Entrou numa capela por curiosidade quando faziam adoração
Jean-Marc
Potdevin em 2008 já era um triunfador dos negócios na Internet, mas algo lhe faltava... Uma experiência mística no início do Caminho de Santiago marcou-lhe o seu caminho vital |
Actualizado 1 de Setembro de 2014
Aleteia/ReL
A experiência do francês Jean-Marc Potdevin forma parte destes encontros surpreendentes que Cristo oferece às vezes a pessoas que parecem não esperar mas que estão dispostas a mudar a sua vida desde que a luz de Deus se manifesta a eles.
Oferecemos a continuação alguns fragmentos do testemunho de Jean-Marc Potdevin, business angel, engenheiro, milionário, ex-CTO da Kelkoo (um comparador de preços online), ex-vice-presidente de Yahoo! Europa, casado com 4 filhos, desportista, aventureiro, hiperactivo, e cristão tímido e pouco convencido até viver um encontro que mudou a sua vida. Foi em 2008, quando começou o Caminho de Santiago, insatisfeito com o que tinha e sem saber o que queria nem o que procurava.
- Então como se reencontrou com Deus?
- É Ele quem veio ao meu encontro. Cara a cara. E isso é muito impressionante. Ocorreu um pouco por casualidade. Tinha entrado em Puy-en-Velay [famoso santuário francês, início de uma rota do Caminho de Santiago, nota de ReL] numa capela durante a adoração ao Santíssimo Sacramento – eu não sabia o que era - e quase instantaneamente apareceu há minha frente, muito grande, muito impressionante. E eu que nunca fumei nem tomei psicotrópicos, etc., pode dizer-nos que se torna raro ver o sobrenatural surgir assim.
- E o seu psiquiatra que diz disso?
- Os psiquiatras tem a noção de delírio místico. Eu sei o que vi, estava perfeitamente consciente no momento desta experiência, desta quase-experiência de Deus, e encontrei depois nos livros critérios precisos que permitem distinguir um delírio místico de uma quase-experiência de Deus. Dito isto, mais tarde me deu conta também de que há que ser cauteloso com este tipo de aparição. Evidentemente procurei-a porque a sensação é tão boa que se procura a consolação enquanto tal, mas isso é bastante perigoso. São João da Cruz é claro a esse respeito: não há que procurar este tipo de experiência.
- Como se faz para ver Deus?
- Deixa-se fazer. É Ele quem faz todo o trabalho. Não é necessariamente simples deixá-lo fazer. Mas encontrei um livro que se converteu no meu livro de cabeceira, Je veux voir Dieu [Quero ver Deus, n.d.t.] do Padre Marie-Eugène del Niño Jesús e neste livro ele explica as boas disposições que permitem justamente deixá-lo fazer o Senhor para que venha a nós, entre elas a humildade, o dom de si e o silêncio.
- Uma conversão, que muda exactamente?
- Muda tudo. Porque põe o mundo ao contrário. No final, isso volta a por cada um no seu lugar mais precisamente, é uma inversão de foco. É um pouco como em Alice no país das maravilhas quando ela passa ao outro lado do espelho, na história de Lewis Carroll. No outro lado do espelho, o mundo está invertido: a esquerda passa a direita, o forte converte-se em débil, as minhas debilidades são as minhas forças. O mais impressionante é dar-se conta do impacto, da maneira como a graça actua no mundo. Eu tive que voltar a aprender todas as coisas: a andar, a falar, a escrever, a comportar-me. Porque uma vez que as regras do mundo inverteram-se, volta-se a começar neste mundo como um recém-nascido.
- Os psiquiatras tem a noção de delírio místico. Eu sei o que vi, estava perfeitamente consciente no momento desta experiência, desta quase-experiência de Deus, e encontrei depois nos livros critérios precisos que permitem distinguir um delírio místico de uma quase-experiência de Deus. Dito isto, mais tarde me deu conta também de que há que ser cauteloso com este tipo de aparição. Evidentemente procurei-a porque a sensação é tão boa que se procura a consolação enquanto tal, mas isso é bastante perigoso. São João da Cruz é claro a esse respeito: não há que procurar este tipo de experiência.
- Como se faz para ver Deus?
- Deixa-se fazer. É Ele quem faz todo o trabalho. Não é necessariamente simples deixá-lo fazer. Mas encontrei um livro que se converteu no meu livro de cabeceira, Je veux voir Dieu [Quero ver Deus, n.d.t.] do Padre Marie-Eugène del Niño Jesús e neste livro ele explica as boas disposições que permitem justamente deixá-lo fazer o Senhor para que venha a nós, entre elas a humildade, o dom de si e o silêncio.
- Uma conversão, que muda exactamente?
- Muda tudo. Porque põe o mundo ao contrário. No final, isso volta a por cada um no seu lugar mais precisamente, é uma inversão de foco. É um pouco como em Alice no país das maravilhas quando ela passa ao outro lado do espelho, na história de Lewis Carroll. No outro lado do espelho, o mundo está invertido: a esquerda passa a direita, o forte converte-se em débil, as minhas debilidades são as minhas forças. O mais impressionante é dar-se conta do impacto, da maneira como a graça actua no mundo. Eu tive que voltar a aprender todas as coisas: a andar, a falar, a escrever, a comportar-me. Porque uma vez que as regras do mundo inverteram-se, volta-se a começar neste mundo como um recém-nascido.
- Depois você convidou Deus aos seus encontros de business angel?
- Deus já está presente. Ele já está ali. Dito isto, agora passa-se que falo com os empresários já seja de Deus directamente (é um pouco mais raro) ou indirectamente através da doutrina social da Igreja.
Os empresários planeiam perguntas sobre o sentido do trabalho, da responsabilidade, do seu compromisso, o sentido da propriedade, o sentido do dinheiro. E em nenhum sitio se os educa. Não são formados nas escolas de comércio, de engenharia, de negócios, nem nos MBA. E sem dúvida são questões fundamentais.
- Que gostaria de transmitir aos leitores do seu livro?
- Dei-me conta de que eu era um cristão mal crente depois do encontro com o Senhor. E de que fazia muitas coisas ao contrário. Talvez transmitir isso.
Um segundo aspecto que é importante para mim neste livro: a função do testemunho. Eu não posso guardar este tesouro para mim. É um pouco difícil falar destas coisas íntimas, destas coisas da fé. Mas não posso guardar este tesouro: é necessário que o dê. As pessoas não o sabem. Em todo o caso, algumas pessoas não o sabem e eu não posso guardá-lo.
«As palavras não podem explicar o que eu vivi»
A experiência mística de um business angel (em francês)
(O seu livro-testemunho publicou-o em francês em 2012 nas Edições do Emmanuel)
- Deus já está presente. Ele já está ali. Dito isto, agora passa-se que falo com os empresários já seja de Deus directamente (é um pouco mais raro) ou indirectamente através da doutrina social da Igreja.
Os empresários planeiam perguntas sobre o sentido do trabalho, da responsabilidade, do seu compromisso, o sentido da propriedade, o sentido do dinheiro. E em nenhum sitio se os educa. Não são formados nas escolas de comércio, de engenharia, de negócios, nem nos MBA. E sem dúvida são questões fundamentais.
- Que gostaria de transmitir aos leitores do seu livro?
- Dei-me conta de que eu era um cristão mal crente depois do encontro com o Senhor. E de que fazia muitas coisas ao contrário. Talvez transmitir isso.
Um segundo aspecto que é importante para mim neste livro: a função do testemunho. Eu não posso guardar este tesouro para mim. É um pouco difícil falar destas coisas íntimas, destas coisas da fé. Mas não posso guardar este tesouro: é necessário que o dê. As pessoas não o sabem. Em todo o caso, algumas pessoas não o sabem e eu não posso guardá-lo.
«As palavras não podem explicar o que eu vivi»
A experiência mística de um business angel (em francês)
(O seu livro-testemunho publicou-o em francês em 2012 nas Edições do Emmanuel)
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