Em
1950 o Cons elho da Europa lançou um
concurs o de ideias para a es colha
do des enho da futura bandeira da
então recém- nas cida Comunidade
Europeia.
Entre
muitos artis tas gráficos
que concorreram, Ars ène Heitz,
natural de Es tras burgo, cidade onde vivia, apres entou várias
propos tas
entre 1950 e 1955, de todas foi es colhida aquela que tão bem conhecemos : Um “Sol” de doze es trelas s obre
um fundo azul.
Anos mais
tarde, entrevis tado por uma revis ta frances a,
Heitz revela a génes e da s ua ins piração:
Na altura do concurs o es tava a ler a his tória
das aparições
da “ Virgem da Medalha Milagros a”-
como hoje é conhecida - na Rua du Bac, em Paris .
E foi a partir de Nos s a Senhora que nas ceu
a concepção de doze es trelas em círculo, s obre
fundo azul, tal como é repres entada
na iconografia tradicional das
imagens da Imaculada Conceição.
Começando
por s er uma “ideia” vulgar como
tantas outras
que fluem na imaginação de um artis ta
como Heitz, ela des pertou o s eu interes s e de tal forma que s e
tornou tema de meditação ao longo da s ua
longa vida, pois veio a falecer
nonagenário no início do nos s o s éculo.
Longe
de s er um beato milagreiro Heitz cons iderava-s e,
s imples mente,
um homem profundamente religios o,
devoto à Virgem Maria, a quem todos
os dias
rezava o terço na companhia de s ua es pos a, mas não nega que a s ua
s ens ibilidade
artís tica tinha uma forte ins piração divina comum a todos
os homens
que amam e procuram a Deus .
Claro
que nem as es trelas nem o azul da bandeira s ão
propriamente s ímbolos religios os , facto que permite res peitar
a cons ciência de todos os
europeus , quais quer
que s ejam as
s uas
crenças . O próprio director do s erviço de Imprens a
e Informação do Cons elho da Europa
ao jus tificar aos membros
da Comunidade o s ignificado do des enho es colhido
fê-lo dizendo que o s ímbolo de doze
es trelas
era repres entativo do “ número de
plenitude” e não do número de país es , pois
na década de 50 tão pouco eram doze.
Talvez
na alma de Heitz tenha pairado a passagem do Apocalipse de São João: “ Apareceu
no Céu um grande sinal- uma Mulher vestida de Sol, com a lua a seus pés e uma coroa
de doze estrelas na cabeça”...
Talvez
não tenha s ido por acas o, s em
dis s o
s e darem conta, que os delegados
dos minis tros europeus
adoptaram por unanimidade o s ímbolo
propos to por Heitz numa reunião plenária
realizada a 8 de Dezembro, como s abemos um dos
mais importantes dias
marianos em que s e celebra a fes ta
da Imaculada Conceição.
Certo
é que para todos os europeus ,
nomeadamente os portugues es , s erá um motivo de orgulho, pois
des de tempos
muito recuados que a Virgem Maria é
invocada como Padroeira e Rainha de Portugal, país
a que muitos chamam Terra de Santa
Maria.
Também
a fé que caldeou a civilização ocidental e é o grande s uporte
da his tória e cultura das nações
europeias , s e
es palhou por todos os
continentes graças a navegadores
e mis s ionários portugues es .
É cons olador e reconfortante contemplar a bandeira da
União Europeia- expres s ão dos
valores comuns
dos povos
europeus - e nela reconhecer o grande
“s inal bíblico e mariano” evocativo
da Paz, União, e da Vitória final.
Não
esquecer as nossas origens e conhecer bem o passado será um caminho seguro para
construir um futuro mais coerente, harmonioso e perfeito.
Maria Susana Mexia |
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