No discurso de abertura da sessão plenária da Conferência Episcopal Espanhola, falou-se sobre a importância de defender a vida humana em todas as suas fases
Madrid, 19 de Novembro de 2014 (Zenit.org)
A questão do aborto foi o foco do discurso de Dom Ricardo
Blázquez Pérez, presidente da Conferência Episcopal Espanhola, na
abertura da sessão plenária de ontem, em Madrid. A interrupção da
gravidez continua a aquecer o debate na Espanha, depois da retirada por
parte do governo do projecto de lei do ex-ministro Ruiz-Gallardón, que
colocaria limites à actual permissiva norma aprovada aos tempos de
Zapatero.
Aborto cuja aceitação social Dom Blazquez Perez não hesitou em
chamar - citando o filósofo Julián Marías – de um dos fatos “mais graves
do nosso tempo". De acordo com reportagem do L'Osservatore Romano, o
presidente da Conferência Episcopal sublinhou a necessidade de
"trabalhar para garantir que a aceitação social se converta em rejeição
social."
Neste sentido, considera-se essencial a ajuda das "expressões sociais
que representem as convicções dos cidadãos que querem construir de
maneira plenamente democrática, uma sociedade justa e livre em que a
vida humana é protegida em todas as suas etapas." Porque - acrescentou -
"sem abortos provocados, a sociedade será muito mais moralmente limpa.
Ninguém tem o direito de decidir quem deve nascer e que deve ser cortado
".
Por isso, a Conferência Episcopal renova "a mensagem e o compromisso
da Igreja na defesa da sacramentalidade e da inviolabilidade da vida humana
desde a concepção até o ‘pôr do sol’, e em todas as situações e
circunstâncias. Queremos proteger a vida dos mais vulneráveis, incluindo
as crianças concebidas e não nascidas", assim como os pobres e os
excluídos. Dom Blázquez Pérez, em seguida, se utilizou das conquistas da
ciência, que hoje "mostra que desde a concepção existe um terceiro ser
humano distinto de seus pais. Não é um tumor, mas um filho”. Daí o seu
desejo de que seja logo alterada a lei, de forma eficaz, no sentido de
defender a vida das crianças que chegam e ajudar as mães a levar a
gravidez até o fim."
Além disso, as leis - disse o presidente do episcopado - "são
necessárias, mas o seu vínculo pessoal deve ser reforçado com a
consciência ética. Embora ninguém seja testemunha de nossas acções, não
podemos silenciar a chamada para evitar o mal e fazer o bem, não podemos
nos esconder à luz da consciência ou livrar-nos do dever de não trair a
nossa dignidade pessoal."
Conduta moral, honestidade, respeito pelos outros, serviço ao bem
comum, solidariedade são as bases que permitem que a nossa sociedade não
seja "degradada".
(19 de Novembro de 2014) © Innovative Media Inc.
in
Sem comentários:
Enviar um comentário