Polónia, Escócia, Suécia são afectadas pela violação dos direitos humanos de consciência
Roma, 31 de Julho de 2014 (Zenit.org)
Roger Kiska, da Aliança em Defesa da Liberdade
O Dr. Bogdan Chazan, profissional reconhecido em toda a Polónia
pela sua perícia médica, foi recentemente multado e demitido do cargo de director do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital
Sagrada Família, em Varsóvia, capital do país, por se recusar a realizar
o aborto de uma criança com diagnóstico de lesão cerebral
potencialmente grave.
Chazan, que também é professor na Faculdade de Medicina da
Universidade de Varsóvia e ex-consultor nacional em obstetrícia e
ginecologia, é um católico devoto que acredita que o aborto é o
assassinato intencional de um ser humano inocente.
O histórico profissional do Dr. Chazan é irrepreensível. Ele
conquistou seu primeiro diploma de médico há 40 anos. Desde 1998, actuou
como chefe do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia de um dos mais
importantes hospitais de toda a Polónia. Apesar do impressionante
currículo do médico, a prefeita de Varsóvia, Hanna Gronkiewicz-Waltz,
exigiu que o seu contrato com o hospital fosse rescindido porque ele se
recusou a realizar o procedimento de dar fim à vida de uma criança.
O caso de Chazan vem à tona junto com dois outros casos europeus de
destaque. O primeiro envolve duas enfermeiras escocesas, Concepta Ward e
Mary Teresa Doogan. O outro caso é o da parteira sueca Ellinor
Grimmark. As três profissionais foram demitidas por se recusarem a
ajudar em abortos. Estes casos demarcam conjuntamente um preocupante
divisor de águas na história da Europa e dos direitos humanos.
Após os horrores da Segunda Guerra Mundial, a Europa adoptou colectivamente a Convenção Europeia dos Direitos Humanos para lutar
contra a tirania do Estado e garantir que os europeus desfrutassem de
liberdade de religião e dos direitos de consciência. A jurisprudência
internacional e a legislação sobre estas questões têm sido claras e
firmes, com a grande maioria das nações europeias permitindo a objecção
de consciência baseada em crenças morais e religiosas sinceras.
A Polónia terá a oportunidade de determinar se os direitos humanos de
Chazan serão respeitados ou injustamente usurpados em favor de uma
ideologia radical que apregoa a destruição da vida. O Estado de Direito
afirma que ninguém deve ser forçado a ir contra a sua consciência ou a
escolher entre o seu trabalho e as suas crenças religiosas sinceras.
Este direito humano básico deve ser sempre reafirmado. Mas está em sério
perigo.
(31 de Julho de 2014) © Innovative Media Inc.
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