Assim despertou Massimiliano Tresoldi assombrando os médicos
Massimiliano Tresoldi esteve em coma 10 anos, mas havia momentos em que notava sensações, odores, presenças... |
Actualizado 7 de Novembro de 2014
Revista Misión
Massimiliano Tresoldi com 21 anos sofreu um grave acidente num veículo. Com insuperáveis lesões cerebrais, o diagnóstico foi coma irreversível. Assim passaram quase dez anos.
Até que na noite de 28 de Dezembro de 2000, Lucrécia, a sua mãe, disse-lhe que estava muito cansada e que rezasse “ele sozinho”... Foi então quando Max moveu o braço, fez o sinal da cruz e a abraçou: tinha despertado do coma.
Passaram catorze anos desde aquele dia dos Santos Inocentes em que Max voltou a estar com os seus.
Nem Lucrécia - mamã Ezia, como a conhecem todos em Carugate, um povoado a 20 km de Milão –, nem o seu marido Ernesto, nem os seus demais filhos, tinham perdido a esperança.
Apesar dos diagnósticos mais desoladores - “não colabora”, dizia sempre o expediente clínico –, a mamã Ezia via aspectos positivos.
“Ainda que as suas condições fossem realmente críticas, depois de dez dias o meu filho respirava com autonomia, sem estar ligado a uma máquina”, relata.
Depois, foi um ligeiro movimento de um dedo mindinho e depois um sorriso... Mas os médicos diziam que eram ilusões de Ezia.
Depois de oito meses de hospital, Lucrécia e Ernesto decidiram levá-lo para sua casa.
Todos lhes aconselhavam o contrário: amarrar-se-iam para sempre aos mil e um cuidados que Max necessitava.
Hoje Ezia afirma que “ainda que Max estivesse num estado vegetativo, ele percebia sensações (os ruídos, os odores da família...). Talvez por isto conseguiu realizar todos os pequenos progressos que com o tempo conseguiu”.
Todos os dias, e como se o seu filho a escutasse, mamã Ezia rezava “com ele” antes de dormir. Mas na noite de 28 de Dezembro de 2000 Ezia estava muito cansada.
“Deitei na sua cama Massimiliano, mas disse-lhe que se queria rezar teria que fazê-lo sozinho. Nesse momento Max levantou o braço e fez o sinal da cruz; depois, abraçou-me tão forte que quase me corta a respiração. O sinal da cruz foi o seu primeiro gesto voluntario depois de dez anos em coma”.
A partir desse dia, a vida de Max, de Lucrécia, de todos, deu uma volta de 180 graus. Agora, o fisioterapeuta e o terapeuta da fala são visitas habituais na casa. Ninguém explica como é possível que Max continue tendo as mesmas lesões cerebrais que quando estava em coma.
“Isto explica o pouco que se sabe do cérebro humano”, assinalou Lucrécia ao diário italiano Avvenire. Sabe-se tão pouco, que foi assombroso escutar Max dizer que “sempre esteve consciente” e “recordava todos os que tinham ido visitá-lo”.
Ezia recorda-se daqueles que tem um familiar em coma e assegura-lhes que “a fé, a esperança, a força de vontade e o amor são a única ‘medicina’ nestes casos”.
“Isto explica o pouco que se sabe do cérebro humano”, assinalou Lucrécia ao diário italiano Avvenire. Sabe-se tão pouco, que foi assombroso escutar Max dizer que “sempre esteve consciente” e “recordava todos os que tinham ido visitá-lo”.
Ezia recorda-se daqueles que tem um familiar em coma e assegura-lhes que “a fé, a esperança, a força de vontade e o amor são a única ‘medicina’ nestes casos”.
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