Reabre a fronteira de Rafah com o Egipto. Agora pode chegar a ajuda humanitária para a reconstrução da Faixa de Gaza devastada pelo conflito. Daqui a 30 dias novo compromisso no Cairo entre o Hamas e Israel para discutir as demandas crescentes
Roma, 27 de Agosto de 2014 (Zenit.org)
Após cerca de 50 dias de conflito, ontem, finalmente
chegou-se a um acordo para um cessar-fogo em Gaza entre Israel e o
Hamas. Uma verdadeira e real vitória diplomática do Egipto, que sediou os
diálogos na sua capital, o Cairo. O anúncio, que foi feito pelo
presidente palestino, Abu Mazen, gerou grandíssimo entusiasmo pelas ruas
da Faixa de Gaza: milhares de palestinianos fizeram passeatas também com
tiros de pistolas e fuzis Kalashnikov para saudar o evento.
Jerusalém confirmou as palavras de Abu Mazen, pouco depois,
mantendo, porém, um perfil de cautela. "É um novo texto de trégua
egípcia, aceitamo-lo como fizemos com os outros no passado”, comentam
laconicamente fontes próximas do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Cautela também no exterior: o Departamento de Estado dos EUA, por boca
de Seu porta-voz Jen Psaki dá "as boas-vindas à esperança desejando o
respeito aos termos, esperando que o cessar-fogo seja duradouro".
Os termos do acordo prevêem, segundo fontes egípcias citadas por Al
Ahram, a "reabertura de todas as fronteiras de Gaza", incluindo a
passagem de Rafah com o Egipto, que será vigiada por forças da Autoridade
Nacional Palestina (ANP). Israel também concordou que na Faixa de Gaza
possam entrar "ajuda humanitária para a reconstrução", além da retomada
da pesca dentro de 22 km da costa. Hamas concordou em colocar para daqui
a 30 dias a discussão de suas principais demandas: abertura do porto e
do aeroporto.
Sempre daqui a um mês, com sede confirmada no Cairo, será discutido
também o desarmamento da organização islâmica e a restituição dos restos
mortais de dois soldados israelitas. Muitos em Israel, liderados pelos
Ministros da Economia e das Relações Exteriores, Naftali Bennet e
Avigdor Lieberman definem o acordo "uma rendição ao terrorismo" por
parte do Executivo israelitas. Até agora, o conflito resultou em 2.143
mortes de palestinianos e 70 israelitas, assim como a devastação da Faixa
de Gaza.
(27 de Agosto de 2014) © Innovative Media Inc.
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