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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Francisco recebe no Vaticano o presidente do Egipto

Reafirmado o caminho do diálogo e da negociação para encerrar os conflitos e a violência


Cidade do Vaticano, 25 de Novembro de 2014 (Zenit.org)


O papa Francisco recebeu nesta segunda-feira o presidente da República Árabe do Egito, Abdel Fattah Al-Sisi, na primeira visita de um chefe de Estado egípcio ao Vaticano nestes últimos oito anos.

"Durante os cordiais colóquios, foi abordada a situação do país, destacando-se a solidariedade da Igreja para com todo o povo egípcio durante o período da transição política", informou a assessoria de imprensa da Santa Sé, que acrescentou: "Foi manifestado o desejo de que, no marco das garantias aprovadas pela nova constituição no tocante à tutela dos direitos humanos e da liberdade religiosa, possa ser reforçada a coexistência pacífica entre todos os componentes da sociedade e se prossiga no caminho do diálogo inter-religioso".

Entre outros temas "de interesse comum", também tratou-se do "papel do país na promoção da paz e da estabilidade no Oriente Médio e no norte da África". A este respeito, reafirmou-se que "o caminho do diálogo e da negociação é a única opção para encerrar os conflitos e as violências que põem em risco as populações impotentes e causam a perda de vidas humanas".

Ao terminar o encontro, o presidente egípcio se reuniu com o cardeal Pietro Parolín, secretário de Estado do Vaticano.

Em 2009, o Egipto era governado por Hosni Mubarak e a Irmandade Muçulmana lutava para sair da clandestinidade. Quatro anos depois da chamada “Primavera Árabe”, o presidente Mubarak é apenas uma lembrança sombria, mas os militares que governavam com ele continuam no poder depois de o actual presidente Al-Sisi, então comandante do exército, destituir e prender seu predecessor Mohamed Mursi e declarar a Irmandade Muçulmana um “grupo terrorista”.

Desde que chegou ao poder no ano passado, Al-Sisi impôs um regime marcial em que o exército controla toda a actividade pública. A intenção é sufocar todas as revoltas que possam prejudicar a luta contra a insurgência islamista do Sinai. Nessa região do Egipto, vários grupos terroristas se rebelaram contra o governo e pretendem impor a sua rígida interpretação da lei islâmica, a sharia.

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