Consagração no Bahrein
A nova Catedral de Nossa Senhora da Arábia, construída no Bahrein, foi consagrada na sexta-feira, dia 10, pelo prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, cardeal Luís António Tagle.
Invocando a padroeira do golfo Pérsico, o novo templo pertence ao vicariato apostólico da Arábia do Norte, que integra, além do Bahrein, o Kuwait, Qatar e Arábia Saudita.
Segundo informação da Fundação AIS, estes países têm, no total, uma população estimada em cerca de 2,5 milhões de católicos, na sua maioria trabalhadores migrantes de diferentes nações.
Para o padre Saji Thomas, pároco da catedral, citado pela Fundação AIS, o novo espaço de culto poderá funcionar como “um modelo de harmonia religiosa, um sinal da tolerância no Reino do Bahrein, e um grande exemplo de convivência pacífica para o mundo”. Saji Thomas antecipou que a população local estava “muito entusiasmada” com a inauguração.
Situada em Awali, ao sul da capital do país, Manama, a catedral foi um projeto sonhado pelo bispo Camillo Ballin, que morreu em maio passado.
Pensado para cuidar pastoralmente dos fiéis que vivem nesta região do globo e que são provenientes de diferentes nações e culturas, o complexo onde se insere o templo foi inaugurado oficialmente na quinta-feira, dia 9, pelo rei Hamad bin Saman Al Khalifa, que doou o terreno de nove mil metros quadrados e se mostrou desde a primeira hora como um dos grandes apoiantes do projeto.
De acordo com a mesma informação, até agora existiam apenas cinco igrejas formalmente designadas, para os católicos de toda a península arábica. O Bahrein, por exemplo, tinha apenas uma igreja na capital e uma pequena capela nos subúrbios. Com cerca de 90 mil católicos no país, eram celebradas até agora 25 missas, sempre com a igreja paroquial lotada, de sexta a domingo.
Na cerimónia de consagração, o cardeal Luís António Tagle referiu “a Palavra de Deus, a Eucaristia e o serviço da caridade” como os caminhos para uma verdadeira comunidade, agradecendo ao rei Al Khalifa o apoio dado à construção.
O edifício, acrescenta a Ecclesia, é mantido pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre e tem uma capacidade de mais de dois mil lugares e uma forma de tenda que lembra aquela em que Moisés encontrou o seu povo.
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