Em entrevista à Rádio Vaticano, o secretário de Estado explica os problemas que o Papa afrontará em Estrasburgo
Roma, 24 de Novembro de 2014 (Zenit.org) Ivan de Vargas
O Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, explicou em
entrevista à Rádio Vaticano as principais questões que o Papa afrontará
na sua iminente visita ao Parlamento Europeu e ao Conselho de Europa.
Entre outras questões, o Santo Padre irá abordar as consequências da
actual crise sobre os mais pobres, a defesa do meio ambiente, a questão
da imigração e a necessidade de combater a pobreza com outra forma de
fazer economia. Previsivelmente, portanto, o tema central de seus
discursos é o da solidariedade.
Para o cardeal Parolin, "infelizmente, hoje o grande problema da
Europa é o desemprego, a falta de trabalho especialmente para muitos
jovens". Ante esta situação, se cria um fenómeno dramático: o aumento da
“exclusão social”, destacou.
Em sua opinião, a Europa nasceu “para garantir uma atenção especial
às categorias mais desfavorecidas". Ou seja, "os imigrantes, as mães que
são deixadas sozinhas, os idosos, os deficientes...". Por esta razão,
fez uma chamada para a solidariedade, que "é o propósito da existência da
Europa, e, certamente, uma das suas dimensões essenciais".
Em seu discurso, o secretário de Estado também destacou a
contribuição do cristianismo à formação do Velho Continente: “a
liberdade, a democracia, a igualdade, o estado de direito, o respeito
dos direitos humanos. Todos estes são valores que nascem do húmus do
cristianismo. Caso sejam vividos se estará fortificando as mesmas raízes
cristãs da Europa”, disse.
Por fim, o Cardeal Parolin lembrou aos fiéis que têm que "dar um
coração para a Europa, dar uma alma à Europa", e convidou a buscar
"espaços de encontro e colaboração com todos para a construção desta
Europa que todos desejamos e que todos sonhamos”.
Certamente, a decisão de viajar para Estrasburgo antes de visitar
qualquer Estado-Membro, também demonstra o compromisso do Pontífice
argentino para a integração e unidade da Europa. Com o breve encontro
desta terça-feira, menos de quatro horas, o Papa reconhece assim a
importância das instituições europeias na vida da comunidade.
Alguns analistas consideram que Francisco, com as suas palavras no
Parlamento Europeu e no Conselho da Europa, pode contribuir para
despertar o Velho Continente de seu sono e trazê-lo para mais perto das
pessoas.
(24 de Novembro de 2014) © Innovative Media Inc.
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