Uma carmelita, uma historiadora contemporânea e a directora da Galeria Nacional de Arte Moderna, falam na apresentação da biografia do prelado do Opus Dei, de iminente beatificação
Roma, 19 de Setembro de 2014 (Zenit.org)
A apresentação do livro Álvaro del Portillo. Il
primo successore di san Josemaría alla guida dell’Opus Dei (Alvaro del
Portillo. O primeiro sucessor de São Josemaria à frente do Opus Dei),
realizada ontem na Pontifícia Universidade da Santa Cruz, em Roma, foi
enriquecida por numerosos testemunhos de pessoas das mais variadas áreas
da cultura e da igreja, seguido por aqueles de mons. Javier Echevarría,
prelado Opus Dei, e do Cardeal Francesco Monterisi, arcipreste da
Basílica de San Paolo.
Padre Antonio Maria Sicari, durante seu discurso, destacou
longamente a sua relação de amizade, carinho e lealdade que ligou o
fundador do Opus Dei, São Josemaria Escrivá, e o futuro Beato Álvaro del
Portillo: "O que mais se destaca é o encontro feliz entre um Fundador
rico de carisma e de paixão e um primeiro discípulo, logo reconhecido
como tal. O nome a ser dado a este 'encontro feliz é a palavra
‘fidelidade’, mas entendida em um sentido muito profundo e bidireccional,
ou seja, que vai do Fundador-pai ao discípulo-filho e do
discípulo-filho ao Fundador-pai".
Entre as muitas histórias e cenas da vida tiradas da biografia e
narradas pelo padre carmelita, um em particular, tirou-lhe um sorriso do
rosto quando um dia Don Alvaro fez uma correcção a São Josemaria que lhe
custou muito aceitar. O fundador do Opus Dei reagiu indo orar, dizendo:
'Senhor, Álvaro está certo e eu não". Mas logo depois, acrescentou:
"Não, Senhor, desta vez eu estou certo... Álvaro não me deixa passar
nada... e isto não parece carinho, é crueldade". E depois ainda:
"Obrigado, Senhor, por ter me colocado ao lado o meu filho Álvaro que
gosta tanto de mim e não me deixa passar nada!'. Padre Sicari destacou
como este tipo de sinceridade cheia de fé caracterizava a relação entre
os dois (vídeo: http://youtu.be/j7rXY1VxA50).
A professora de história contemporânea da La Sapienza,
Fattorini, falou da relação entre a fidelidade de Don Alvaro e a sua
simplicidade, especialmente lembrando que "da história do relacionamento
com a sua família, com a sua mãe, mas também pela maneira em que viveu
os estudos aparece uma grande interioridade vivida ao mesmo tempo de
forma leve. Uma interioridade tranquila, não moralista e sem
lamentações. Por isso a fidelidade, que é o resumo do perfil de don
Alvaro combina com a liberdade, ou seja, existe nele um nexo entre
fidelidade e a liberdade” (vídeo: http://youtu.be/smRV1Slj4Zw).
Maria Vittoria Marini Clarelli, directora da Galeria Nacional de Arte
Moderna e Contemporânea de Roma, que recordou como "um dado muito
evidente da personalidade de Álvaro del Portillo fosse a serenidade.
Quando ele passava pelos corredores da Congregação para a Doutrina da
Fé, caminhava de uma forma que lembrava o ditado latino festina lente
(corra devagar). Passava esta serenidade porque a beleza da pessoa de
D. Álvaro estava ligada a uma extraordinária transparência, como se a
sua alma fosse visível” (vídeo: http://youtu.be/0wXO7DE7IDw).
A edição deste livro coincide com a próxima beatificação de Álvaro
del Portillo, que será realizada em Madrid no próximo dia 27 de
setembro. A apresentação aconteceu na Pontifícia Universidade da Santa
Cruz que o mesmo mons. Del Portillo fundou – seguindo um desejo de São
Josemaria Escrivá - em 1984 e foi seu primeiro chanceler.
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Mais informações sobre Alvaro del Portillo e sua causa de canonização pode ser encontrada no site www.alvarodelportillo.org
(19 de Setembro de 2014) © Innovative Media Inc.
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