Num mundo básico, rasteiro e
plano, que perdeu a capacidade de querer ascender, ser maior, o homem ignora a
dimensão da altura e da espiritual elevação ao transcendente.
Alargou, engordou, deformou e
degenerou!
Não há ideais, nem nobres
objectivos a concretizar, corrói-se na crise, no desânimo, no desalento, no
negativismo, no pessimismo, no álcool e na droga.
Está cinzento e macabro,
esqueceu-se que “o sonho é uma constante da vida…”, perdeu o jeito de apreciar
o belo, o bem e a verdade.
Os jovens já não ambicionam ser
adultos e os adultos fazem contas à reforma, ambição suprema de muitos
trabalhadores.
Os mais novos lamentam-se por não
conseguirem emprego – resta saber, se alguma vez lhes passou pela cabeça e pelo
corpo, o esforço, o cansaço e o prazer de um trabalho repetido diariamente,
horas a fio, dia após dia, mês após mês e ano após ano, considerando-o como uma
mais-valia para a sociedade e para o progresso. É que ter emprego, para alguns,
não é o mesmo que trabalhar…
Assim carente de ideias, ideais,
sonhos e desenvolvimento, o homem torna-se básico, animalesco e grotesco.
Delira com sexo, devora revistas e novelas povoadas de traições e amores, que
de Amor nada têm. Fez-se fã da pornografia, ainda que camuflada ou escondida em
alguns sites da Net, vibra com a
pedofilia, excita-se com o casamento de homossexuais e já aspira à “ Ideologia
do Género” a grande conquista do século XXI.
Ideologia do Género? Mas que
género tão estranho de ideologia! Estranho, bizarro, aberrante e, quiçá,
patológico…Um assim - assim, antes pelo contrário, nem carne nem peixe, nem
branco nem preto, amorfo, indefinido, inerme, degradado e repelente.
Ideologia sem inteligência para
mais, “sonho” de quem não foi balizado em criança e jovem, com os conceitos de
Bem - Mal, Verdade – Mentira, linhas condutoras de crescimento saudável e
normal.
Sem referências, sem normas, sem
bons exemplos alastram-se por aí como ervas daninhas rastejantes,
intrometem-se, minam, danificam e tornam-se um pesadelo.
Homens e Mulheres desta Europa
ensandecida e esclerosada, recordem as vossas raízes culturais e cristãs, ousem
arrancar o “joio” que grassa no seu seio e ajudem-na a crescer nas virtudes
humanas e a reflorescer na dignidade que em tempos passados, fez a sua glória.
Alexandre S. Esteves
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