Entrevista a Teresa Nogueira Pinto
Autora do livro Um genocídio de proximidade
Autora do livro Um genocídio de proximidade
Cáritas - O Genocídio é um crime novo moderno?
Teresa Nogueira Pinto - O genocídio não é um crime moderno. A destruição violenta, no todo ou em parte, de determinados grupos ou subgrupos está presente na História desde sempre embora não necessariamente como um fim, mas como parte de uma estratégia de conquista e projecção de poder. No entanto, é no século XX que a ideia de genocídio ganha força e corpo jurídico. Isto acontece, por um lado, como reacção - o Holocausto teve um efeito sem precedentes na consciência da chamada “comunidade internacional”. E também porque a evolução do direito internacional e das próprias relações internacionais permitiu a criação de mecanismos mais ambiciosos de defesa dos direitos humanos. Houve sobretudo o reconhecimento de que, em nome de determinados direitos, seria legítimo questionar o princípio - até então quasi-inquestionável – da soberania dos Estados. Os genocídios da idade moderna são-nos mais próximos, porque o estreitar de laços entre as nações e o desenvolvimento de canais de comunicação globais permitem-nos assistir a estas tragédias em tempo quase real. O desenvolvimento de uma “consciência global” marcada pelo humanitarismo faz com que estes episódios assumam cada vez mais relevância.
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Teresa Nogueira Pinto - O genocídio não é um crime moderno. A destruição violenta, no todo ou em parte, de determinados grupos ou subgrupos está presente na História desde sempre embora não necessariamente como um fim, mas como parte de uma estratégia de conquista e projecção de poder. No entanto, é no século XX que a ideia de genocídio ganha força e corpo jurídico. Isto acontece, por um lado, como reacção - o Holocausto teve um efeito sem precedentes na consciência da chamada “comunidade internacional”. E também porque a evolução do direito internacional e das próprias relações internacionais permitiu a criação de mecanismos mais ambiciosos de defesa dos direitos humanos. Houve sobretudo o reconhecimento de que, em nome de determinados direitos, seria legítimo questionar o princípio - até então quasi-inquestionável – da soberania dos Estados. Os genocídios da idade moderna são-nos mais próximos, porque o estreitar de laços entre as nações e o desenvolvimento de canais de comunicação globais permitem-nos assistir a estas tragédias em tempo quase real. O desenvolvimento de uma “consciência global” marcada pelo humanitarismo faz com que estes episódios assumam cada vez mais relevância.
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Próxima publicação:
Titulo: Caminhos para uma vida solidária
Autor: Carlos Azevedo
Editora: Editorial Cáritas
Publicado em: 2014
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Conheça o nosso catálogo:
Caminhos Para uma vida Solidária
Um genocidio de proximidade
Cristãos Pensadores do Social
Agenda:
Caminhos Para uma vida Solidária
Um genocidio de proximidade
Cristãos Pensadores do Social
Agenda:
Universidade Católica | Lisboa | 24 de Novembro | 18:00
Apresentação do livro "Genocidio de Proximidade" com a presença do jornalista Nuno Rogeiro
Teatro Sá da Bandeira | Santarém | 4 de Dezembro | 16:00
Apresentação do livro "Humanizar a Sociedade"
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