Parentes do casal assassinado brutalmente sob a acusação de blasfémia sofrem pressão para retirar as acusações
Roma, 21 de Novembro de 2014 (Zenit.org)
Não tem fim o pesadelo dos parentes do casal cristão
assassinado brutalmente sob acusação de blasfémia, na província de
Punjab, Paquistão. "Estamos recebendo ameaças telefónicas para retirar
as acusações", disse Shahbaz Masih, irmão Shehzad Masih, durante
conferência de imprensa em Islamabad, à agência de notícias Mishná.
"Para compensar foram oferecidas terras e dinheiro", diz ele. Por esta
razão, os parentes exigem a protecção do governo.
As duas vítimas são Sehzad Masih e Shama Bibi, que estava grávida.
Eles foram atacados por uma multidão e jogados em uma fornalha após um
líder islâmico da cidade ter anunciado no alto-falante de uma mesquita,
que os dois haviam cometido blasfémia queimando páginas do Alcorão.
Até à data, regista-se mais de cem participantes no ataque, a
polícia deteve 43. "Nós só queremos justiça através de investigações
justas", disse Masih, que também pediu a formação de uma comissão
judicial e uma equipe de investigação conjunta que inclua membros de
minorias religiosas, a fim de obter resultados imparciais.
As demandas das famílias das duas vítimas parecem ecoar o clima que
reina no país. Na quarta-feira Nazir S Bhatti, presidente do Pakistan
Christian Congress (PCC), expressou profunda preocupação com as
declarações de Ali Mohammad, líder do Paquistão Tehreek Insaf (PTI), que
comentou sobre o assassinato do casal na televisão, ele chamou os
cristãos de "kafir", ou seja, "infiéis". As comunidades cristãs do
Paquistão solicitaram imediatamente o pedido de desculpas por parte de
Ali Mohammad Imran Khan. Por enquanto, permanece o silêncio.
(21 de Novembro de 2014) © Innovative Media Inc.
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