Dela disse o Papa Bento XVI: "foi como um farol para conduzir nossa sociedade que está sempre redescobrindo o lugar e a contribuição única deste período da vida"
Horizonte, 29 de Agosto de 2014 (Zenit.org) Fabiano Farias de Medeiros
“A doação como apostolado de caridade para com quem sofre
por causa da idade, da pobreza, da solidão e outras dificuldades”, era a
espiritualidade de Joana Maria da Cruz, nascida na aldeia de Cancale na
Bretanha francesa no dia 25 de Outubro de 1792 e baptizada com o nome de
Joana Jugan. Filha do casal José Jugan e Marie Horel, foi a sexta de
oito filhos. Joana perdeu o pai aos quatro anos de idade e sua mãe ficou
responsável por toda a família. Aos dezasseis anos começou a trabalhar
como empregada doméstica na casa dos Viscondes de la Choue em
Saint-Coulomb. Ao mesmo tempo que ajudava a família, amparava também os
pobres, abandonados e idosos.
Ao completar dezoito anos foi pedida em casamento por um jovem
marinheiro, ao qual respondeu afirmando: “Deus me quer para Ele, para um
trabalho ainda não conhecido e uma obra que ainda não está fundada.” Em
1817 actuou como enfermeira no hospital Santo Estevão em Saint-Servan e
conheceu e participou da Ordem Terceira da Mãe Admirável, fundada por
João Eudes. No ano de 1823 deixou suas actividades no hospital para
dedicar-se aos cuidados de Marie Lecoq com quem ficou por doze anos. Com
a morte de Marie em 1835 Joana herdou os bens de sua senhora e
juntamente com sua amiga Francisca Aubert, alugaram um apartamento em
Saint-Servan para dar continuidade aos trabalhos de acolhimento e
cuidado aos pobres. Em 1839 Joana acolheu uma senhora cega chamada Ana
Chauvin a qual fez surgir a inspiração de uma congregação que
inicialmente se chamou “Servas dos Pobres”. A Joana uniram-se outras
mulheres e no ano de 1842 deixaram o apartamento e alugaram uma casa
para acolher os idosos. Seu trabalho sensibilizou uma rica comerciante
que viabilizou a compra de um convento abandonado. Ali foi consolidada a
Congregação das Irmãzinhas dos Pobres, sob a assistência da Ordem
Hospedeira de São João de Deus. Joana recebeu o hábito e adotou o nome
de Joana Maria da Cruz.
Joana Maria da Cruz faleceu na França no dia 29 de Agosto de 1879 e
sua congregação já contava com cento e setenta e sete casas em mais de
dez países e em torno de duas mil e quinhentas irmãs. Foi beatificada em
3 de Outubro de 1982 pelo Papa João Paulo II e canonizada em 11 de Outubro de 2009 pelo Papa Bento XVI que na ocasião mencionou sobre a
santa: "foi como um farol para conduzir nossa sociedade que está sempre
redescobrindo o lugar e a contribuição única deste período da vida”
(29 de Agosto de 2014) © Innovative Media Inc.
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