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sábado, 17 de agosto de 2013

Médicos italianos em missão na selva mexicana

Profissionais de saúde do Regnum Christi em contacto com a cultura maia


Roma, 16 de Agosto de 2013


Na última segunda-feira, 11 de Agosto, a missão dos médicos italianos do Regnum Christi realizou uma etapa do trabalho no povoado de San Juan de Dios, perdido na selva do Estado de Quintana Roo. Para chegar até lá a partir de Tulún, foi necessário passar por ruínas maias e por um lago cheio de crocodilos.

Nas choupanas em meio à selva, sobressaíam as antenas parabólicas. O povoado, sem ruas pavimentadas, é habitado por descendentes dos antigos povos maias. Na única escola primária do local, ensina-se tanto a língua espanhola quanto a daquela antiga civilização centro-americana, mas, dando-se uma volta pelas salas de aula, só se vêem livros em língua maia.

Em San Juan de Dios, a maior parte das pessoas não fala espanhol. Nas casas, fala-se o maia; embora se aprenda espanhol na escola, ele não é praticado em família. São principalmente as mulheres que se dirigem aos filhos na língua dos antepassados. Os homens, na maioria, passam o dia cultivando o campo ou pastoreando cabras. Pelas ruas, há muitos cachorros e crianças carentes de quase tudo, mas ricas em alegria de viver.

Quase não há lojas, e as duas ou três que existem não têm muita variedade: muitas prateleiras estão vazias. Das velhas tradições maias, poucas sobrevivem, embora haja associações para a conservação da cultura. O tempo e a modernidade estão fazendo com que elas desapareçam cada vez mais.

Dos maias, restam principalmente os traços físicos das pessoas, que, aliás, apreciaram muito a presença dos médicos italianos missionários, mesmo que só por um dia. Vários habitantes pediram consultas odontológicas.

ZENIT conversou com Marco Martinelli, professor de italiano, história e geografia, que faz parte da equipe de médicos italianos do Regnum Cristi.

***

Marco, por que você resolveu participar desta missão médica?
Martinelli: Porque eu gosto de fazer experiências novas e queria conhecer o México. Foi um prazer aceitar o convite do padre Sergio Cordova.

Qual é a sua função na missão?
Martinelli: Eu trabalho na farmácia da missão, dou os remédios depois de receber a receita médica. E como eu falo espanhol, também posso ajudar como tradutor...

Está feliz com a missão?
Martinelli: Muito! Porque é uma experiência formativa e porque ela ajuda as pessoas que não têm os instrumentos e as estruturas para cuidar da própria saúde. A missão em San Juan de Dios está ensinando os médicos italianos que, mesmo com poucos instrumentos trazidos da Itália, é possível fazer muito por esta gente.



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