A frase que se lia nas traseiras dos autocarros de Lisboa, durante a época natalícia era:
“Que seria do pinheiro sem as luzes? Que seria de Portugal sem ti?”
A primeira pergunta pede resposta natalícia. A segunda tem muitas respostas, tantas quantas as pessoas que habitam em Portugal. De facto, Portugal fica mais pobre sempre que alguém, português ou imigrante, não vem ao mundo ou deixa de existir. Não nos esqueçamos de que só há duas formas efetivas de impedir a nossa existência: morrer de modo natural, ou matar, por ódio ou egoísmo. Por isso, em vésperas de eleições, tenhamos o valor de nos prepararmos para trazer nova vida a Portugal. A nossa pátria está pobre de vida, e esta pobreza leva-nos a mais pobrezas: falta de cérebros pensantes, falta de braços para o trabalho, falta de valores...
Mas, façamos a pergunta ao contrário:
“Que será de Portugal contigo?”
Claro que me refiro a mim e a ti, não a uma personagem de ficção.
É connosco que Portugal vai passar a contar se nos erguermos do nosso fácil papel de criticar e nada fazer. Há que pensar bem o que podemos fazer por Portugal, aquilo que nos é acessível. O primeiro passo, será votar nas próximas eleições. E, se queremos continuar independentes, devemos ter mais portugueses. Para isso, temos de desenvolver políticas familiares: investir na boa formação, humana e profissional da juventude; canalizar os impostos dirigidos à execução de abortos para o melhor aconselhamento e atendimento de grávidas; facilitar habitações dignas às famílias numerosas; fomentar um tipo de educação que leve ao respeito por normas previstas (pontualidade, deferência para com os mais velhos ou revestidos de autoridade, elegância no relacionamento e no trajar...) e à valorização do trabalho bem feito (quadro de honra, prémios, promoções...); previsão de prémios simbólicos e castigos leves, mas eficazes, de modo a prepararem os jovens para o ambiente de trabalho; fomentar a lealdade e honestidade na família, no trabalho e na sociedade, tornando a justiça mais célere; respeitar as opções educativas dos pais. Se dedicarmos tempo à educação dos nossos filhos, para lhes ensinarmos boas maneiras e animá-los na sua formação profissional, já estamos a enriquecer Portugal. E isto é a possível e natural.
Que seria de Portugal se voltasse (e cada um de nós contigo) às raízes ancestrais e cristãs do nosso país? Se a nossa Fé fosse tão verdadeira que nos incentivasse a levar a cultura, a ciência... a fé, o amor, a gentes carenciadas e a quantos nos rodeiam? Se nos apoiássemos mutuamente, como verdadeiros familiares e amigos, no cuidado dos nossos pais já idosos e dos nossos filhos e netos turbulentos?
Creio que as nossas famílias seriam unidas e os nossos conterrâneos seriam felizes, as nossas ruas seriam seguras, a nossa justiça seria mais célere, os nossos governantes seriam honestos... E Portugal contribuiria para a paz na Europa e no mundo. Tudo seria melhor!
Que não nos faltem, em Portugal, a sabedoria dos mais velhos, de mão dada com os risos das crianças.
Isabel Vasco Costa
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