Mais de 500 pessoas foram mortas na Palestina desde o início das hostilidades
Roma, 21 de Julho de 2014 (Zenit.org) Rocio Lancho García
O secretário geral da ONU, Ban Ki-Moon, definiu como "uma
atrocidade" o assassinato de mais de 100 palestinianos só neste domingo,
20, o dia mais sangrento do conflito que explodiu em Gaza no último dia 8
de Julho entre Israel e os militantes do grupo Hamas.
As declarações do secretário geral são simultâneas às do Conselho
de Segurança das Nações Unidas, que pediram um cessar-fogo imediato. De
Nova Iorque, eles expressaram a sua "séria preocupação com o número
crescente de vítimas" do conflito, reiterando o apelo pelo "fim imediato
das hostilidades".
Em uma declaração lida à imprensa pelo presidente de turno do
Conselho de Segurança, o ruandês Eugene Gasana, depois de uma reunião de
duas horas para analisar a situação naquela região do Oriente Médio, a
entidade afirma que o cessar-fogo deve se basear "nos acordos assinados
em Novembro de 2012, que permitiram interromper as hostilidades em
Gaza". O Conselho de Segurança pede ainda "o respeito pelo direito
internacional humanitário, incluída a protecção dos civis", assim como "a
necessidade de melhorar a situação humanitária" na Faixa de Gaza.
Calcula-se que, desde o início do conflito, tenham sido assassinados
502 palestinianos, a maior parte deles civis. Segundo as autoridades
palestinianas, os feridos são 3.135. No mesmo período, foram assassinados
18 soldados, a maior perda desde 2006 para o exército israelita, e dois
civis de Israel.
Cerca de 81.000 pessoas procuram refúgio nas escolas da UNRWA, a
agência da ONU para os refugiados palestinianos, de acordo com a própria
organização multinacional.
O primeiro-ministro israelita, Benjamim Netanyahu, disse em
entrevistas a meios de comunicação internacionais como a CNN e a Fox que
“não há exército mais moral” que o de Israel e que o país não pretende
“causar danos a civis inocentes, nem sequer a um único. Estamos agindo
unicamente contra interesses terroristas. O nosso país lamenta essas
mortes”. Por sua vez, o presidente da Palestina, Mahmud Abbas, definiu a
operação israelense de ontem como "um massacre".
Ban Ki-Moon, secretário geral da ONU, está no Oriente Médio para intervir a fim de encerrar o conflito.
(21 de Julho de 2014) © Innovative Media Inc.
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