Palavras do Bispo de Aleppoe presidente da Caritas na Síria, Dom Antoine Audo, em entrevista à Radio Vaticano
Roma, 27 de Agosto de 2013
“Fiquei realmente muito contente por ter sentido que o Santo
Padre se faz próximo a nós, falou sobre a Síria, sobre essa "amada
nação", expressou o seu sofrimento e o seu empenho para ajudar a Síria” -
afirmou Dom Antoine Audo em entrevista à Radio Vaticano.
Sobre o apelo do Papa à comunidade internacional para que faça todo
o possível em prol da paz, pelo diálogo entre as diferentes partes em
conflito Dom Audo expressou que “foi realmente uma coisa muito pessoal,
muito clara, muito directa... Com esse gesto o Papa transmite confiança a
todos nós que agora estamos, sobretudo em Aleppo, numa situação muito
difícil. A mensagem do Santo Padre é muito, muito positiva, e foi muito
apreciada por grande parte da população”.
A respeito de uma intervenção militar o Bispo de Aleppo afirmou que
isso “poderia significar uma guerra mundial. Novamente há esse risco... A
situação não é nada fácil! Esperamos que as palavras do Papa para
favorecer um verdadeiro diálogo entre as diferentes partes em conflito,
para encontrar uma solução, seja o primeiro passo para não usar armas,
mas para fazer de modo que as pessoas tenham liberdade de movimento, de
viajar, de comunicar, trabalhar... Todo o país agora está em guerra!
Esperamos o seguinte: uma força internacional que ajude a dialogar e não
a fazer a guerra."
Na breve entrevista Dom Audo falou ainda sobre a total falta de
liberdade em Aleppo: "Como situação, no momento Aleppo é a pior! Todos
falam isso, comparando com as outras zonas do país. Em Damasco – por
exemplo – se pode viajar, o aeroporto funciona, se pode viajar para o
Líbano, enquanto em Aleppo não se tem liberdade de movimento!
Geralmente, na região litorânea se vive tranquilamente, muitas pessoas
em Aleppo fugiram para essa região."
in
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