O Santo Padre grava uma mensagem de vídeo pelo 20º aniversário do atentado contra a comunidade judaica de Buenos Aires
Cidade do Vaticano, 18 de Julho de 2014 (Zenit.org)
O papa Francisco se mostrou próximo da comunidade judaica
argentina e dos familiares das vítimas do atentado contra a AMIA
(Asociación Mutual Israelita Argentina), ao se completarem 20 anos desde
a explosão que matou 85 pessoas. Francisco gravou uma mensagem
espontânea de vídeo com o telefone celular do director executivo do
Congresso Judaico Latino-Americano, Claudio Epelman, que visitou o
pontífice no mês passado na Cidade do Vaticano.
"Vinte anos depois da tragédia da AMIA, eu quero manifestar a minha
proximidade à comunidade israelita argentina e a todos os familiares
das vítimas, sejam judeus, sejam cristãos", diz o papa na mensagem.
“Vinte anos da tragédia, de uma loucura”, acrescenta. O Santo Padre
reforça: “O terrorismo é uma loucura. O terrorismo só sabe matar, não
sabe construir, destrói. Por isso a minha proximidade de todos aqueles
que viram vidas arrancadas, esperanças truncadas, ruínas".
O papa recorda também que "Buenos Aires é uma cidade que precisava
chorar, que ainda não tinha chorado o suficiente. Mesmo com o risco de
cair num lugar comum, repito: precisamos chorar".
Francisco prossegue dizendo que "somos muito propensos a arquivar
coisas, a não encarar histórias, sofrimentos, coisas que poderiam ter
sido bonitas e não foram. E por isso nos custa tanto encontrar caminhos
de justiça, para encarar a dívida que esta tragédia tem com a
sociedade".
Para finalizar, o pontífice argentino manifesta, junto com a sua
oração por todas as vítimas, "o desejo de justiça. Que a justiça seja
feita. Que Deus abençoe a todos: instituições, famílias. E que Deus dê
paz aos que morreram neste ato de loucura".
Nesta segunda-feira, representantes cristãos, judeus e muçulmanos
rezaram num encontro inter-religioso e pediram justiça nos actos
comemorativos dos 20 anos do atentado contra a AMIA. A cerimónia foi
presidida pelo arcebispo de Buenos Aires, o cardeal Mario Aurelio Poli, e
pelo rabino Sergio Bergman.
(18 de Julho de 2014) © Innovative Media Inc.
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