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sexta-feira, 18 de julho de 2014

Camilianos: o ano jubilar foi a oportunidade de renovação da ordem

Uma ordem em expansão. No capítulo houve grande concordância


Roma, 18 de Julho de 2014 (Zenit.org) Sergio Mora


A ordem dos camilianos fez 400 anos e recebeu, um dia antes do 14 de Julho, momento de conclusão do seu ano jubilar, a saudação do Papa Francisco - "Cumprimento agora – disse o Santo Padre – com muito carinho todos os filhos e filhas espirituais de são Camilo de Lellis, que celebra amanhã o 400º aniversário de sua morte. Convido a família camiliana, no clímax desse ano jubilar, a ser um sinal do Senhor Jesus que como bom samaritano, se agacha sobre as feridas do corpo e do espírito da humanidade que sofre, derramando o azeite da consolação e o vinho da esperança".

ZENIT conversou com Frei Carlo Mangioni, porta-voz da ordem, que salientou que o ano jubilar foi uma ocasião preciosa para renovar a vocação, superando algumas dificuldades recentes.

Perguntado sobre o Capítulo Geral realizado no final de Junho, disse que vieram de todo o mundo superiores, delegados e provinciais da ordem. E que “durante esses cinco dias elegeram o novo superior geral, o padre Leocir Pessini, brasileiro de origem italiana, superior provincial do Brasil”. Disse que o capítulo "encontrou grande unidade, de tal forma que o superior geral e os quatro conselheiros conseguiram a maioria absoluta na primeira eleição”.

As pessoas que foram eleitas, lembrou o porta-voz, são relativamente jovens. Além do superior geral, foi escolhido como o vigário geral o sacerdote de Burkina Faso, Laurent Zoungrana, nascido em 1956; como segundo consultor, o espanhol Frei José Ignacio Santaolalla Sáez, de 1966. O terceiro consultor foi o Padre Aris Miranda, filipino, de 1967; e o quarto é um consultor italiano, o padre Gianfranco Lunardon, nascido em 1971.

Sobre o capítulo geral acrescentou que "foi pauta o projecto camiliano em continentes que crescem como a Ásia e África, a América e também a Europa. Um projecto amplamente discutido e aprovado".

ZENIT também perguntou sobre a tempestade que a congregação enfrentou, causada pela má gestão dos fundos por parte de um administrador leigo no qual se tinha colocado muita confiança. Investigação que, na Itália, fez com que o ex-superior fosse submetido a um processo civil.

Mangione disse que nesta crise, "desde o começo fomos acompanhados com muito carinho, de forma muito materna pela Igreja”. Disse que a mensagem do Papa Francisco "nos tem feito muito bem" e que "o quarto centenário abriu uma nova esperança dentro da ordem depois desse terrível temporal, e ao mesmo tempo permitiu dar uma visibilidade à parte saudável e maioritária da congregação e das suas actividades”.

Acrescentou que o superior geral, na conclusão do ano jubilar, na Igreja romana de Santa Maria Madalena, em sua homilia, nos disse: "Nos últimos meses temos percebido com clareza que o coração materno da Igreja protegeu a pureza original da 'pequeno planta’ do nosso carisma e nos empurrou com coragem para relançar o precioso dom da caridade misericordiosa para com os doentes".

Questionado sobre o trabalho dos camilianos e se algo mudará nas estruturas, o porta-voz disse que as estruturas ajudam especialmente as missões. Reconheceu que "as dificuldades existem e que torna-se necessário ver a oportunidade de algumas delas para entender o quanto sejam oportunas hoje e qual é o seu valor carismático. No capítulo se falou sobre isso e foi dado à nova Consulta o mandado de aprofundar esta problemática”.

Sobre as vocações disse que a ordem religiosa "está em expansão, com vocações mais numerosas na África e Ásia, também na América Latina. E embora na Europa sejam menos, aí estão e recordou com alegria que "nós tivemos em Julho a ordenação de dois jovens da cidade de Bucchianico, onde São Camillo nasceu. E em Setembro outros três dessa cidade entraram no noviciado”. (Trad.T.S.)

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