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sábado, 26 de julho de 2014

A encíclica Humanae Vitae cumpre 46 anos

O presidente da Federação Internacional das Associações Médicas Católicas reflecte sobre a formação contínua dos médicos


Roma, 25 de Julho de 2014 (Zenit.org)


O Papa Paulo VI, em sua encíclica Humanae Vitae, “pedia aos médicos que considerássemos como próprio dever profissional adquirir toda ciência necessária sobre aqueles temas delicados para poder dar aos esposos que nos consultam bons conselhos e directrizes claras, que eles esperam de nós com todo direito”.

Durante o quadragésimo sexto aniversário da encíclica, o dr. José María Simón Castellví, presidente da Federação Internacional de Associações Médicas Católicas (FIAMC) escreveu uma reflexão sobre a importância da educação contínua na profissão médica.

"Hoje, podemos perguntar-nos se as instituições e os meios que usamos para nos formar são razoáveis ​​e úteis. Uma das finalidades estatutárias da FIAMC é a de contribuir para o desenvolvimento da profissão médica em geral, também trabalhando com médicos não-católicos, que são iguais a nós", diz o dr. Castellví.

Reconhecendo a importância das instituições educativas tanto da Igreja como da sociedade civil, o doutor se pergunta “o que acontece depois dos estudos regulamentados? Temos estruturas e sistemas realmente úteis para servir com dignidade nossos pacientes?"

"Ao deixar a faculdade, os médicos apaixonados pela profissão podemos ficar um pouco órfãos. Certamente há estruturas úteis para o nosso desenvolvimento pessoal e profissional. Entretanto, as lacunas são muitas e muitas instituições estão desfasadas e não servem", diz o presidente de FIAMC.

Assim, reconhece que "as associações de médicos católicos cumprem certamente um papel importante em muitos países. Isso não significa que não podem ampliar, desenvolver e oferecer mais. Algumas universidades oferecem cursos de pós-graduação, mas não chegam a todos”.

Por isso, o médico acredita que "as associações colegiais e muitas associações profissionais especializadas, não cumprem bem a sua missão". E também adverte que "os meios de comunicação estão rapidamente substituindo as instituições de ensino na formação-deformação de médicos e cidadãos". Assim como reconhece que a Internet "é útil com reservas no conhecimento sanitário” também está cheia de farsas e não substitui a relação médico-paciente.

Por fim, salienta que muitos têm a certeza de que "é a indústria farmacêutica e de ferramenta sanitária a que contribui mais para a formação do médico”. Embora o indivíduo não conheça uma técnica ou medicamento, - explica o doutor - virão amavelmente a apresentá-los, lhe darão publicações, serão inscritos em actualizações por email e se certificarão a tempo das novas terapias. Desta forma, o presidente de FIAMC reconhece que muitas empresas farmacêuticas formam muito bem seus vendedores e que é necessário aprender deles “mas com a cautela do profissional que serve os interesses dos seus pacientes. E talvez tenha que enterrar antigos modelos e reflectir sobre a melhor e mais agradável maneira de forma-se”. (Trad.T.S.)

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