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sábado, 11 de dezembro de 2021

Carlos de Foucauld será canonizado em Maio

Dez congregações religiosas

 | 10 Nov 21

Carlos Foucauld será canonizado na Igreja Católica pelo seu trabalho com os tuaregues.

 

O Papa presidirá no dia 15 de Maio de 2022 à canonização de Carlos de Foucauld, o eremita francês que foi assassinado na Argélia em 1 de Dezembro de 1916. Na ocasião, o Papa canonizará outros seis beatos católicos, anunciou o Vaticano, citado na Ecclesia. 

A cerimónia de canonização tinha sido adiada por causa da pandemia.

Carlos de Foucauld, que ficou conhecido como o “irmão universal” pela sua vivência como monge eremita, no deserto, em respeito pelas outras religiões, foi morto aos 58 anos, no Sara argelino, por um grupo armado. [ver 7MARGENS]

“Um homem que venceu tantas resistências e deu um testemunho que fez bem à Igreja. Peçamos que nos abençoe do céu e nos ajude a caminhar nos caminhos de pobreza, contemplação e serviço aos pobres”, disse o Papa Francisco acerca de Carlos de Foucauld, no centenário da morte do futuro santo.

Foucauld nasceu em Estrasburgo (França), a 15 de setembro de 1858. Em 1883 fez uma expedição no deserto de Marrocos que lhe valeu a medalha de ouro da Sociedade de Geografia; converteu-se ao catolicismo em 1886 e foi ordenado padre em 1901 em Viviers. Decidiu nessa altura partir para Beni-Abbès, no deserto argelino, perto da fronteira com Marrocos.

Acompanhou militares pelas montanhas do Hoggar, junto dos tuaregues; em 1909 regressou a Tamanrasset onde ficaria até à sua morte, apesar da instabilidade provocada pela I Guerra Mundial; foi sequestrado por um grupo de rebeldes e assassinado por um grupo de tuaregues.

A sua vida deu origem a dez congregações religiosas, entre as quais as fraternidades dos Irmãozinhos e Irmãzinhas de Jesus, criadas depois da sua morte. (No sábado, dia 6, as Irmãzinhas de Jesus encerraram uma das suas comunidades em Lisboa, como se pode ler no 7MARGENS)

Na encíclica Fratelli Tutti, publicada há pouco mais de um ano, o Papa Francisco evoca o ideal de Carlos de Foucauld, de “identificação com os últimos, os mais abandonados no interior do deserto africano”.

O religioso francês foi beatificado em 13 de novembro de 2005, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, pelo cardeal português José Saraiva Martins, então prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, durante o pontificado de Bento XVI.

 

(O título foi corrigido dia 10/11, às 11h, de “beatificado” para “canonizado”)





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