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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Era músico, cheio de amargura, mas uns rapazes disseram-lhe «Jesus ama-te»: orou à Virgem e mudou

Roberto Bignoli, cadeia, drogas e um caminho com Deus
Roberto Bignoli orou à Virgem em Medjugorje e a sua vida começou a transformar-se

Actualizado 13 de Novembro de 2014

ReL


O músico italiano Roberto Bignoli, depois de anos de carreira musical, primeiro mundana e logo cristã, publicou recentemente um livro-testemunho em italiano intitulado "Il mio cuore canta; Medjugorje e la musica di Dio" (O meu coração canta… Medjugorje e a música de Deus). Nele fala da sua vida e a sua fé, e das pessoas com as quais lidou e lhe mostraram algo de Deus.

"Não creio que as pessoas nasçam ateia, agnósticas ou crentes", assegura no prólogo. Crê, melhor, que todos os homens tem dentro a semente da fé, mas as distracções e eventos da vida podem afoga-la... Ou permitir que cresça.

Por isso, afirma: "Escrevo para que quem me escute ou leia possa reavivar o seu coração, possa recolher as mensagens positivas e olhar dentro de si, encontrar a pista, o caminho e levar uma nova música ao seu caminho”.

Vi o que aconteceu em ocasiões. Uns rapazes toxicodependentes escutaram a sua música e as suas palavras num concerto e decidiram mudar, entrar numa comunidade terapêutica e deixar as drogas.

Uma infância dura... A música acolheu-o
Roberto Bignoli contraiu poliomielite quando tinha um ano, e sempre arrastou sequelas, dificuldades motoras e uso de muletas. A sua infância foi dura, em instituições de acolhimento.

No internamento já se voltou, adolescente, na música rock. Viveu a geração "beat", o "flower power", inclusive as drogas e a cadeia.

Fez música com figuras comerciais importantes como Vecchioni, De André, Alberto Fortis, Loredana Berté... Mas a partir de certo momento as suas dificuldades motoras foram-se agravando e dificultando mais a sua carreira.

"Jesus te ama"
Eram os anos 80, a sua vida estava presa e ele vivia com amargura. Uns rapazes da Renovação Carismática disseram-lhe uma só frase: "Jesus ama-te"·

No meio do seu deserto vital, essa frase fê-lo pensar. "Jesus ama-me? Como? Sou incapacitado, só posso caminhar com muletas, não tive uma verdadeira família, passei a minha infância em internamentos e instituições, refugiei-me na falsa liberdade da droga. Acreditei na música, mas o negócio musical me descartou. Jesus ama-me?"

Era como um desafio. Os jovens carismáticos animaram-no a ir com eles numa viagem espiritual a Medjugorje, na Bósnia-Herzegovina, onde se dizia que aparece a Virgem Maria. Era 1984, e decidiu ir. "Talvez por uma vez me surja algo bonito", disse.

Uma oração a Maria
Ali, em Medjugorje, orou com simplicidade. Pediu a Maria algo muito pouco materialista: “encha o meu coração de alegria e serenidade”. E foi sucedendo. Viajou procurando e encontrando Deus com os pobres na Índia, e com as religiosas da Madre Teresa no Nepal. 

“Crer não é fácil. Não o foi para mim. Mas pedi ajuda a Deus, e Ele guiou-me. Pus-me à sua disposição. Sou uma pessoa como os demais, mas que teve um encontro fundamental, com Maria e Jesus".

Ele, que conhece a vida na rua e na cadeia, se declara "feliz de que o Senhor tenha tomado o timão da minha vida".

Hoje Bignoli é esposo e pai e tem a alegria e a serenidade que pediu. Decidiu dedicar-se à música cristã e pode fazê-lo durante muitos anos. Dá concertos em todo o mundo, publicou doze álbuns e cinco singles. Conseguiu 5 prémios Unity e nos EUA um Grammy de música cristã internacional.

"Não tenho repostas para todos os males do mundo, não sei dizer a quem sofre o porquê da sua dor. Pode somente dizer aquilo que descobriu no curso de minha existência atormentada: “Esta diversidade é uma graça.”

Roberto Bignoli canta o salmo 139



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