Páginas

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Nomeados dois novos membros para o Conselho do Instituto para as Obras de Religião (IOR)

Eles são convidados a adicionar "significativa experiência financeira e perspectiva global" ao chamado Banco do Vaticano


Cidade do Vaticano, 17 de Setembro de 2014 (Zenit.org)


A Comissão de Cardeais encarregada, entre outras tarefas, de reformar o Instituto para as Obras de Religião (IOR), conhecido popularmente como o Banco do Vaticano, nomeou Mauricio Larrain (Chile) e Carlo Salvatori (Itália) como membros do Conselho de Superintendência do IOR, conforme comunicado pelo Instituto nesta terça-feira.

Por ocasião da nomeação, o cardeal Santos Abril y Castelló, presidente da Comissão de Cardeais que supervisiona o IOR, declarou: "O IOR tem a confiança de que estes dois novos membros do Conselho acrescentarão ao Instituto significativa experiência financeira e perspectiva global num momento em que o papel do IOR está sendo reforçado e confirmado para cumprir os objectivos do Santo Padre".

Com estas nomeações, o Conselho de Superintendência do IOR fica agora completo. Além de Mauricio Larrain e Carlo Salvatori, ele é composto por Jean-Baptiste de Franssu (França), presidente do Conselho, Clemens Boersig (Alemanha), Mary Ann Glendon (EUA) e Michael Hintze (Reino Unido), no cargo desde 9 de Julho de 2014. Além destes seis membros leigos, participa do Conselho, mas sem direito a voto, o secretário geral de Economia do Vaticano, monsenhor Alfred Xuereb.

De acordo com o estabelecido no estatuto do IOR, revisado em 1990 sob o pontificado de São João Paulo II, o Conselho de Superintendência do Instituto define as estratégias e assegura a supervisão das operações. Os membros do Conselho de Superintendência são nomeados de acordo com o novo enquadramento legal e por um período de cinco anos. A nomeação de um secretário sem direito a voto e de um sexto membro do Conselho de Superintendência do IOR, bem como a nomeação de um sexto membro também da Comissão de Cardeais, ​​será formalizada após a conclusão da revisão do Estatuto, ainda em andamento.

Mauricio Larrain é director externo do Grupo Banco Santander Chile e director geral da Escola de Negócios ESE, da Universidade de Los Andes, também do Chile. Foi presidente e director geral do Grupo Banco Santander Chile entre 1992 e 2014 e presidente da Santander Chile Holding S.A. e da Universita Chile S.A. de 2000 até 2014. Durante este período, o Grupo Banco Santander Chile foi reconhecido como o melhor banco da América Latina em seis diferentes anos pela revista America Economia.

Carlo Salvatori tem actuado como presidente do banco de investimentos Lazard Itália desde Junho de 2010 e da companhia de seguros Allianz desde maio de 2012. É também membro do Conselho de Administração da Universidade Católica do Sagrado Coração, do Hospital Infantil Bambino Gesù, da Chiesi Farmacêutica e do Grupo Riso Gallo. É presidente, ainda, da União Cristã de Dirigentes de Empresas, em sua secção de Milão.

O Instituto para as Obras de Religião (IOR) foi fundado em 27 de Junho de 1942, por decreto papal, a fim de servir à Santa Sé e às obras da Igreja católica em todo o mundo. Suas origens remontam à Commissio ad Pias Causas, fundada em 1887 pelo papa Leão XIII. O objectivo do IOR é definido pelo seu Estatuto, alterado pelo papa São João Paulo II em 1990: "Prover a custódia e a administração dos bens transferidos ou confiados ao Instituto por pessoas físicas ou jurídicas, designados para obras religiosas ou de caridade. O Instituto pode aceitar depósitos de activos de entidades ou pessoas da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano".

A proposta do IOR é servir à missão global da Igreja católica protegendo e aumentando o seu património e prestando serviços em todo o mundo para a Santa Sé e para as entidades relacionadas com ela, ordens religiosas, outras instituições católicas, clérigos, funcionários da Santa Sé e funcionários do corpo diplomático junto ao Vaticano.

O IOR está presente exclusivamente no território soberano do Estado da Cidade do Vaticano e é supervisionado e regulado pela Autorità di Informazione Finanziaria (AIF), o órgão de supervisão financeira do Estado da Cidade do Vaticano.

Sem comentários:

Enviar um comentário