O Patriarca da Igreja Ortodoxa Síria denunciou o que está acontecendo em Mosul
Roma, 24 de Julho de 2014 (Zenit.org)
O Patriarca Siro-ortodoxo, Inácio Efrém II, denunciou o
expurgo religioso - feito pelos jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e
do Levante (Isil) - durante uma coletiva de imprensa na sede patriarcal
de Atchaneh, no Líbano.
De acordo com a agência AsiaNews, o Patriarca disse principalmente
que “a expulsão programada dos cristãos de Mosul (...) é um ato bárbaro,
sem precedentes na história das relações entre cristãos e muçulmanos
nesta região". A mesma agência relata que o patriarca estava
visivelmente indignado e com raiva”. “Condenamos fortemente – continuou o
Patriarca – estes actos, e insistimos que tal comportamento não é do
Islão que conhecemos, que encontramos e com o qual convivemos por mais de
13 séculos".
Portanto, Inácio Efrém II se dirige aos "irmãos muçulmanos e seus
líderes" para que tomem "posição clara contra essas acções". E pediu,
então, aos muçulmanos, mas não somente, que a solidariedade se manifeste
não só nas palavras e se traduza em um apelo claro “aos regimes que
apoiam, armam e financiam o Estado Islâmico e outros grupos semelhantes,
para que deixem de fazê-lo, porque este fanatismo e esses actos recaem
inevitavelmente, em curto ou longo prazo, sobre aqueles que os apoiam”.
O Patriarca também dirigiu-se à ONU. "Do nosso lado - disse -
esperamos recorrer às Nações Unidas e à Comissão de Direitos Humanos e
pedir-lhes que sejam coerentes com a Carta que pretendem respeitar".
"Nós não pedimos ao Ocidente nada mais que respeito aos princípios da
Carta e de não aplica-la de modo selectivo, dependendo dos Estados e dos
grupos sociais”.
Sobre as relações geopolíticas, o Patriarca acrescentou que "não há
nenhuma evidência de que estes grupos sejam apoiados por Estados, como
também diz a imprensa, mas achamos que terão vida curta". (Trad.T.S.)
(24 de Julho de 2014) © Innovative Media Inc.
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