Comunicado da família do jesuíta italiano desaparecido na Síria há um ano
Roma, 29 de Julho de 2014 (Zenit.org) Rocio Lancho García
A família do padre jesuíta italiano Paolo Dall'Oglio,
desaparecido há um ano na cidade síria de Raqqa, emitiu um comunicado em
que pede aos responsáveis pelo desaparecimento "que tenham a dignidade
de nos informar o que houve com ele". A família afirma ainda que
"gostaríamos de voltar a abraçá-lo, mas estamos preparados também para
chorá-lo".
Ao longo destes 12 meses, surgiram várias notícias desencontradas
sobre o paradeiro do jesuíta, algumas afirmando o seu assassinato,
outras informando que o padre ainda está vivo. Mas nunca houve nenhum
comunicado oficial dos sequestradores.
“Já faz um ano que não temos notícias do nosso filho e irmão Paolo,
sacerdote, jesuíta, italiano, desaparecido na Síria em 29 de Julho de
2013. É muito tempo, tempo demais, mesmo para um lugar de guerra e de
sofrimento infinito como a Síria", diz o comunicado da família.
Os parentes afirmam que hoje, um ano depois do desaparecimento de
Dall’Oglio, "rezaremos e estaremos perto dele, de todos os sequestrados,
de todos os encarcerados injustamente e de tantas pessoas que sofrem
por causa desta guerra".
Durante a festa de Santo Inácio de Loyola, no ano passado, o papa
Francisco manifestou a sua preocupação com padre Dall'Oglio durante a
homilia, dizendo que estava "pensando em nosso irmão da Síria".
Dall'Oglio é um sacerdote italiano que trabalhou na Síria desde a
década de 1980 e que esteve muito comprometido com o diálogo entre o
islã e o cristianismo. Em 2012, ele foi expulso do país pelo regime, mas
retornou em 2013 para uma missão humanitária.
Os membros da comunidade síria do mosteiro de Deir Mar Musa, do qual
Dall’Oglio é fundador, afirmaram que o sacerdote tinha partido, no dia
do desaparecimento, rumo ao norte da Síria. Desde então, não houve mais
notícias.
(29 de Julho de 2014) © Innovative Media Inc.
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