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terça-feira, 22 de julho de 2014

A ONU pede cessar-fogo imediato em Gaza

Mais de 500 pessoas foram mortas na Palestina desde o início das hostilidades


Roma, 21 de Julho de 2014 (Zenit.org) Rocio Lancho García


O secretário geral da ONU, Ban Ki-Moon, definiu como "uma atrocidade" o assassinato de mais de 100 palestinianos só neste domingo, 20, o dia mais sangrento do conflito que explodiu em Gaza no último dia 8 de Julho entre Israel e os militantes do grupo Hamas.

As declarações do secretário geral são simultâneas às do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que pediram um cessar-fogo imediato. De Nova Iorque, eles expressaram a sua "séria preocupação com o número crescente de vítimas" do conflito, reiterando o apelo pelo "fim imediato das hostilidades".

Em uma declaração lida à imprensa pelo presidente de turno do Conselho de Segurança, o ruandês Eugene Gasana, depois de uma reunião de duas horas para analisar a situação naquela região do Oriente Médio, a entidade afirma que o cessar-fogo deve se basear "nos acordos assinados em Novembro de 2012, que permitiram interromper as hostilidades em Gaza". O Conselho de Segurança pede ainda "o respeito pelo direito internacional humanitário, incluída a protecção dos civis", assim como "a necessidade de melhorar a situação humanitária" na Faixa de Gaza.

Calcula-se que, desde o início do conflito, tenham sido assassinados 502 palestinianos, a maior parte deles civis. Segundo as autoridades palestinianas, os feridos são 3.135. No mesmo período, foram assassinados 18 soldados, a maior perda desde 2006 para o exército israelita, e dois civis de Israel.

Cerca de 81.000 pessoas procuram refúgio nas escolas da UNRWA, a agência da ONU para os refugiados palestinianos, de acordo com a própria organização multinacional.

O primeiro-ministro israelita, Benjamim Netanyahu, disse em entrevistas a meios de comunicação internacionais como a CNN e a Fox que “não há exército mais moral” que o de Israel e que o país não pretende “causar danos a civis inocentes, nem sequer a um único. Estamos agindo unicamente contra interesses terroristas. O nosso país lamenta essas mortes”. Por sua vez, o presidente da Palestina, Mahmud Abbas, definiu a operação israelense de ontem como "um massacre".

Ban Ki-Moon, secretário geral da ONU, está no Oriente Médio para intervir a fim de encerrar o conflito.

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