Histórico discurso de Martin Luther King |
Cumpre-se 50 anos do histórico discurso de Martin Luther King
Cardeal Wuerl: "Honremos a sua herança prosseguindo o seu trabalho"
Jesús Bastante, 28 de Agosto de 2013 às 17:00
(J. B./RD).- Há meio século, Martin Luther King teve um sonho. Um sonho de justiça e igualdade, de amizade, de democracia, onde homens e mulheres, movidos pela sua fé ou seus ideais, contribuíram na construção de um mundo novo. Hoje, imersos em metade da crise económica, e com a catástrofe na Síria a ponto de desembocar num ataque de consequências imprevisíveis, quando a Terra dista muito de ser um canto no qual viver felizes e em paz, o "sonho" do activista norte-americano continua estando vivo.
Assim o escreveu no National Catholic Reporter o cardeal de Washington, Donald William Wuerl. "O sonho continua estando vivo inclusive depois de 50 anos", afirmou o arcebispo da cidade onde Luther King pronunciou o seu discurso.
"A majestosa estátua de King, no novo recinto de Washington, recorda-nos o seu imponente empenho ao guiar a nossa nação até à consciência plena da igualdade de todas as pessoas perante Deus", apontou o prelado, que insistiu em que o dito sonho, "profundamente arraigado na oração e nas Sagradas Escrituras, continua animando-nos a ver-nos uns aos outros como irmãos e irmãs do mesmo Deus amoroso".
"Com ele, no Lincoln Memorial - recordou Wuerl -, estava monsenhor Patrick O'Boyle, o meu predecessor como arcebispo de Washington, que pronunciou a invocação e rezou para que os ideais da liberdade, abençoados pela nossa fé e pela nossa herança democrática, prevaleceram no país". O'Boyle animou os grupos católicos locais, as paróquias e as universidades a que participassem na marcha de 28 de Agosto de 1963, "oferecendo hospitalidade a quantos vinham de fora e pondo cartazes com os nomes das próprias paróquias e organizações". "Comprometer-se pela justiça racial e social era natural para O'Boyle", sublinhou Wuerl.
"Honremos a herança de King e O'Boyle prosseguindo o seu trabalho - afirmou o cardeal de Washington -. Um compromisso que hoje implica também oferecer oportunidades educativas a todos as crianças e, em particular, aos que de outra maneira estariam destinados a escolas demasiado frequentemente definidas como deficientes". As 96 escolas católicas na arquidiocese de Washington oferecem serviços a cerca de 30.000 crianças da capital e de Maryland, recordou Wuerl. Muitos destes estudantes pertencem às minorias e não são católicos. Para o próximo ano académico 2013-2014 a arquidiocese pôs à disposição 5,5 milhões de dólares (cifra que se sextuplicou nos últimos anos) como entrada para cobrir gastos escolares.
Este é o histórico discurso de Martin Luther King
Cardeal Wuerl: "Honremos a sua herança prosseguindo o seu trabalho"
Jesús Bastante, 28 de Agosto de 2013 às 17:00
(J. B./RD).- Há meio século, Martin Luther King teve um sonho. Um sonho de justiça e igualdade, de amizade, de democracia, onde homens e mulheres, movidos pela sua fé ou seus ideais, contribuíram na construção de um mundo novo. Hoje, imersos em metade da crise económica, e com a catástrofe na Síria a ponto de desembocar num ataque de consequências imprevisíveis, quando a Terra dista muito de ser um canto no qual viver felizes e em paz, o "sonho" do activista norte-americano continua estando vivo.
Assim o escreveu no National Catholic Reporter o cardeal de Washington, Donald William Wuerl. "O sonho continua estando vivo inclusive depois de 50 anos", afirmou o arcebispo da cidade onde Luther King pronunciou o seu discurso.
"A majestosa estátua de King, no novo recinto de Washington, recorda-nos o seu imponente empenho ao guiar a nossa nação até à consciência plena da igualdade de todas as pessoas perante Deus", apontou o prelado, que insistiu em que o dito sonho, "profundamente arraigado na oração e nas Sagradas Escrituras, continua animando-nos a ver-nos uns aos outros como irmãos e irmãs do mesmo Deus amoroso".
"Com ele, no Lincoln Memorial - recordou Wuerl -, estava monsenhor Patrick O'Boyle, o meu predecessor como arcebispo de Washington, que pronunciou a invocação e rezou para que os ideais da liberdade, abençoados pela nossa fé e pela nossa herança democrática, prevaleceram no país". O'Boyle animou os grupos católicos locais, as paróquias e as universidades a que participassem na marcha de 28 de Agosto de 1963, "oferecendo hospitalidade a quantos vinham de fora e pondo cartazes com os nomes das próprias paróquias e organizações". "Comprometer-se pela justiça racial e social era natural para O'Boyle", sublinhou Wuerl.
"Honremos a herança de King e O'Boyle prosseguindo o seu trabalho - afirmou o cardeal de Washington -. Um compromisso que hoje implica também oferecer oportunidades educativas a todos as crianças e, em particular, aos que de outra maneira estariam destinados a escolas demasiado frequentemente definidas como deficientes". As 96 escolas católicas na arquidiocese de Washington oferecem serviços a cerca de 30.000 crianças da capital e de Maryland, recordou Wuerl. Muitos destes estudantes pertencem às minorias e não são católicos. Para o próximo ano académico 2013-2014 a arquidiocese pôs à disposição 5,5 milhões de dólares (cifra que se sextuplicou nos últimos anos) como entrada para cobrir gastos escolares.
Este é o histórico discurso de Martin Luther King
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