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sábado, 22 de novembro de 2014

Um jornalista de ZENIT recebe o prémio "Giuseppe De Carli"

Salvatore Cernuzio segundo lugar na categoria jovens por um artigo da missa em Arizona com o cardeal O'Malley pelos migrantes falecidos na fronteira com o México


Roma, 21 de Novembro de 2014 (Zenit.org) Rocio Lancho García


O jornalista da redacção italiana de ZENIT, Salvatore Cernuzio, nesta quinta-feira, recebeu o segundo lugar na categoria ‘jovens’ na segunda edição do Prémio jornalístico "Giuseppe De Carli". O artigo premiado foi publicado no mês de Abril, e se intitula “Para dar de novo uma dignidade aos migrantes atraídos pelas areias do deserto”. A notícia fala sobre a missa presidida pelo cardeal O'Malley no Arizona para os 6000 homens, mulheres e crianças mortas na fronteira entre os EUA e o México.

A premiação foi realizada nesta quinta-feira à tarde na Pontifícia Faculdade de Teologia "São Boaventura" - Seraphicum que, junto com a Pontifícia Universidade da Santa Cruz, é sócio académico da associação "Giuseppe De Carli", promotora do Prémio instituído em memória do reconhecido vaticanista fundador da Rai Vaticano.

Os três vencedores foram Daniele Bellocchio do L'Espresso, na categoria ‘jovens’; Aldo Maria Valli do Tg1 RAI, na categoria 'video'; e Andrea Tornielli de La Stampa, na categoria "texto escrito".

Os vencedores receberam uma medalha de prata personalizada, que a Associação fez para “unir os mesmos premiados ao nome e ao profissionalismo de Giuseppe De Carli, como desejo de uma carreira dedicada ao ensino dos valores que caracterizaram seu serviço à verdade”. O evento começou com uma mesa redonda moderada por Vincenzo Morgante, director TGR Rai, que contou com a presença de mons. Rino Fisichella, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização; a jornalista espanhola Paloma Garcia Ovejero, correspondente da radio COPE e o vaticanista do Corriere della Sera, Gian Guido Vecchi.

Monsenhor Fisichella falou aos presentes sobre a comunicação e a nova evangelização e ofereceu uma visão do que a Igreja espera dos jornalistas. Dessa forma, destacou que “o vaticanista não se improvisa, como não se improvisa nada nunca na vida”. Além do mais, observou que um jornalista pode se apresentar como nome e meio de comunicação para o qual trabalha, “o nome está unido ao meio. O nome de um jornalista é mais do que o seu meio. Esse é uma referência”. Mas, esclareceu, o nome do jornalista refere-se de forma particular ao seu profissionalismo. E o profissionalismo é dado “pela capacidade de poder expressar a sua preparação, a sua vocação na coerência com o que foi a sua participação nessa missão”.  O presidente do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, também afirmou que "a verdade precisa de investigação, a verdade precisa de sinceridade”. Para finalizar, deu algumas nuances sobre a importância do silêncio, afirmando que “o silêncio está na origem de toda linguagem e está na conclusão de cada linguagem”. E acrescentou que “se não se reflecte, não se pode escrever”.

A jornalista espanhola, Paloma Garcia Ovejero, compartilhou a sua experiência sobre como informar sobre o Vaticano fora da Itália. A jornalista disse que nestes dois anos em Roma tem notado a diferença entre Espanha e Itália, na hora de informar sobre o Papa, Vaticano e a Igreja, observando, além do mais, que na Espanha não existe de uma forma tão específica o papel do “Vaticanista”. Trabalhar e ajudar a entender aos ouvintes como funciona o Vaticano, é parte do dia a dia. E deu uma chave sobre como realizar o seu trabalho, algo que o Papa faz muito bem, “usar imagens simples para explicar coisas profundas”. Outro conselho: “para 40 segundos de notícia bem feita 40 horas de estudo e silêncio”. Finalmente, apelou para a importância de sempre buscar a fonte e a verdade.

Para finalizar, Gian Guido Vecchi refletiu sobre como ver onde há e onde não há notícia. Em primeiro lugar advertiu que “o bem não passa necessariamente pelos jornais”, e que geralmente “o que faz notícia é o extraordinário”. A este respeito, acrescentou que o bem faz notícia quando é percebido como autêntico.
Durante o evento também se apresentou o livro “Dios es comunicación por excelência. Giuseppe De Carli, profesional al servicio de la verdad”, de Elisabetta Lo Iacono Giovanni e Trident (ESC 2014).

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