O presidente dos EUA diz que a maioria das vítimas do Estado Islâmico são muçulmanos
Roma, 21 de Agosto de 2014 (Zenit.org) Sergio Mora
Depois da divulgação na internet do vídeo que mostra a
decapitação do jornalista norte-americano James Foley por parte de um
miliciano, o presidente dos Estados Unidos afirmou, em discurso feito
ontem em Massachusetts, que a maioria das vítimas do grupo extremista
Estado Islâmico (EI) são muçulmanos.
E acrescentou: "Nenhum Deus justo apoiaria o que eles fizeram ontem
e o que fazem todos os dias. Nenhuma religião ensina as pessoas a
massacrar inocentes".
"O Estado Islâmico arrasa aldeias, sequestra mulheres e crianças e
submete os seus reféns a torturas e estupros. Eles já assassinaram
sunitas e xiitas igualmente, os expulsam dos seus lares e os matam
quando querem, pela simples razão de que eles têm uma religião
diferente".
"Essa gente vai fracassar, porque o mundo é formado por pessoas que
constroem, não que destroem, e por pessoas como Jim Foley. Os Estados
Unidos continuarão fazendo o que têm que fazer para proteger o seu povo.
Seremos vigilantes e implacáveis. Quando alguém fere um
norte-americano, onde quer que seja, nós fazemos o necessário para que
haja justiça". E asseverou: "O EI é um câncer que tem que ser extirpado.
Tem que haver um repúdio a essa ideologia niilista".
O presidente revelou que teve uma conversa com os pais do jornalista
assassinado para lhes dar os seus pêsames. "A vida de Foley é um
completo contraste com a dos seus assassinos", disse Obama. A mãe de
Foley se declarou orgulhosa do trabalho do filho, focado em denunciar as
violências contra a população civil na Síria. No Facebook, ela
escreveu: “Nunca estivemos mais orgulhosos dele (...) Ele deu a vida
tentando expor ao mundo o sofrimento do povo sírio”.
A Casa Branca declarou que o vídeo dos milicianos sunitas do Estado
Islâmico mostrando a decapitação do jornalista do Global Post é
autêntico. O Pentágono confirmou novos ataques aéreos no norte do Iraque
depois do assassinato do jornalista. O governo dos EUA informou também
que o exército americano tinha tentado resgatar o jornalista, sem
sucesso.
(21 de Agosto de 2014) © Innovative Media Inc.
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