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sexta-feira, 21 de junho de 2019

Carta para meu filho (a)

Enquanto viveres nesta casa, obedecerá as minhas regras. Quando tiveres a tua casa, obedecerá as tuas próprias regras.

Aqui não governa a democracia, não fizemos campanha eleitoral para ser seus pais, você não votou em nós. Somos seus pais e você nosso filho(a) pela graça de Deus, e aceitamos respeitosamente esse privilégio e as responsabilidades assustadoras que trazem consigo.

Ao aceitar adquirimos a obrigação de desempenhar o papel de pais. Não somos amigos, não somos seus motoristas particulares, sua mãe não é sua empregada e seu pai não é seu mordomo, não somos seus servos nem subalternos, somos seus pais.

Vamos nos zangar contigo, caso venha a nos desobedecer ou desrespeitar, te deixaremos por muitos momentos em estado de fúria e desapontamento, seremos em muitas vezes o teu pior pesadelo e vamos te seguir onde for.

Quando você entender isso, saberemos que você é um adulto responsável e que tem as condições necessárias para que possa deixar o nosso lar com a certeza de que fomos competentes em nossa missão de pais.

Nunca encontrarás alguém que te ame, ore e se preocupe mais do que nós.

Não somos colegas, as nossas idades são muito diferentes. Podemos partilhar muitas coisas, mas não somos colegas. Somos teu pai e tua mãe e isso é infinitamente mais do que ser colega.

Também somos teus amigos, mas estamos em níveis completamente diferentes. Nesta casa farás o que for mandado e não deves questionar, porque tudo o que for ordenado será motivado pelo amor.

Vai ser difícil compreender até que tenhas um filho, enquanto isso apenas confie em seus pais, pois eles sabem o que é melhor para você, muitas vezes com o aperto no coração de ver brotar lágrimas em seus olhos ao dizer um não, mas com a alma tranquila de saber que a longo prazo essa é a decisão correta.

Ass.: Papai e mamãe.

Cairo Ernesto



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