Em paralelo, aumenta o fluxo de crianças migrantes que tentam entrar sozinhas nos Estados Unidos
Roma, 16 de Julho de 2014 (Zenit.org) Sergio Mora
No dia em que foi encerrada no México a reunião sobre
imigração de menores, de cuja abertura participou o secretário de Estado
do Vaticano, cardeal Pietro Parolín, e à qual o papa Francisco enviou
uma mensagem, a polícia descobriu 458 menores e 138 adultos vivendo como
escravos num albergue-cativeiro do país.
Após denúncia de sequestro de cinco menores, feita há um ano, a
polícia invadiu o abrigo A Grande Família, no Estado de Michoacán, e
encontrou as vítimas em situação de escravidão.
Cinco pessoas asseguravam, em suas denúncias, que o internato retinha
os seus filhos menores pela força. Além destes cinco sequestrados e dos
demais reféns, foram encontrados 6 bebés, de dois meses a três anos,
vivendo em condições de abuso e insalubridade.
A directora e fundadora do albergue, Rosa del Carmen Verduzco,
obrigava as crianças a pedir esmola e lhes impunha condições de vida
indecentes, com abusos de todo tipo.
De acordo com as primeiras informações, os bebés eram registrados
como filhos de Verduzco e afastados dos pais biológicos. Uma das vítimas
relatou que, quando completou 18 anos, pediu que Verduzco a deixasse
sair do internato, mas ela a manteve presa durante mais 13 anos. A
vítima teve duas filhas que não puderam ser registadas em seu nome e
que também eram mantidas privadas de liberdade.
Outras 8 pessoas que trabalhavam no local foram presas. Vários pais
de família, alertados pela polícia, estão prestando depoimentos.
(16 de Julho de 2014) © Innovative Media Inc.
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