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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Iraque: o enviado papal agradece pelas orações de Francisco

A ONU inicia nesta quarta-feira uma operação por terra, ar e mar para levar ajuda humanitária ao país


Roma, 19 de Agosto de 2014 (Zenit.org) Sergio Mora


O cardeal Fernando Filoni, prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos e enviado pessoal do papa Francisco ao Iraque, manifestou comoção e gratidão ao pontífice pela sua oração espontânea em favor do “povo que sofre no Iraque”.

Segundo a agência Fides, o cardeal Filoni se referiu à oração que o papa fez no final da missa pela paz e pela reconciliação, celebrada nesta segunda-feira na catedral de Seul, durante o encerramento da visita apostólica à Coreia do Sul.

Depois de orar pela paz mundial, pela Igreja, pelos lugares em guerra, pelas pessoas que sofrem devido às separações e às divisões, pelos marginalizados e pelos pobres, o papa acrescentou de forma improvisada: “Pelo cardeal Filoni, que não pôde vir porque foi enviado pelo papa ao povo que sofre no Iraque, a fim de ajudar os perseguidos, os despojados, todas as minorias religiosas que sofrem naquela terra, para que nosso Senhor esteja perto dele na sua missão”.

O cardeal Filoni já visitou as províncias de Duhok e Erbil e se encontrou com as autoridades políticas do Curdistão, ponto de destino da maioria dos prisioneiros.
Nesta terça-feira, em Bagdad, o cardeal Filoni levou ao novo presidente iraquiano, Fuad Masam, uma mensagem do papa Francisco.

Os combates, porém, prosseguem no país. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou ontem à noite durante uma entrevista conferência improvisada: “Vamos continuar aplicando uma estratégia de longo prazo" contra o Estado Islâmico (EI), em que Washington apoiará o novo governo iraquiano e trabalhará com parceiros-chave na região.

As forças curdas anunciaram a conquista de outras localidades no norte do país e se preparam para marchar em direcção a Mossul, depois de retomar o controle de uma estratégica represa hidroeléctrica no rio Tigre, até então nas mãos dos jihadistas.

Nesta quarta-feira, a ONU iniciará uma importante operação para ajudar meio milhão de pessoas que ficaram desabrigadas por causa do avanço militar do grupo jihadista Estado Islâmico no norte do Iraque. A ofensiva inclui operações por terra, ar e mar.

"A situação é desesperante para quem não tem um abrigo apropriado. As pessoas lutam para encontrar alimentos e água para alimentar as suas famílias", disse um porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR).

Por sua vez, a Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH), que reúne 178 organizações, exigiu medidas urgentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas para proteger os curdos yazidis no Iraque.

"A comunidade internacional e o governo do Iraque precisam agir já para proteger essas populações diante do risco de mais actos bárbaros", escreveu em um comunicado o presidente da FIDH, Karim Lahidji.

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