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domingo, 23 de junho de 2019

Inversões, perversões e confusões

Num mundo básico, rasteiro e plano, que perdeu a capacidade de querer ascender, ser maior, o homem ignora a dimensão da altura e da espiritual elevação ao transcendente.

Alargou, engordou, deformou e degenerou!

Não há ideais, nem nobres objectivos a concretizar, corrói-se na crise, no desânimo, no desalento, no negativismo, no pessimismo, no álcool e na droga.

Está cinzento e macabro, esqueceu-se que “o sonho é uma constante da vida…”, perdeu o jeito de apreciar o belo, o bem e a verdade.

Os jovens já não ambicionam ser adultos e os adultos fazem contas à reforma, ambição suprema de muitos trabalhadores.

Os mais novos lamentam-se por não conseguirem emprego – resta saber, se alguma vez lhes passou pela cabeça e pelo corpo, o esforço, o cansaço e o prazer de um trabalho repetido diariamente, horas a fio, dia após dia, mês após mês e ano após ano, considerando-o como uma mais-valia para a sociedade e para o progresso. É que ter emprego, para alguns, não é o mesmo que trabalhar…

Assim carente de ideias, ideais, sonhos e desenvolvimento, o homem torna-se básico, animalesco e grotesco. Delira com sexo, devora revistas e novelas povoadas de traições e amores, que de Amor nada têm. Fez-se fã da pornografia, ainda que camuflada ou escondida em alguns sites da Net, vibra com a pedofilia, excita-se com o casamento de homossexuais e já aspira à “ Ideologia do Género” a grande conquista do século XXI.

Ideologia do Género? Mas que género tão estranho de ideologia! Estranho, bizarro, aberrante e, quiçá, patológico…Um assim - assim, antes pelo contrário, nem carne nem peixe, nem branco nem preto, amorfo, indefinido, inerme, degradado e repelente.

Ideologia sem inteligência para mais, “sonho” de quem não foi balizado em criança e jovem, com os conceitos de Bem - Mal, Verdade – Mentira, linhas condutoras de crescimento saudável e normal.

Sem referências, sem normas, sem bons exemplos alastram-se por aí como ervas daninhas rastejantes, intrometem-se, minam, danificam e tornam-se um pesadelo.

Homens e Mulheres desta Europa ensandecida e esclerosada, recordem as vossas raízes culturais e cristãs, ousem arrancar o “joio” que grassa no seu seio e ajudem-na a crescer nas virtudes humanas e a reflorescer na dignidade que em tempos passados, fez a sua glória.

Alexandre S. Esteves



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