Estaline implementou uma política radical
comunista na Bielorrússia com o fim de a proteger das "influências
ocidentais", promovendo a transferência de russos de diversos outros
pontos da União Soviética, e colocando-os em posições-chave dentro do governo
bielorrusso. O uso oficial da língua bielorrussa
e outros aspectos da identidade cultural local foram rigorosamente limitados
pelo governo, em Moscovo.
Com a morte de Estaline, em 1953, o seu sucessor, Nikita Khrushchev, continuou este processo,
afirmando: "Quanto mais rapidamente todos nós começarmos a falar o russo, mais rapidamente construiremos o comunismo."
Em Junho de 1988, na
localidade rural de Kurapaty, próximo a
Minsque, o arqueólogo Zyanon
Paznyak, líder do Partido Conservador Cristão da Frente Popular
Bielorrussa, descobriu sepulturas colectivas
que continham cerca de 250.000 corpos de vítimas de execuções ocorridas entre
os anos de 1937 a 1941. Alguns nacionalistas passaram a alegar que esta
descoberta seria prova de que o governo soviético os tinha tentado dizimar. Porém
o governo bielorrusso e o
seu actual presidente Aleksander
Lukashenko, antigo membro do Partido Comunista, nunca quiseram admitir aquela
mortandade levada a cabo pela NKVD (polícia política estalinista)
e nunca mencionaram publicamente a existência de Kuropaty.
Trinta anos após da queda
do muro de Berlim ainda não é possível saber o número das vítimas, pois os
arquivos da NKVD continuam secretos na Bielorrússia, mas seguramente foram
largas dezenas de milhares, durante esta repressão comunista entre 1937 e 1941
e das quais as cruzes se mantém fazendo memória.
Com o pretexto de remodelação, o governo quer
arrasar aquele campo, destruindo todos os vestígios dum passado pouco glorioso.
Neste país ortodoxo com presença católica, ambas as igrejas, ortodoxa e
católica, uniram-se para pedir que não sejam demolidas as cruzes de Kurapaty,
lugar sagrado onde foram enterrados judeus, muçulmanos e católicos, vítimas
inocentes duma ditadura brutal.
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