Profissionais de saúde do Regnum Christi em contacto com a cultura maia
Roma, 16 de Agosto de 2013
Na última segunda-feira, 11 de Agosto, a missão dos médicos
italianos do Regnum Christi realizou uma etapa do trabalho no povoado de
San Juan de Dios, perdido na selva do Estado de Quintana Roo. Para
chegar até lá a partir de Tulún, foi necessário passar por ruínas maias e
por um lago cheio de crocodilos.
Nas choupanas em meio à selva, sobressaíam as antenas parabólicas. O
povoado, sem ruas pavimentadas, é habitado por descendentes dos antigos
povos maias. Na única escola primária do local, ensina-se tanto a
língua espanhola quanto a daquela antiga civilização centro-americana,
mas, dando-se uma volta pelas salas de aula, só se vêem livros em língua
maia.
Em San Juan de Dios, a maior parte das pessoas não fala espanhol. Nas
casas, fala-se o maia; embora se aprenda espanhol na escola, ele não é
praticado em família. São principalmente as mulheres que se dirigem aos
filhos na língua dos antepassados. Os homens, na maioria, passam o dia
cultivando o campo ou pastoreando cabras. Pelas ruas, há muitos
cachorros e crianças carentes de quase tudo, mas ricas em alegria de
viver.
Quase não há lojas, e as duas ou três que existem não têm muita
variedade: muitas prateleiras estão vazias. Das velhas tradições maias,
poucas sobrevivem, embora haja associações para a conservação da
cultura. O tempo e a modernidade estão fazendo com que elas desapareçam
cada vez mais.
Dos maias, restam principalmente os traços físicos das pessoas, que,
aliás, apreciaram muito a presença dos médicos italianos missionários,
mesmo que só por um dia. Vários habitantes pediram consultas
odontológicas.
ZENIT conversou com Marco Martinelli, professor de italiano, história
e geografia, que faz parte da equipe de médicos italianos do Regnum
Cristi.
***
Marco, por que você resolveu participar desta missão médica?
Martinelli: Porque eu gosto de fazer experiências novas e queria
conhecer o México. Foi um prazer aceitar o convite do padre Sergio
Cordova.
Qual é a sua função na missão?
Martinelli: Eu trabalho na farmácia da missão, dou os remédios depois
de receber a receita médica. E como eu falo espanhol, também posso
ajudar como tradutor...
Está feliz com a missão?
Martinelli: Muito! Porque é uma experiência formativa e porque ela
ajuda as pessoas que não têm os instrumentos e as estruturas para cuidar
da própria saúde. A missão em San Juan de Dios está ensinando os
médicos italianos que, mesmo com poucos instrumentos trazidos da Itália,
é possível fazer muito por esta gente.
in
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