O compositor vietnamita Tô Hai agora chama-se Francisco
Aos 87 anos o compositor e antigo herói comunista recebe o baptismo e o nome de Francisco |
Actualizado 4 de Junho 2014
AsiaNews / ReL
"É uma imensa felicidade no final da minha vida", disse aos seus 87 anos Tô Hai, famoso compositor vietnamita, militante comunista e revolucionário desde os 22 anos, ainda que há 5 que se desencantou definitivamente do comunismo. Essa felicidade de que fala é o baptismo e a entrega a Cristo: uma vida nova no final da velha vida.
Em certas idades, já não se teme quase nada, excepto as represálias contra seres queridos. Ainda assim, ao desencantar-se do comunismo, o músico escreveu um livro que circula em papel nos EUA e em cópias da internet no Vietname desde 2009 intitulado "Diário de um cobarde" (outros traduzem como "Diário de um néscio"), com as suas experiências e as suas denúncias.
Nos anos seguintes, embarcado num longo caminho de reflexão espiritual, no seu popular blogue (to-hai.blogspot.it) escreveu tanto de actualidade política como da sua evolução vivencial.
Em finais de Maio, no seu blogue, Tô Hai escreveu uma série de reflexões sobre a situação actual do conflito territorial entre China e Pekín. E depois acrescentou: "Depois de um par de noites sem dormir por fim encontrei o caminho para uma verdadeira razão de porquê a vida é digna de ser vivida, uma voz que rejeitei na minha infância. Voltei a Deus! O meu coração estará em paz agora, com a fé em Deus: o mal foi expulso, posso viver sem angústias, até o dia em que feche os olhos para sempre nesta vida".
Baptizou-se perante uma multidão na igreja dos redentoristas em Saigão em 25 de Maio, às dez da noite, e tomou o nome de Francisco Tô Hai. E por causa da sua entrada na Igreja católica, o compositor escreveu uma canção intitulada "Deus vem em resgate dos perdidos".
Nascido em 1927 em Hanói, desde os 22 anos tinha sido militante comunista e artista comprometido com o regime. Acumulava um sem fim de medalhas. Mas no final acabou fazendo suas as palavras do padre Chn Tin, um redentorista encarcerado em Hanói: "Neste mundo, todas as revoluções começam falando da libertação do homem e terminam trazendo mais escravidão. No fim de contas, só o Senhor libertando-nos [da escravidão] realiza um trabalho definitivo".
Cerimónia do baptismo, com a água e a invocação da Trindade a partir do minuto 8
AsiaNews / ReL
"É uma imensa felicidade no final da minha vida", disse aos seus 87 anos Tô Hai, famoso compositor vietnamita, militante comunista e revolucionário desde os 22 anos, ainda que há 5 que se desencantou definitivamente do comunismo. Essa felicidade de que fala é o baptismo e a entrega a Cristo: uma vida nova no final da velha vida.
Em certas idades, já não se teme quase nada, excepto as represálias contra seres queridos. Ainda assim, ao desencantar-se do comunismo, o músico escreveu um livro que circula em papel nos EUA e em cópias da internet no Vietname desde 2009 intitulado "Diário de um cobarde" (outros traduzem como "Diário de um néscio"), com as suas experiências e as suas denúncias.
Nos anos seguintes, embarcado num longo caminho de reflexão espiritual, no seu popular blogue (to-hai.blogspot.it) escreveu tanto de actualidade política como da sua evolução vivencial.
Em finais de Maio, no seu blogue, Tô Hai escreveu uma série de reflexões sobre a situação actual do conflito territorial entre China e Pekín. E depois acrescentou: "Depois de um par de noites sem dormir por fim encontrei o caminho para uma verdadeira razão de porquê a vida é digna de ser vivida, uma voz que rejeitei na minha infância. Voltei a Deus! O meu coração estará em paz agora, com a fé em Deus: o mal foi expulso, posso viver sem angústias, até o dia em que feche os olhos para sempre nesta vida".
Baptizou-se perante uma multidão na igreja dos redentoristas em Saigão em 25 de Maio, às dez da noite, e tomou o nome de Francisco Tô Hai. E por causa da sua entrada na Igreja católica, o compositor escreveu uma canção intitulada "Deus vem em resgate dos perdidos".
Nascido em 1927 em Hanói, desde os 22 anos tinha sido militante comunista e artista comprometido com o regime. Acumulava um sem fim de medalhas. Mas no final acabou fazendo suas as palavras do padre Chn Tin, um redentorista encarcerado em Hanói: "Neste mundo, todas as revoluções começam falando da libertação do homem e terminam trazendo mais escravidão. No fim de contas, só o Senhor libertando-nos [da escravidão] realiza um trabalho definitivo".
Cerimónia do baptismo, com a água e a invocação da Trindade a partir do minuto 8
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