Josep Mª Amorós conjuga a lógica do dom e a empresarial
Josep Maria Amorós, no centro, com dois colegas coreanos... Clientes e fornecedores formam parte da lógica cristã do dom |
Actualizado 6 de Junho de 2014
Cristina Sánchez Aguilar / Alfa y Omega
Josep María Amorós há dois anos, deixou o seu posto como consultor na Coca-Cola e comprou a Drynuts, uma empresa de venda nacional e internacional de frutos secos, para fazer dela uma empresa «coerente com as minhas convicções. Sentia-me chamado a não ficar-me com o conformismo de um bom trabalho», assinala.
O empresário, que participou o fim-de-semana passado, em Madrid na X Escola de Economia de comunhão (www.economiadecomunion.org), tinha 14 anos quando Chiara Lubich, a fundadora do Movimento dos Focolares, pôs em marcha a Economia de Comunhão (EdC).
Josep María reconhece que já, desde então, se sentiu «tocado por aquele projecto. Assim que estudei Económicas, e depois de terminar, trabalhei numa empresa de EdC». Mas não deixou de aproveitar a oportunidade de trabalhar em empresas internacionais como consultor.
Ainda que o desejo de trazer algo mais que um trabalho «para outros a troco de um salário» levou-o, há dois anos, a comprar esta pequena empresa e aderi-la à EdC. «A curto prazo tive que renunciar a muitas coisas, ainda que isso não significa que agora esteja fazendo uma obra de caridade. Somos uma empresa que sai ganhando também. Tal como os empregados: a todos os membros se lhes retribui em favor da sua entrada, é um tema de justiça», afirma.
Mas há muitas diferenças entre as 840 empresas de EdC no mundo e o resto das empresas convencionais.
Uma delas é que o objectivo final não é gerar beneficio para bem próprio, mas sim «destiná-lo a três fins: reinvestir no negócio, formar as pessoas e favorecer aqueles que vivem numa situação de pobreza», explica o dono da Drynuts.
A outra diferença fundamental é «construir relações baseadas no dom e a reciprocidade», acrescenta.
Esta, para ele, é uma das chaves para ser empresário e, por sua vez, dirigir o negócio com o olhar colocado na doutrina social da Igreja.
Outro pilar fundamental é «fiar-te na Providencia. Deus actua através de um cliente, com um pedido, ou numa situação imprevista que não sabes abordar. Esta vivência da fé forma parte do dia-a-dia».
Também influi o modo de gestão da empresa. «Cada um dos trabalhadores tem o seu papel, mas há que deixar espaço para a entrada pessoal», assinala.
Esta «lógica do dom», como a define Josep María, supõe um enriquecimento para o negócio. Outra chave é «não pensar constantemente que posso tirar do outro. Isto faz que se criem relações verdadeiras com clientes, fornecedores, empregados... E, no final, rompe a relação meramente comercial».
Cristina Sánchez Aguilar / Alfa y Omega
Josep María Amorós há dois anos, deixou o seu posto como consultor na Coca-Cola e comprou a Drynuts, uma empresa de venda nacional e internacional de frutos secos, para fazer dela uma empresa «coerente com as minhas convicções. Sentia-me chamado a não ficar-me com o conformismo de um bom trabalho», assinala.
O empresário, que participou o fim-de-semana passado, em Madrid na X Escola de Economia de comunhão (www.economiadecomunion.org), tinha 14 anos quando Chiara Lubich, a fundadora do Movimento dos Focolares, pôs em marcha a Economia de Comunhão (EdC).
Josep María reconhece que já, desde então, se sentiu «tocado por aquele projecto. Assim que estudei Económicas, e depois de terminar, trabalhei numa empresa de EdC». Mas não deixou de aproveitar a oportunidade de trabalhar em empresas internacionais como consultor.
Ainda que o desejo de trazer algo mais que um trabalho «para outros a troco de um salário» levou-o, há dois anos, a comprar esta pequena empresa e aderi-la à EdC. «A curto prazo tive que renunciar a muitas coisas, ainda que isso não significa que agora esteja fazendo uma obra de caridade. Somos uma empresa que sai ganhando também. Tal como os empregados: a todos os membros se lhes retribui em favor da sua entrada, é um tema de justiça», afirma.
Mas há muitas diferenças entre as 840 empresas de EdC no mundo e o resto das empresas convencionais.
Uma delas é que o objectivo final não é gerar beneficio para bem próprio, mas sim «destiná-lo a três fins: reinvestir no negócio, formar as pessoas e favorecer aqueles que vivem numa situação de pobreza», explica o dono da Drynuts.
A outra diferença fundamental é «construir relações baseadas no dom e a reciprocidade», acrescenta.
Esta, para ele, é uma das chaves para ser empresário e, por sua vez, dirigir o negócio com o olhar colocado na doutrina social da Igreja.
Outro pilar fundamental é «fiar-te na Providencia. Deus actua através de um cliente, com um pedido, ou numa situação imprevista que não sabes abordar. Esta vivência da fé forma parte do dia-a-dia».
Também influi o modo de gestão da empresa. «Cada um dos trabalhadores tem o seu papel, mas há que deixar espaço para a entrada pessoal», assinala.
Esta «lógica do dom», como a define Josep María, supõe um enriquecimento para o negócio. Outra chave é «não pensar constantemente que posso tirar do outro. Isto faz que se criem relações verdadeiras com clientes, fornecedores, empregados... E, no final, rompe a relação meramente comercial».
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