Encontrando os participantes no Seminário da Congregação para a Evangelização dos Povos, no sábado passado, o Papa convidou os Pastores à conversão seguindo o exemplo dos mártires coreanos e manifestou a sua solidariedade com os bispos chineses
Roma, 23 de Setembro de 2014 (Zenit.org) Antonio Gaspari
Depois de um breve discurso improvisado, o Papa Francisco
entregou o texto do seu discurso aos participantes no Seminário
organizado pela Congregação para a Evangelização dos Povos, sábado
passado, 20 de Setembro.
Em primeiro lugar, destacou o Santo Padre, hoje existe uma urgente
necessidade de conversão missionária, que diz respeito a cada cristão e
cada paróquia, mas que é claro que "Os pastores são chamados a viver e
testemunhar em primeiro lugar, como guias das Igrejas particulares”.
Portanto, o Papa os encoraja a "organizar a vida e ministério episcopal
segundo esta transformação missionária que desafia hoje o Povo de Deus”.
De acordo com Francisco, no centro da conversão missionária da Igreja
está, de fato, “o serviço à humanidade, a imitação do seu Senhor que
lavou os pés dos seus discípulos”. Citando a Evangelii Gaudium,
destacou, em seguida, que “a Igreja, em quanto comunidade
evangelizadora, está chamada a crescer na proximidade, a encurtar as
distâncias, a abaixar-se até a humilhação se for preciso e assumir a
vida humana, tocando a carne sofredora de Cristo no povo”.
O Bispo de Roma também relembrou outro documento papal, a Pastores
grefis de 2003, para reafirmar que os bispos, no exercício do seu
ministério de pais e pastores entre os fiéis, devem comportar-se como
"aqueles que servem", tendo "sempre diante dos olhos o exemplo do Bom
pastor, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida
por todos".
Neste sentido, o Santo Padre indicou como exemplo brilhante os santos
Mártires da Coréia: Andrea Kim Taegon, sacerdote, Paulo Chong Hasang e
Companheiros, os quais não hesitaram em "derramar o próprio sangue por
causa do Evangelho, do qual eram dispensadores fieis e testemunhas heróicas”.
Para Francisco a Igreja tem necessidade de bispos que "saibam como se
ajoelhar diante dos outros para lavar os seus pés". "Pastores mais
próximos do povo - ressaltou - pais e irmãos mansos, pacientes e
misericordiosos; que amam a pobreza, tanto como a liberdade pelo Senhor,
quanto como simplicidade e austeridade de vida".
O Papa finalmente voltou sua atenção para todos aqueles irmãos que,
por diversas razões, não puderam vir a Roma, em particular aos bispos
chineses ordenados nos últimos anos. Após o desejo de poder encontra-los
em breve, garantiu, portanto, a sua solidariedade e aquela de todo o
Episcopado mundial para que – concluiu – “na fé comum, sintam que, se às
vezes podem ter a impressão de estar sozinhos, mais forte seja a
certeza de que os seus sofrimentos levarão fruto – e grande fruto! –
pelo bem dos seus fieis, dos seus concidadãos e de toda a Igreja".
(23 de Setembro de 2014) © Innovative Media Inc.
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