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terça-feira, 26 de agosto de 2014

Quais são as armas para vencer o diabo? Responde o chefe dos exorcistas do mundo

P. Bamonte, da Associação Internacional de Exorcistas  

Anthony Hopkins interpreta um sacerdote exorcista na película O Rito
Actualizado 18 de Julho de 2014

Aci

O presidente da Associação Internacional de Exorcistas, P. Francesco Bamonte, partilhou alguns conselhos sobre as melhores armas para fazer frente ao diabo, e advertiu que não é suficiente saber que os demónios existem, mas sim que é preciso conhecer como actuam para não cair nas suas armadilhas.

Na entrevista com a Radio Vaticano, há pouco tempo de que a Associação Internacional de Exorcistas recebera o reconhecimento jurídico da Congregação para o Clero na Santa Sé, o P. Francesco Bamonte assinalou que “os demónios actuam na história pessoal e comunitária dos homens, tratando de propagar entre os homens a escolha do mal”.

Saber como actuam para prevenir
“Por isso, não basta saber que existem, mas sim que é preciso também conhecer como actuam para prevenir e rejeitar os seus ataques e não cair nas suas armadilhas”, advertiu o exorcista da diocese de Roma.
 
O italiano Francesco Bamonte preside à
Associação Internacional de Exorcistas
O Papa recorda que os demónios existem
O P. Bamonte assinalou que “sem dúvida, o fundamento da pregação e dos ensinamentos do Papa Francisco é Jesus Cristo; mas o Papa exorta-nos a não esquecer o que a Sagrada Escritura nos diz: que os demónios existem: são anjos criados por Deus que se transformaram em malvados porque livremente escolheram rejeitar Deus e o seu Reino, dando origem assim ao inferno”.

“O Papa descreveu frequentemente como actuam os demónios através da tentação para separar os homens de Cristo. De facto, querem que sejamos como eles; não querem a santidade de Cristo em nós, não querem o nosso testemunho cristão, não querem que sejamos discípulos de Jesus”.

Os demónios enganam os homens

O exorcista recordou que “o Papa também sublinhou várias vezes que os demónios – que são repelentes e repugnantes – disfarçam-se de anjos de luz para fazer-se atractivos e enganar melhor os homens. Jesus no Evangelho ensina-nos como lutar e vencer os demónios com a sua graça”.

Quatro "armas" para lutar contra a tentação do demónio
Para fazer frente às tentações dos demónios, o sacerdote enumerou quatro armas muito poderosas: a Palavra de Deus, o Rosário, a confissão frequente e a participação na Santa Missa.

O presidente da Associação Internacional de Exorcistas assegurou que “a arma poderosa, ante tudo, é a leitura e a meditação da Palavra de Deus, como disse o Papa Francisco, que nos convidou a levar sempre no bolso um Evangelho. No nosso interior, esta Palavra, quando entra, vive, actua e enche-nos da graça do Espirito Santo”.

E logo está o Rosário, o encomendar-se à Virgem, a quem o demónio odeia especialmente”.

A terceira arma, disse, é “a confissão frequente: reconhecer-nos pecadores humildemente, confessar os nossos pecados e pedir a Deus a força para não pecar mais”.

De seguida recomendou “a participação na Santa Missa nos dias festivos. E também a luta contra os nossos vícios, contra o que o pecado original deixou em nós, para que triunfe o homem novo em Cristo”.

O P. Francesco Bamonte assinalou que a presença de um sacerdote exorcista numa diocese “é importantíssima”.

“De facto, quando não há um sacerdote exorcista, frequentemente as pessoas dirigem-se a magos, feiticeiros, leitores de cartas e do futuro, seitas”.

O presbítero assinalou que “não têm sentido pensar que se as pessoas sabem que há um exorcista na sua diocese, serão mais propensas a crer que são vítimas de uma possessão diabólica. A primeira preocupação de todo o exorcista com bom sentido é evitar que se forme ou se mantenha a crença de uma possessão quando esta não existe”.

O P. Bamonte indicou que “o exorcista é mais que tudo um evangelizador, um sacerdote, pelo que seja qual seja a origem do mal que padece quem acode a ele, seja ou não seja uma autêntica forma de acção extraordinária do demónio. O sacerdote exorcista esforça-se por infundir serenidade, paz, confiança em Deus e esperança na sua graça”. 

Quando há possessão
“E quando se comprova realmente a existência de um caso de possessão diabólica, o sacerdote exorcista acompanhará esses irmãos e irmãs que sofrem por causa do maligno, com humildade, fé e caridade, para sustê-los na luta, para dar-lhes ânimo no duro caminho da libertação, e para reavivar neles a esperança”.

O exorcista da diocese de Roma indicou que na sua experiência encontrou “homens e mulheres perfeitamente sãos de mente, mas expostos a um nível de sofrimento dificilmente imaginável”.

Uma forma de caridade através do exorcismo
“Ante tanta dor é impossível permanecer indiferente: desejo sinceramente que muitos outros irmãos sacerdotes se dêem conta desta dramática realidade, frequentemente ignorada ou subestimada. O exorcismo é uma forma de caridade em benefício de pessoas que sofrem. Está dentro das obras de misericórdia corporal e espiritual”, assegurou.

Os exorcistas em Roma, disse o sacerdote, “contam com a ajuda de uma equipa de voluntários formada por médicos especialistas em psiquiatria e psicoterapeutas, que avaliam se é necessário os aspectos médicos. Há pessoas que confundem problemas de origem médica com problemas de origem espiritual. Os casos que se consideram sérios e nos quais deve intervir um sacerdote exorcista são limitados”.

Reconhecimento vaticano
A recente criação da Associação Internacional de Exorcistas, que ele preside, “é um sinal dos tempos”, disse, pois “o Espírito Santo, em resposta às exigências especiais da nossa época, suscitou uma tomada de consciência de que entre os mandatos de Cristo à Igreja, está incluído o de expulsar os demónios em seu Nome”.

“Ao mesmo tempo, o Espírito Santo inspirou na Igreja uma associação de sacerdotes exorcistas para que tenham a força que deriva do estar em comunhão com outros irmãos que exercem o mesmo ministério; e para que, encontrando-se periodicamente e partilhando as suas experiências, possam oferecer uma ajuda mais eficaz aqueles que se dirigem a eles”.

Para ler a entrevista completa pode fazê-lo AQUI


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