A ONU inicia nesta quarta-feira uma operação por terra, ar e mar para levar ajuda humanitária ao país
Roma, 19 de Agosto de 2014 (Zenit.org) Sergio Mora
O cardeal Fernando Filoni, prefeito da Congregação para a
Evangelização dos Povos e enviado pessoal do papa Francisco ao Iraque,
manifestou comoção e gratidão ao pontífice pela sua oração espontânea em
favor do “povo que sofre no Iraque”.
Segundo a agência Fides, o cardeal Filoni se referiu à oração que o
papa fez no final da missa pela paz e pela reconciliação, celebrada
nesta segunda-feira na catedral de Seul, durante o encerramento da
visita apostólica à Coreia do Sul.
Depois de orar pela paz mundial, pela Igreja, pelos lugares em
guerra, pelas pessoas que sofrem devido às separações e às divisões,
pelos marginalizados e pelos pobres, o papa acrescentou de forma
improvisada: “Pelo cardeal Filoni, que não pôde vir porque foi enviado
pelo papa ao povo que sofre no Iraque, a fim de ajudar os perseguidos,
os despojados, todas as minorias religiosas que sofrem naquela terra,
para que nosso Senhor esteja perto dele na sua missão”.
O cardeal Filoni já visitou as províncias de Duhok e Erbil e se
encontrou com as autoridades políticas do Curdistão, ponto de destino da
maioria dos prisioneiros.
Nesta terça-feira, em Bagdad, o cardeal Filoni levou ao novo presidente iraquiano, Fuad Masam, uma mensagem do papa Francisco.
Os combates, porém, prosseguem no país. O presidente dos Estados
Unidos, Barack Obama, declarou ontem à noite durante uma entrevista conferência improvisada: “Vamos continuar aplicando uma estratégia de longo
prazo" contra o Estado Islâmico (EI), em que Washington apoiará o novo
governo iraquiano e trabalhará com parceiros-chave na região.
As forças curdas anunciaram a conquista de outras localidades no
norte do país e se preparam para marchar em direcção a Mossul, depois de
retomar o controle de uma estratégica represa hidroeléctrica no rio Tigre,
até então nas mãos dos jihadistas.
Nesta quarta-feira, a ONU iniciará uma importante operação para
ajudar meio milhão de pessoas que ficaram desabrigadas por causa do
avanço militar do grupo jihadista Estado Islâmico no norte do Iraque. A
ofensiva inclui operações por terra, ar e mar.
"A situação é desesperante para quem não tem um abrigo apropriado. As
pessoas lutam para encontrar alimentos e água para alimentar as suas
famílias", disse um porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os
Refugiados (ACNUR).
Por sua vez, a Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH),
que reúne 178 organizações, exigiu medidas urgentes do Conselho de
Segurança das Nações Unidas para proteger os curdos yazidis no Iraque.
"A comunidade internacional e o governo do Iraque precisam agir já
para proteger essas populações diante do risco de mais actos bárbaros",
escreveu em um comunicado o presidente da FIDH, Karim Lahidji.
(19 de Agosto de 2014) © Innovative Media Inc.
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