A 25 de Novembro, no Parlamento Europeu, o Papa Francisco, discursou no plenário, constituído por 751 deputados e deixou uma mensagem de esperança, de encorajamento e um alerta para a importância da família, da educação, das políticas de trabalho e da protecção da dignidade humana.
O Papa pediu à Europa que recupere as suas raízes religiosas e defenda a liberdade de culto. "Queridos eurodeputados, chegou a hora de construir juntos uma Europa que gire, não em torno da economia, mas da sacralidade da pessoa humana, dos valores inalienáveis; uma Europa que abrace com coragem o seu passado e olha com confiança o seu futuro, para viver plenamente e com esperança o seu presente".
Alertou para o “drama da solidão e da cultura do descartável nos idosos, muitas vezes abandonados à sua sorte, bem como dos jovens privados de oportunidades e mergulhados numa profunda crise económica". Neste contexto, condenou o recurso à eutanásia e ao aborto, como frutos de uma visão que reduz o ser humano "a mera engrenagem dum mecanismo que o trata como se fosse um bem de consumo a ser utilizado, mas quando deixa de ser funcional é descartado, como no caso dos doentes terminais, dos idosos abandonados e sem cuidados, ou das crianças mortas antes de nascer".
Defendeu ser necessária uma abertura ao transcendente para "afirmar a centralidade da pessoa humana", pois, caso contrário, esta "fica à mercê das modas e dos poderes do momento".
Na sua intervenção recordou as numerosas injustiças e perseguições que atingem diariamente as minorias religiosas, especialmente cristãs, em várias partes do mundo. "Comunidades e pessoas estão a ser objecto de bárbaras violências: expulsas das suas casas e pátrias; vendidas como escravas; mortas, decapitadas, crucificadas e queimadas vivas, sob o silêncio vergonhoso e cúmplice de muitos". "Considero fundamental não apenas o património que o Cristianismo deixou no passado para a formação sociocultural do Continente, mas também e sobretudo a contribuição que pretende dar hoje e no futuro para o seu crescimento".
O Papa destacou o papel central da "família unida, fecunda e indissolúvel" para a formação das novas gerações. "Sem uma tal solidez, acaba-se por construir sobre a areia, com graves consequências sociais. Aliás, sublinhar a importância da família não só ajuda a dar perspectivas e esperança às novas gerações, mas também a muitos idosos, frequentemente constrangidos a viver em condições de solidão e abandono, porque já não há o calor dum lar doméstico capaz de os acompanhar e apoiar".
Também sublinhou a importância da educação, que mais do que fornecer conhecimentos técnicos deve "favorecer o processo mais complexo do crescimento da pessoa humana na sua totalidade".
No campo do trabalho, realçou a relevância de "promover as políticas de emprego" e de "devolver dignidade ao trabalho", procurando "novas maneiras para combinar a flexibilidade do mercado com as necessidades de estabilidade e certeza das perspectivas de emprego".
Referindo-se ao sector agrícola, chamado a dar apoio ao homem, afirmou que "não se pode tolerar que milhões de pessoas no mundo morram de fome", enquanto toneladas de produtos alimentares são deitadas fora. "Além disso, respeitar a natureza lembra-nos que o próprio homem é parte fundamental dela".
Também "Não se pode tolerar que o Mar Mediterrâneo se torne um grande cemitério! Nos barcos que chegam diariamente às costas europeias, há homens e mulheres que precisam de acolhimento e ajuda.
O Papa pediu à Europa que recupere as suas raízes religiosas e defenda a liberdade de culto. "Queridos eurodeputados, chegou a hora de construir juntos uma Europa que gire, não em torno da economia, mas da sacralidade da pessoa humana, dos valores inalienáveis; uma Europa que abrace com coragem o seu passado e olha com confiança o seu futuro, para viver plenamente e com esperança o seu presente".
Alertou para o “drama da solidão e da cultura do descartável nos idosos, muitas vezes abandonados à sua sorte, bem como dos jovens privados de oportunidades e mergulhados numa profunda crise económica". Neste contexto, condenou o recurso à eutanásia e ao aborto, como frutos de uma visão que reduz o ser humano "a mera engrenagem dum mecanismo que o trata como se fosse um bem de consumo a ser utilizado, mas quando deixa de ser funcional é descartado, como no caso dos doentes terminais, dos idosos abandonados e sem cuidados, ou das crianças mortas antes de nascer".
Defendeu ser necessária uma abertura ao transcendente para "afirmar a centralidade da pessoa humana", pois, caso contrário, esta "fica à mercê das modas e dos poderes do momento".
Na sua intervenção recordou as numerosas injustiças e perseguições que atingem diariamente as minorias religiosas, especialmente cristãs, em várias partes do mundo. "Comunidades e pessoas estão a ser objecto de bárbaras violências: expulsas das suas casas e pátrias; vendidas como escravas; mortas, decapitadas, crucificadas e queimadas vivas, sob o silêncio vergonhoso e cúmplice de muitos". "Considero fundamental não apenas o património que o Cristianismo deixou no passado para a formação sociocultural do Continente, mas também e sobretudo a contribuição que pretende dar hoje e no futuro para o seu crescimento".
O Papa destacou o papel central da "família unida, fecunda e indissolúvel" para a formação das novas gerações. "Sem uma tal solidez, acaba-se por construir sobre a areia, com graves consequências sociais. Aliás, sublinhar a importância da família não só ajuda a dar perspectivas e esperança às novas gerações, mas também a muitos idosos, frequentemente constrangidos a viver em condições de solidão e abandono, porque já não há o calor dum lar doméstico capaz de os acompanhar e apoiar".
Também sublinhou a importância da educação, que mais do que fornecer conhecimentos técnicos deve "favorecer o processo mais complexo do crescimento da pessoa humana na sua totalidade".
No campo do trabalho, realçou a relevância de "promover as políticas de emprego" e de "devolver dignidade ao trabalho", procurando "novas maneiras para combinar a flexibilidade do mercado com as necessidades de estabilidade e certeza das perspectivas de emprego".
Referindo-se ao sector agrícola, chamado a dar apoio ao homem, afirmou que "não se pode tolerar que milhões de pessoas no mundo morram de fome", enquanto toneladas de produtos alimentares são deitadas fora. "Além disso, respeitar a natureza lembra-nos que o próprio homem é parte fundamental dela".
Também "Não se pode tolerar que o Mar Mediterrâneo se torne um grande cemitério! Nos barcos que chegam diariamente às costas europeias, há homens e mulheres que precisam de acolhimento e ajuda.
A falta de um apoio mútuo no seio da União Europeia arrisca-se a incentivar soluções particularistas para o problema, que não têm em conta a dignidade humana dos migrantes, promovendo o trabalho servil e contínuas tensões sociais.
É necessário agir sobre as causas e não apenas sobre os efeitos".
Ao terminar, o Papa argentino disse aos eurodeputados que chegou a hora de construírem juntos uma "Europa que gire, não em torno da economia, mas da sacralidade da pessoa humana, dos valores inalienáveis; uma Europa que abrace com coragem o seu passado e olha com confiança o seu futuro, para viver plenamente e com esperança o seu presente".
Fortemente aplaudido pelos eurodeputados o Papa partiu deixando uma grande mensagem:
“Urge promover uma Europa protagonista, portadora de ciência, de arte, de música, de valores humanos e também de fé.
Uma Europa que contemple o céu e persiga grandes ideais; uma Europa que assista, defenda e tutela o Homem".
Ao terminar, o Papa argentino disse aos eurodeputados que chegou a hora de construírem juntos uma "Europa que gire, não em torno da economia, mas da sacralidade da pessoa humana, dos valores inalienáveis; uma Europa que abrace com coragem o seu passado e olha com confiança o seu futuro, para viver plenamente e com esperança o seu presente".
Fortemente aplaudido pelos eurodeputados o Papa partiu deixando uma grande mensagem:
“Urge promover uma Europa protagonista, portadora de ciência, de arte, de música, de valores humanos e também de fé.
Uma Europa que contemple o céu e persiga grandes ideais; uma Europa que assista, defenda e tutela o Homem".
Maria Susana Mexia
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