Em um e-mail, o Papa diz ter chorado pelas famílias e as crianças retiradas de suas casas durante o despejo forçado de uma invasão no bairro de Lugano, na Argentina
Roma, 27 de Agosto de 2014 (Zenit.org)
"Parece que a crueldade foi impressa nos nossos corações.
Uma crueldade que tem muitas roupagens: ‘o que me importa’, ‘vão
trabalhar’, ‘são pessoas que não se inserem na sociedade’... palavras
que não justificam mas manifestam tal crueldade".
Estas são as palavras do Papa Francisco escritas em um email
privado a Gustavo Vera, o fundador da ONG "La Alameda", em Buenos Aires.
O motivo do e-mail é o processo de despejo, realizado há três dias pela
polícia e guarda civil nacional, da invasão 'Papa Francisco’ no bairro
Lugano, com famílias inteiras que foram removidas à força das suas
casas.
A notícia foi dada ontem pela mesma ONG Argentina, muito ligada a
Bergoglio, que havia informado directamente o Papa do despejo forçado. E o
Papa confessa ter "chorado" ao saber que muitas famílias dos seus
compatriotas sofrem tal abuso tão humilhante.
"Acabei de ler a sua carta - escreve Francisco ao amigo Gustavo -. A
sua última frase resume os meus sentimentos: 'Parecia Gaza' e comecei a
chorar. Não entendo o motivo. Acaricio com as lágrimas essas pessoas,
essas mães com crianças. Quando voltei da Coreia, no avião, falei da
crueldade. Parece que a crueldade foi incutida em nossos corações....".
"Estou ao lado dessas pessoas - disse o Papa - rezo e peço que elas
não sejam deixadas sozinhas. E estou perto de vocês, que estão perto
delas. Com muita dor no meu coração. Um abraço".
(27 de Agosto de 2014) © Innovative Media Inc.
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