muerte, tras los tumores. La cultura del suicidio que se asienta al legalizar la eutanasia o el suicidio asistido añade más desconcierto en esta etapa que maximiza las emociones.
En los últimos años se han viralizado en internet retos como el de la Ballena Azul o el de Momo, que a través de pruebas e indicaciones de perfiles anónimos en redes sociales incitan a los adolescentes al suicidio.
Además, se han puesto de moda series como Por 13 razones que, según los expertos, inducen a los jóvenes a pensar que ante situaciones difíciles la única salida es acabar con su propia vida. Estos fenómenos sociales alientan la cultura del suicidio y contribuyen al efecto contagio.
Desde la Fundación Belén, que ayuda a padres con hijos con problemas, aseguran que hoy “el comportamiento suicida se promueve desde todas las vigencias sociales al imponer un materialismo que no puede llenar el ansia de absoluto de los jóvenes”. Y esto, unido a su incesante deseo de agradar a los demás, provoca en ocasiones un estado de ansiedad que lleva a muchos jóvenes a menospreciar su vida.
Algunos mitos
Ser capaz de reconocer los factores de riesgos y los síntomas característicos de este mal es clave para adelantarnos, en caso de que alguien a nuestro alrededor esté barajando acabar con su vida. Y en primer lugar, debemos desterrar ciertos mitos que se han extendido.
Según la Fundación Salud Mental de España para la prevención de los trastornos mentales y el suicidio, una de las creencias más comunes es que preguntando a una persona si está pensando en suicidarse, se puede incitarle a hacerlo. Al contrario, está demostrado que hablar sobre las intenciones o los pensamientos suicidas disminuye este riesgo.
Tampoco es cierto que la persona que habla sobre acabar con su vida nunca lo hará. De hecho, la mayor parte de las personas que han intentado suicidarse, previamente expresaron su intención con palabras, amenazas, gestos o cambios de conducta.
También existe la creencia de que solo las personas con problemas graves se suicidan, cuando realmente la magnitud de un problema depende en gran parte de la percepción de cada persona, y por lo tanto, lo que para uno es un problema mínimo para otra persona puede suponer un verdadero infierno.
Otro de los mitos es que solo se suicidan personas enfermas o con problemas mentales. Sin embargo, la mayoría de las personas que quieren acabar con su vida son personas en pleno uso de sus facultades, pero que se encuentran con situaciones de profundo sufrimiento, dolor o aflicción que no se ven capaces de superar.
Alertas a los síntomas
En cuanto a los factores de riesgo, se ha demostrado que entre los adolescentes lo que más afecta es su círculo más cercano: familia y amigos. Sentirse traicionado, minusvalorado o humillado por el grupo al que pertenecen (como se da por ejemplo con el bullying) puede desencadenar estos sentimientos.
También factores como la baja tolerancia a la frustración, típica de esta etapa, la ingesta de alcohol y otras sustancias, o haber sido víctima de un suceso traumático aumentan las posibilidades de que el adolescente desarrolle estos sentimientos suicidas.
Esto no es más que un cuadro previo, que en cada persona se puede manifestar de manera diferente. Por ello, además de estar atentos a los factores de riesgo es imprescindible detectar los síntomas que con mayor frecuencia podemos observar en los jóvenes que tienen intenciones suicidas.
Desde la Fundación Belén explican que estas personas experimentan “una tristeza profunda y en muchos casos una depresión”, y señalan que además “suele darse un abandono de todo cuidado corporal y espiritual (dejan de comer, de ducharse, de hablar, en ocasiones se autolastiman)”. Además, es común que surja en ellos un “deseo de soledad, con rechazo abierto a toda compañía”.
También son típicas las expresiones negativas sobre sí mismos o sobre su futuro: “No valgo para nada” o “esta situación no va a mejorar nunca”. Las frases de despedida o la verbalización expresa de sus intenciones suicidas son otra señal a tener en cuenta.
Buscar ayuda
Ante la sospecha de que nuestro hijo o allegado está pensando en el suicidio, desde la Fundación Belén no dudan: hay que “solicitar ayuda inmediata de un psiquiatra, un psicólogo o incluso un sacerdote”. De la mano de estas personas, y siempre con el apoyo de su entorno, el joven puede recuperar la ilusión por vivir y rechazar estas ideas que han surgido en su interior.
Y, sobre todo, es importante no caer en el “a mí esto no me va a pasar” o en “son cosas de adolescentes”. Ante un problema tan grave es fundamental estar atentos y actuar a tiempo para cuidar a quienes se encuentran en esta encrucijada.
 5 claves para prevenir el suicidio
1. Propiciar un entorno familiar que transmita confianza y seguridad.
2. Conocer y estar pendiente de las amistades de nuestros hijos, así como de su actividad en redes sociales.
3. Detectar el llamado síndrome pre-suicida, que se da cuando los síntomas son más claros. Una comunicación fluida te ayudará a reconocer esta etapa.
4. No desestimar las intenciones suicidas de tu hijo en caso de que haya manifestado esta intención verbalmente.
5. Además de expertos, es importante que si tu hijo está en esta situación, también se sienta comprendido por su familia e iguales.
¿Dónde encontrar ayuda en España?
Teléfono de la Esperanza: 717 003 717.
Fundación Salud Mental España para la prevención de los trastornos mentales y el suicidio: o 91 083 43 93.
Prevensuic: Prevención del Suicidio. La primera app en español para prevenir el suicidio: www.prevensuic.org

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