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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

São Bernardo de Claraval

A pregação de Bernardo era tão intensa e ungida que arrastava a todos que alcançava, comprometendo-os no caminho da santidade.


Horizonte, 20 de Agosto de 2014 (Zenit.org) Fabiano Farias de Medeiros


“A causa para amar a Deus é o próprio Deus; a medida, ama-lo sem medida”, enaltecia o Doutor da Igreja que nasceu no castelo de Borgonha na cidade de Dijon na França por volta do ano 1090. Foi o terceiro dos sete filhos do casal Tescelin e Aleth de Montbard que eram nobres e fervorosos cristãos. Educado na fé e com virtuosa inteligência, logo tornou-se um jovem muito culto, educado e devoto.

Aos nove anos foi enviado para uma escola em Châtillon-sur-Seine sob a direção dos clérigos seculares de Saint-Vorles. Teve uma notável actuação académica dedicando-se a literatura e poesia. Aos dezanove anos, Bernardo perdeu sua mãe e decidiu então recolher-se na solidão da oração e afastamento do mundo. Atraído pela vida monástica, ingressou no Mosteiro da Ordem de Cister e convenceu muitos a segui-lo, dentre eles, seus irmãos.  

É de são Nivardo, o irmão caçula, o último a partir com Bernardo, essas palavras: "Vós conquistais o Céu e me deixais a terra?"

A pregação de Bernardo era tão intensa e ungida que arrastava a todos que alcançava, comprometendo-os no caminho da santidade. Assim dizia Bernardo: “Se desejardes viver nesta casa, é necessário deixar fora os corpos que trazeis do mundo; porque só as almas são admitidas nestes lugares, e a carne não serve para nada”.

Cerca de três anos após o seu ingresso em Cister, foi enviado para fundar uma abadia na Diocese de Langres, local que foi baptizado por ele como Claraval. A abadia foi fundada em 25 de Junho de 1115 e Bernardo tornou-se o abade passando a ser conhecido como Bernardo de Claraval. Atraiu a muitos através de seu testemunho e pregação. Reis, nobres e príncipes iam ao seu encontro para ouvir seus conselhos e receber orações. A abadia de Claraval chegou ao número de 700 monges. Bernardo actuou de forma providencial combatendo o cisma causado pelo antipapa Anacleto II e outras muitas heresias emergentes naquela época. Foi um profundo e incomparável devoto de Nossa Senhora.

No ano de 1153, Bernardo adoeceu e percebendo chegar a hora de sua morte e o lamento de seus irmãos pronunciou: “Por que desejais reter aqui um homem tão miserável? Usai de misericórdia para comigo, eu vos peço, e deixai-me ir para Deus”. Morreu no dia 20 de Agosto de 1153. Foi canonizado em 18 de Junho de 1174, por Alexandre III.

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