Continuam os confrontos armados e o vigário apostólico pede orações
Roma, 26 de Agosto de 2014 (Zenit.org)
Tripoli, a capital da Líbia, tem registado nos últimos dias
ferozes combates pelo controle do aeroporto e de outros pontos
estratégicos da cidade. O vigário apostólico Giovanni Innocenzo
Martinelli declarou nesta segunda-feira: “Ainda nesta manhã escutamos
explosões e combates, mas agora parece que há uma trégua. Alguns dizem
que a situação deverá melhorar, mas eu não acredito até ver, até
podermos dormir à noite”.
De acordo com a agência de notícias FIDES, o vigário apostólico
implorou "que todos orem pela Líbia pedindo a intercessão de Maria,
porque só a oração nos dará as forças para superar estes momentos”.
Sobre a situação da pequena comunidade cristã, dom Martinelli
informou: “A Igreja está se esvaziando cada vez mais, mas existe um
grupo que quer seguir em frente. São de trezentas a quatrocentas
pessoas, na maioria filipinos e, especialmente, africanos [de outros
países] que fazem trabalhos ocasionais na construção. Nós também
tentamos resistir para oferecer um serviço aos nossos irmãos e irmãs”.
Alguns aviões, não se sabe se líbios ou dos países vizinhos, atacaram
as milícias de Misurata, que parecem ter tomado o controle do aeroporto
das mãos das milícias de Zintan.
Martinelli destaca a escassez de combustível e os cortes frequentes
de luz, que podem durar de 6 a 10 horas, criando muitos transtornos para
a população. “A Líbia nos ajuda a viver a ascética da privação, o
desapego dos bens materiais, da perfeita alegria, para expressá-lo em
termos franciscanos”.
O processo de transição política na Líbia está comprometido depois da
aberta rejeição da legitimidade do novo parlamento pelos islamistas,
que, no sábado, anunciaram ter tomado posse do aeroporto de Tripoli. O
parlamento, que se transferiu para Tobruk, 1.600 km a leste da capital,
chamou de terroristas os insurgentes dos grupos Fajr Libia e Ansar al
Sharia.
No Cairo, os participantes da quarta reunião de ministros de Assuntos
Exteriores da Argélia, do Chade, do Egipto, do Sudão e da Tunísia,
juntamente com um representante do Níger e com os enviados da União
Africana e da Liga Árabe, pediram hoje o fim de todas as operações
armadas na Líbia, além de apoio ao processo político e fortalecimento do
diálogo com as forças que repudiam a violência.
(26 de Agosto de 2014) © Innovative Media Inc.
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