Arcebispo de Cali e superior jesuíta na Colômbia fizeram parte da missão humanitária
Roma, 29 de Agosto de 2013
O grupo guerrilheiro colombiano Exército de Libertação
Nacional (ELN) libertou ontem o geólogo canadiano Jernoc Wobert,
sequestrado desde 18 de Janeiro. O Comité Internacional da Cruz Vermelha
confirmou a libertação do refém com um comunicado: "Jernoc Wobert foi
entregue pelo ELN, numa região rural do sul do departamento de
Bolívar, a uma missão humanitária integrada por delegados do CICR e, a
pedido do ELN, pelo arcebispo de Cali [dom Dario de Jesús Monsalve] e
pelo superior da comunidade jesuíta na Colômbia [padre Franciso de
Roux]".
O gesto do ELN é visto como um passo importante para o diálogo de
paz com o segundo grupo guerrilheiro da Colômbia depois das FARC, que já
participam de diálogos em Cuba.
Wober, que era director de explorações da empresa canadiana de
mineração Braeval Mining, foi sequestrado numa mina de ouro do
departamento de Bolívar, junto com dois cidadãos peruanos e três
colombianos. Os outros reféns foram libertados em Fevereiro.
Wober foi mantido em cativeiro para pressionar a Braewal Mining a
devolver concessões de mineração que, segundo o ELN, eram ilegítimas. Em Julho, a empresa anunciou sua retirada da região por motivos de
mercado.
O chefe guerrilheiro afirmou que entregaria o canadiano aos dois
delegados da Igreja Católica como um "acto humanitário".
No comunicado do
ELN, ele declara: "Esperamos que este esforço contribua para um sadio
intercâmbio e para a paz na Colômbia".
“Queremos ressaltar, na nossa mensagem, que este desenlace demonstra
que são possíveis as soluções negociadas dos conflitos, mesmo existindo
interesses contrapostos", prossegue o texto, indicando um desejo de
negociar por parte do grupo.
O presidente Juan Manuel Santos tinha condicionado o início de eventuais diálogos de paz com o ELN à libertação do canadiano.
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