O comité responsável se reúne para estudar o relatório da Mc&Kinsey e dar os próximos passos
Roma, 22 de Setembro de 2014 (Zenit.org) Sergio Mora
O Comité para a Reforma dos Meios de Comunicação do Vaticano
se reúne pela primeira vez nesta segunda-feira, num encontro que vai
até esta quarta, dia 24. Os membros estudarão como optimizar os meios de
comunicação da Santa Sé e diminuir os seus custos, levando em
consideração, ainda, as mudanças verificadas na comunicação ao longo dos
últimos anos com as medias digitais e as necessárias adaptações de
estruturas.
Para realizar essa tarefa, o comité contará com o assessoramento da
consultoria Mc&Kinsey, que fez um estudo sobre as estruturas da
Santa Sé no sector de comunicação. Isto "proporcionará à comissão os
elementos úteis para repassar as oportunas recomendações ao Santo
Padre", informava, em Dezembro de 2013, um comunicado da Sala de
Imprensa da Santa Sé.
O comunicado precisava: "Em 18 de Dezembro, por iniciativa da
pontifícia comissão de estudo e coordenação de assuntos económicos e
administrativos da Santa Sé, após um procedimento de selecção formal, foi
confiada à Mc&Kinsey, em estreita colaboração com os responsáveis
pelos sectores vaticanos envolvidos, a tarefa de prestar assessoria para o
desenvolvimento de um plano integral voltado a reorganizar os meios de
comunicação da Santa Sé de maneira mais funcional, eficaz e moderna".
A McKinsey presta serviços a empresas dentre as maiores do mundo, bem
como a governos e instituições em geral. Foi fundada em Chicago em 1926
e actualmente está presente em 90 países.
O comité que se encarregará deste delicado trabalho é encabeçado pelo
ex-presidente da BBC, Christopher Patten, e conta com seis
especialistas de diversos idiomas. O segundo grupo é composto por
jornalistas e especialistas do Vaticano, como o latino-americano dom
Lucio Ruíz e o director do L’Osservatore Romano, Giovanni Maria Vian.
Como toda reforma desse tipo inclui corte de pessoal, prevê-se o
desafio de combinar as exigências de redução de custos com o aspecto
social das empresas de comunicação da Santa Sé. Se houver cortes, serão
afectados especialmente os colaboradores externos.
Os meios de comunicação do Vaticano são vários. A Rádio Vaticano, que
transmite diariamente em 40 idiomas, tem programas emitidos em onda
curta que chegam a lugares onde não há sequer electricidade ou telefone.
Trabalham na emissora, em total, 335 pessoas, entre técnicos e
jornalistas, mais os colaboradores externos.
O jornal L'Osservatore Romano, impresso na Cidade de Vaticano, conta
com uma edição quotidiana em formato grande, em italiano, além de edições
semanais em alemão, espanhol, francês, inglês, polaco e português, bem
como um número mensal dedicado à mulher. Em total, trabalham na redacção
45 jornalistas, além dos quais é preciso somar os colaboradores
externos. Há cerca de 30 funcionários entre profissionais gráficos,
técnicos, de arquivo e fotógrafos.
No Centro Televisivo Vaticano (CTV), que realiza e distribui vídeos
para canais de televisão e agências várias, há cerca de 30 pessoas.
Na agência de notícias Fides, pertencente à Congregação para a
Evangelização dos Povos e especializada em missionários e reportagens
sobre as missões, trabalham 14 pessoas.
Há mais 6 profissionais dedicados ao site de notícias news.va, que
agrega notícias de todos os meios de comunicação da Santa Sé em inglês,
espanhol e italiano.
Na Assessoria de Imprensa da Santa Sé trabalham 22 pessoas, que se
encarregam de todo o apoio logístico e do credenciamento de
correspondentes.
Por fim, existem o Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais e
a gestão das contas @pontifex no Twitter, pelas quais é responsável a
Secretaria de Estado do Vaticano.
A tarefa de reestruturação de todos esses recursos de comunicação não
é simples, considerando-se que são veículos em diversos idiomas e
voltados a países diferentes, espalhados por todo o planeta.
(22 de Setembro de 2014) © Innovative Media Inc.
in
Sem comentários:
Enviar um comentário