Entre as actividades do papa, uma nomeação, uma audiência com o padre Pepe e o anúncio da visita ao centro de refugiados Astalli
Roma, 28 de Agosto de 2013
Uma audiência privada, uma nomeação e o anúncio de uma
visita ao Centro Astalli para refugiados no dia 10 de Setembro: o verão
do papa Francisco continua cheio de compromissos de trabalho.
Na manhã do sábado (24), Francisco nomeou o novo secretário adjunto
do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica, dom Giuseppe Sciacca, até
agora secretário geral do governo do Estado do Vaticano. Depois,
recebeu o padre argentino José Maria “Pepe” Di Paola, pároco da favela
Villa 21 em Buenos Aires e conhecido como “padre antidrogas” pelo
trabalho de integração dos moradores da comunidade. Finalmente,
Francisco também anunciou que em 10 de Setembro visitará as estruturas
de acolhimento de refugiados no Centro Astalli.
Foi Bergoglio, quanto era arcebispo de Buenos Aires, quem aproximou o
padre Di Paola da sua missão na Villa 21, assumida pelo sacerdote como
uma vocação especial de apostolado com os esquecidos, vivendo como mais
um deles junto com um grupo de outros sacerdotes.
Não é difícil imaginar o afecto do pontífice por este sacerdote e a
emoção do pároco da Villa 21 ao reencontrar Bergoglio agora como papa.
No Meeting de Rímini para a Amizade entre os Povos, organizado pelo
movimento Comunhão e Libertação na Itália, o “padre antidrogas” contou a
sua experiência na quarta-feira passada. Em entrevista a ZENIT, Pepe
relatou alguns fatos inéditos sobre o trabalho e sobre o apoio que
Bergoglio deu ao grupo nos momentos difíceis. Entre eles, o episódio em
que os narcotraficantes o ameaçaram de morte.
Ainda no sábado, o santo padre confirmou que visitará no dia 10 de Setembro o Centro Astalli, em Roma, que abriga e presta assistência a
refugiados e a pessoas que pedem asilo.
“O papa foi convidado e respondeu pessoalmente que vem. Agora tudo
isto está se realizando”, declarou à Rádio Vaticano o presidente do
centro, o padre jesuíta Giovanni La Manna. A visita deverá acontecer de
maneira privada, como aconteceu na viagem do papa a Lampedusa, o que
exclui as participações e protocolos próprios das visitas oficiais.
“É muito provável”, diz a nota sobre a visita, “que, de acordo com o
estilo que o distingue, o papa Francisco saúde pessoalmente os
imigrantes que frequentam o refeitório e as outras estruturas do Centro
Astalli. O santo padre poderá encontrar muitos refugiados que chegaram a
Roma, pessoas que precisam comer, assear-se, consultar um médico,
receber remédios e assistência legal e social”.
“O gesto do papa, ao visitar essa estrutura que se encontra no
coração de Roma, será um sinal de continuidade e de solidariedade para
com as pessoas que foram obrigadas a deixar o próprio país por causa de
guerras e de perseguições”, afirmou o sacerdote. “O papa foi claro:
precisamos de testemunhos, não de mestres teóricos”.
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