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sábado, 20 de setembro de 2014

Del Portillo: os testemunhos daqueles que o conheceram

Uma carmelita, uma historiadora contemporânea e a directora da Galeria Nacional de Arte Moderna, falam na apresentação da biografia do prelado do Opus Dei, de iminente beatificação


Roma, 19 de Setembro de 2014 (Zenit.org)


A apresentação do livro Álvaro del Portillo. Il primo successore di san Josemaría alla guida dell’Opus Dei (Alvaro del Portillo. O primeiro sucessor de São Josemaria à frente do Opus Dei), realizada ontem na Pontifícia Universidade da Santa Cruz, em Roma, foi enriquecida por numerosos testemunhos de pessoas das mais variadas áreas da cultura e da igreja, seguido por aqueles de mons. Javier Echevarría, prelado Opus Dei, e do Cardeal Francesco Monterisi, arcipreste da Basílica de San Paolo.

Padre Antonio Maria Sicari, durante seu discurso, destacou longamente a sua relação de amizade, carinho e lealdade que ligou o fundador do Opus Dei, São Josemaria Escrivá, e o futuro Beato Álvaro del Portillo: "O que mais se destaca é o encontro feliz entre um Fundador rico de carisma e de paixão e um primeiro discípulo, logo reconhecido como tal. O nome a ser dado a este 'encontro feliz é a palavra ‘fidelidade’, mas entendida em um sentido muito profundo e bidireccional, ou seja, que vai do Fundador-pai ao discípulo-filho e do discípulo-filho ao Fundador-pai".

Entre as muitas histórias e cenas da vida tiradas da biografia e narradas pelo padre carmelita, um em particular, tirou-lhe um sorriso do rosto quando um dia Don Alvaro fez uma correcção a São Josemaria que lhe custou muito aceitar. O fundador do Opus Dei reagiu indo orar, dizendo: 'Senhor, Álvaro está certo e eu não". Mas logo depois, acrescentou: "Não, Senhor, desta vez eu estou certo... Álvaro não me deixa passar nada... e isto não parece carinho, é crueldade". E depois ainda: "Obrigado, Senhor, por ter me colocado ao lado o meu filho Álvaro que gosta tanto de mim e não me deixa passar nada!'. Padre Sicari destacou como este tipo de sinceridade cheia de fé caracterizava a relação entre os dois (vídeo: http://youtu.be/j7rXY1VxA50).

A professora de história contemporânea da La Sapienza, Fattorini, falou da relação entre a fidelidade de Don Alvaro e a sua simplicidade, especialmente lembrando que "da história do relacionamento com a sua família, com a sua mãe, mas também pela maneira em que viveu os estudos aparece uma grande interioridade vivida ao mesmo tempo de forma leve. Uma interioridade tranquila, não moralista e sem lamentações. Por isso a fidelidade, que é o resumo do perfil de don Alvaro combina com a liberdade, ou seja, existe nele um nexo entre fidelidade e a liberdade” (vídeo: http://youtu.be/smRV1Slj4Zw).
Maria Vittoria Marini Clarelli, directora da Galeria Nacional de Arte Moderna e Contemporânea de Roma, que recordou como "um dado muito evidente da personalidade de Álvaro del Portillo fosse a serenidade. Quando ele passava pelos corredores da Congregação para a Doutrina da Fé, caminhava de uma forma que lembrava o ditado latino festina lente (corra devagar). Passava esta serenidade porque a beleza da pessoa de D. Álvaro estava ligada a uma extraordinária transparência, como se a sua alma fosse visível” (vídeo: http://youtu.be/0wXO7DE7IDw).

A edição deste livro coincide com a próxima beatificação de Álvaro del Portillo, que será realizada em Madrid no próximo dia 27 de setembro. A apresentação aconteceu na Pontifícia Universidade da Santa Cruz que o mesmo mons. Del Portillo fundou – seguindo um desejo de São Josemaria Escrivá - em 1984 e foi seu primeiro chanceler.

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Mais informações sobre Alvaro del Portillo e sua causa de canonização pode ser encontrada no site www.alvarodelportillo.org

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