Peregrinação da Cruz e do Ícone de Nossa Senhora decorre no território alentejano até ao dia 31 de dezembro e uma interpelação aos jovens
Beja, 18 dez 2021 (Ecclesia) – Os jovens de Beja que participaram na peregrinação dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude afirmam que a presença da Cruz e do Ícone de Nossa Senhora é um “momento marcante” e “convoca” para a JMJ Lisboa 2023.
“É uma ocasião de anúncio do que vai ser a Jornada Mundial da Juventude”, disse João Lima à Agência ECCLESIA, acrescentando que “as pessoas questionam-se e não conseguem ficar indiferentes” diante da passagem dos símbolos da JMJ.
Este sábado, a Cruz e a Ícone de Nossa Senhora, símbolos da Jornada Mundial da Juventude, peregrinaram na cidade de Beja desde o Seminário da diocese até à Sé, onde foi celebrada uma Missa, presidida por D. Américo Aguiar, presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, concelebrada pelo bispo de Beja, D. João Marcos, e por uma dezena de sacerdotes e participada por jovens de várias paróquias e escuteiros de diferentes agrupamentos.
“Acreditamos neste Deus vivo e queremos passar esta experiência ao máximo número de pessoas, com a presença dos símbolos e da JMJ”, afirmou João Lima, da Diocese de Beja
Jacinto Nunes, da Paróquia de São Teotónio, lembrou a passagem dos símbolos da JMJ como um “momento único”, tendo na memória particularmente a Via Sacra na Zambujeira do Mar, que terminou junto à praia.
“Descemos até à praia onde finalizámos e acabámos por tirar uma foto com muito impacto. Cada vez que vejo a foto fico contente por ter sido naquele local”, acrescentou.
Mariana Dores, de Castro Verde, referiu que a paróquia “tem poucos jovens” e a peregrinação dos símbolos foi uma ocasião para os jovens se “sentirem chamados”, constatando que “as jornadas estão a fazer as pessoas aproximarem-se”.
Lúcia Freitas e Matilde Martins pertencem a paróquias da cidade de Beja e recordam a passagem dos símbolos nas escolas, onde foram ocasião para muitos jovens se questionarem sobre a jornada, nomeadamente pessoas que “não frequentam a Igreja” e que “não esperavam” que participassem, experiência que aconteceu também em Grândola.
“Até colegas meus da escola que não conheciam as jornadas questionaram-se ao ver os símbolos e pude explicar”, disse Bárbara Batista da Paróquia de Grândola.
D. João Marcos, bispo de Beja, destaca a presença dos símbolos na prisão de Beja e no hospital e afirma que a receção da Cruz e da imagem de Nossa Senhora é “bastante boa”, perspetivando uma relevante participação dos jovens alentejanos na JMJ Lisboa 2023.
“Os alentejanos não têm dificuldade de sair daqui. Quando se trata de uma peregrinação ai vão eles. Penso que vão participar bem na jornada”, afirmou.
O padre Francisco Molho, coordenador da Pastoral Juvenil da Diocese de Beja que acompanha a peregrinação dos símbolos em todo o território diocesano, diz que esta iniciativa é uma ocasião de “interrogação” em muitos jovens e pode constituir uma “mobilização” para a participação na JMJ.
“A passagem dos símbolos, com tanta antecedência, pode ser uma vantagem: desde já começarmos a impulsionar dinamismos e estruturas que, sem a presença dos símbolos, não o conseguiríamos fazer com tanta facilidade”, afirmou.
A Cruz e o Ícone de Nossa Senhora iniciaram a peregrinação em Portugal no mês de novembro, no Algarve, e vão percorrer todas as dioceses até julho de 2023, permanecendo um mês em cada uma.
RP
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