Mensagem da Conferência dos Bispos do país africano
Roma, 21 de Agosto de 2013
Os bispos católicos do Benin lançaram "um premente apelo ao
diálogo, à paz e à confiança mútua, visando a coesão nacional". O apelo
foi endereçado "a cada filho e filha deste país, aos agentes políticos e
líderes da sociedade civil, e, em particular, ao novo governo
recém-formado".
Na mensagem, que traz a data de 15 de Agosto, solenidade da
Assunção de Maria, a Conferência dos Bispos do Benin aborda a crise
sócio-política que o país africano está atravessando e a proposta de
revisão da constituição, apresentada ao parlamento em 6 de Junho.
A preocupação dos líderes da Igreja católica no Benin é o "clima de
fortes tensões, divisões abertas e profundo mal-estar" que o país está
enfrentando, especialmente "o mal-estar político" e a falta de diálogo.
"A verdadeira comunicação está ausente, é selectiva às vezes, mas é
sempre marcada pela desconfiança e pelas suspeitas", escreveram os
bispos, lembrando a "receita" simples dada pelo papa Francisco à classe
dirigente brasileira por ocasião da Jornada Mundial da Juventude de 2013
no Rio de Janeiro: "diálogo, diálogo, diálogo".
Para os bispos católicos do Benin, o diálogo serve para restaurar a
confiança, "que aglutina todas as relações de cooperação e de
solidariedade. O nosso povo tem sede de dirigentes semeadores de
confiança e de esperança, capazes de mobilizar as nossas energias e as
nossas mentes para construirmos juntos um futuro melhor".
Para os bispos do Benin, o projecto de reforma constitucional, que
visa fortalecer o poder do presidente da República e do Tribunal
Constitucional, ameaça a coesão nacional, que é essencial para enfrentar
os problemas reais da nação: em primeiro lugar, "a pobreza, ou pior, a
miséria de grande parte da população" e o crescente desemprego juvenil.
"A Igreja não oferece uma solução técnica ou política", ressaltam os
prelados, mas "tem o dever moral de lembrar que, numa democracia,
nenhuma reforma que aumenta as tensões e as oposições jamais trouxe
benefícios a um povo".
Diante desses desafios, de acordo com a conferência episcopal, é
preciso estar atentos para "construir a coesão nacional em espírito de
serviço, mobilizando as várias correntes de ideias e sensibilidades, até
mesmo as mais opostas, com a preocupação constante do bem de cada um e
de todos".
A mensagem, que termina invocando a intercessão de Maria, relembra a
advertência de Bento XVI à classe dirigente do Benin durante a sua
viagem apostólica de 2011, quando o papa disse: "Não privem o seu povo
da esperança! Não amputem o futuro do povo mutilando o seu presente".
Para ler o texto completo da mensagem, em francês, acesse:
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