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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Chesterton, futuro patrono dos jornalistas? Um exemplo politicamente incorrecto para a profissão

Aberta a causa de beatificação


Actualizado 20 de Agosto de 2013

J. Lozano / ReL

Desde que se conheceu a notícia de que o bispo de Northampton, John Haworth Doyle, decidira abrir a causa da beatificação do genial escritor e jornalista Gilbert Keith Chesterton muito se falou do assunto. Desde os que se mostram cépticos perante tal possibilidade até os que valorizam os elementos de santidade do que foi um dos maiores apologetas católicos do último século.

A sua forma de ser, o seu temperamento mas sobretudo as suas obras não deixam a ninguém indiferente pelo que esta causa de beatificação, ainda em fase diocesana, dará muito que falar. Há quem inclusive proponha que Chesterton seja, no caso de ser canonizado, o patrono dos jornalistas. Ainda é algo longínquo e difícil mas, é impossível?

Santo e, patrono?
Num artigo em The Catholic Herald, Francis Phillips mostra o seu desejo de que o genial escritor seja canonizado e também ele porque poderia ser um exemplo para todos os jornalistas.

Na sua opinião, que o patrono dos jornalistas fosse um possível São Gilbert Keith Chesterton dignificaria esta profissão num momento no qual vive um mau momento de credibilidade, seria uma profissão, em sua opinião, “todavia digna de um santo”. Já em Espanha, disfrutamos da graça de ter um beato jornalista, Manuel Lozano, mais conhecido como Lolo.

A dignidade e responsabilidade de uma profissão
Phillips continua sonhando no seu artigo propõe que Chesterton tivesse uma estátua em Fleet Street, a tradicional rua da imprensa britânica, como recordação a todos os companheiros do grémio sobre a dignidade e responsabilidade da dita profissão.

Neste sentido, destaca que além da sua fervente fé cristã e o seu amor por tudo o criado seria o perfeito exemplo para os jornalistas. “Tudo em Chesterton é subversivo e politicamente incorrecto: a sua grossura, a sua fé, o seu entusiasmo na vida, a sua rejeição a conformar-se e a sua independência de critério. Um modelo excelente a imitar pelos jornalistas”, conta Francis Phillips.

Um profeta do seu tempo

Sem dúvida, perante os que duvidam da santidade e alguns aspectos da vida do escritor britânico, Phillips destaca que Chesterton foi um profeta que prognosticou de maneira precisa os males que o Ocidente vive neste momento. “Era um génio, um profeta e um homem de grande coração, grande de espírito”, conclui.

Estes argumentos a favor da beatificação multiplicam-se em distintos âmbitos. É o caso de Joseph Pearce, professor de Literatura nos Estados Unidos e biógrafo de Chesterton. Em declarações a Religión en Libertad assegurou que “creio que há muitas razões válidas e de bona fide para considerar a beatificação de Chesterton. A forma em que a sua vida e a sua obra encarnaram a indissolúvel unidade entre a fé e a razão seria uma razão válida. Outra seria o seu trabalho como incessante apologista da Fé. Enfim, outra seria a abundância de frutos da sua tarefa como evangelizador, que se puseram de manifesto nas numerosas pessoas que trouxe e continua trazendo à Fé".


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